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domingo, 29 de novembro de 2009


ENQUANTO TEMOS TEMPO


“... Enquanto temos tempo, façamos bem a todos...”
– Paulo.(Gálatas, 6:10).

Às vezes, o ambiente surge tão perturbado que o único meio de auxiliar é fazer silêncio com a luz íntima da prece.

Em muitas circunstâncias, o companheiro se mostra sob o domínio de enganos tão extensos que a forma de ajudá-lo é esperar que a vida lhe renove o campo do espírito.

Aparecem ocasiões em que determinado acontecimento surge tão deturpado que não dispomos de outro recurso senão contemporizar com a dificuldade, aguardando melhores dias para o trabalho esclarecedor.

Repontam males na estrada com tanta força de expansão que, em muitos casos, não há remédio senão entregar os que se acumpliciam com eles às conseqüências deploráveis que se lhes fazem seguidas.

Entretanto, as ocasiões de construir o bem se destacam às dezenas, nas horas do dia-a-dia.

Uma indicação prestada com paciência...

Uma palavra que inspire bom ânimo...

Um gesto que dissipe a tristeza...

Um favor que renova a aflição...

Analisemos a trilha cotidiana.

A paz e o concurso fraterno, a explicação e o contentamento são obras morais que pedem serviço edificante como as realizações da esfera física.

Ergue-se a casa, elemento a elemento.

Constrói-se a oportunidade para a vitória do bem, esforço a esforço.

E, tanto numa quanto noutra, a diligência é indispensável.

Não vale esperança com inércia.

O tijolo serve na obra, mas nossas mãos devem buscá-lo.


Palavras de Vida Eterna – Lição 145 - Médium: Chico Xavier- Espírito Emmanuel.

sábado, 28 de novembro de 2009


JUSTIÇA E AMOR

Emmanuel

Questão nº876


Sempre que te reportes à justiça, repara que Deus a fez assistida pelo amor, a fim de que os caídos não sejam aniquilados.

Terás contigo a lógica indicando-te os males e o entendimento inspirando-te o necessário socorro aos que lhes sofrem o assédio.

Onde passes, compadece-te dos vencidos que contemples à margem...

Muitos pranteiam as ilusões que lhes trouxeram arrependimento e remorso, e muitos se levantam ainda sobre os próprios enganos, à maneira de trapezistas inconscientes, ensaiando o último salto ao precipício da morte.

Dir-te-ão alguns não precisarem de teu consolo, fugindo-te à presença, com receio da verdade que te brilha na boca, e outros, que desceram do poder renovador do trabalho, preferem rolar no vício, descendo, mais cedo, os degraus do sepulcro.

Além deles, porém, surgem outros... Os que desanimaram em plena luta, recolhendo-se ao frio da retaguarda, os que enlouqueceram de sofrimento, os que perderam a fé por falta de vigilância, os que se transviaram à mingua de reconforto e os que se abeiraram do suicídio, tomados pelo superlativo do desespero...

Tentando dar-lhes remédio, ergue o mundo penitenciárias e hospitais, reformatórios e manicômios; no entanto, para ajudá-los, confere-te o Cristo a flama do amor no santuário do coração.

Todos esses padecentes da estrada têm algo para ensinar.

Os que tombam esmagados de aflição induzem-te ao serviço pelo mundo melhor, e os que se arrojam a monstruosos delitos falam, sem palavras, em louvor do equilíbrio de que dispões, auxiliando-te a preservá-lo.

Não permitas que a justiça de tua alma caminhe sem amor, para que se não converta em garra de vio­lência.

Ao pé dos maiores celerados da Terra, Deus colocou mães que amam, embora esses filhos desditosos de suas bênçãos lhes transformem a vida em fonte de lágrimas.

Diante, pois, dos vencidos de todas as condições e de todas as procedências, não mostres desprezo, nem grites anátema.

Não lhes conheces a história desde o princípio e não percebes, agora, a causa invisível da dor que os degrada.

Ora e auxilia em silêncio, porque não sabes se amanhã raiará teu instante de abatimento e de angústia, e manda a regra divina façamos aos outros aquilo que desejamos nos seja feito.

Justiça sem amor é como terra sem água.

Recorda que o próprio Cristo, reconhecendo que os vencedores do mundo habitualmente se inclinam à vaidade - perigosa armadilha para quedas maiores -, preferiu nascer na palha dos que vagueiam sem rumo, viver na dificuldade dos menos felizes e morrer na cruz reservada às vítimas do crime e aos filhos da escravidão.


(De "Religião dos Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


DIANTE DA SAUDADE


Senhor, diante da saudade daqueles que não mais se encontram conosco, que o desespero e a revolta não nos tomem de assalto o coração...

Todos viveremos no Teu infinito Amor.

Não existe separação entre aqueles que verdadeiramente se amam!

A saudade é uma ponte de luz unindo as duas extremidades do abismo que o tempo cavou...

Concede-nos a devida paciência para esperarmos o reencontro com os que se distanciaram de nossos caminhos.

Que a saudade em nós não se transforme num culto doentio à ausência dos que se foram!

Qualquer sentimento que nos impeça de aceitar a Sábia Vontade de Deus é mero capricho da alma.

Convertendo saudade em esperança, transmutaremos dor em alegria, treva em luz.

Mestre, que a saudade não nos seja um rio caudaloso de tormentosas paixões!


Pelo Espírito: Irmão José
Do livro: Preces e Orações
Psicografia: Carlos A. Baccelli

quinta-feira, 26 de novembro de 2009


SEJA O DIA

Seja o dia, brilhe como o sol,
mas quando a noite chegar, não se apague,
vista-se de festa e convide a vida para dançar.

Onde você estiver, estará o espírito do amor,
e onde o amor alcançar, portas vão se abrir,
e tudo começa com a sua energia,
com essa vontade louca de ser feliz,
e algo que grita, lhe diz,
você pode alcançar as estrelas,
e perto delas, você vai brilhar.

Vai,
deixa essa angústia de lado,
deixe-se inundar pela certeza de dias melhores.
Quem é que fica triste quando recebe um presente?
Quem não agradece quando ganha algo maravilhoso?
Então, vai, fique feliz e agradeça,
você acaba de ganhar o presente mais caro do mundo,
recebeu a grande caixa sem medida,
seu presente é o dia de hoje, é a vida.

Aproveite bem a sua vida,
ela vale mais, muito mais que qualquer aborrecimento,
não estrague o seu dia!

Sorria, agradeça e segue em frente,
olhe para o alto, é de Lá que vem o seu socorro,
por isso, não olhe para o chão, nem para trás, a vida continua ali, naquela curva, que chamamos simplesmente de futuro, e que te espera assim, de braços abertos para ser feliz.


Autor: Paulo Roberto Gaefke

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Segue Adiante

Nos encargos a que te prendes, em muitas ocasiões, sentes a amplitude dos problemas a resolver e o coração se te transborda de lágrimas...

A solidão aparente no íntimo como que exagera a extensão dos obstáculos a transpor.

E meditas no preço alto da dedicação em família, mentalizando as horas gastas em construir e reconstruir afeições que fogem no carro do tempo largando-te aos ideais que te acalentam os dias.

Refletes nas dificuldades que se renovam, no trabalho tantas vezes encharcado de pranto a que te entregas, atendendo aos deveres assumidos e nos planos alterados, em que sonhaste o melhor para alcançar tão-somente fracasso e recomeço...

Entretanto, ergue-te do chão da tristeza, age no bem que possas fazer e caminha adiante.

Deus em nós é a força da vida e a luz inextinguível.

Corações difíceis a conduzir, calvários domésticos, searas de esperança, oficinas de beneficência e apostolados no bem são tarefas que, a Sabedoria Divina poderia executar claramente sem ti, no entanto, quis Deus a tua cooperação nas obras da sublimação e do progresso, a fim de que venhas a desenvolver nesse esforço as tuas qualidades divinas.

Por mais constrangedoras as circunstâncias, serve e segue adiante.

Onde te encontres e como te encontres, recorda que Deus conta contigo, tanto quanto contas Deus.


CHICO XAVIER. Livro: Amizade . Pelo Espírito Meimei.

terça-feira, 24 de novembro de 2009


EM SEU BENEFICIO


Não se agaste com o ignorante; certamente, não dispõe ele das oportunidades que iluminaram seu caminho.

Evite aborrecimento com as pessoas fanatizadas; permanecem no cárcere do exclusivismo e merecem compaixão como qualquer prisioneiro.

Não se perturbe com o malcriado; o irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.

Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, quando você detém excessos.

Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente.

Ajude ao que erra; seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.

Desculpe o desertor; ele é fraco e mais tarde voltara à lição.

Auxilie o doente; agradeça ao divino poder o equilíbrio que você está conservando.

Esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio.

Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele.


André Luiz

Do livro "Agenda Cristã", psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 22 de novembro de 2009


AMIGOS


À medida que avances, montanha acima, nas trilhas da evolução, é possível que muitos de teus amigos se transformem, porque não possam ver o que vês.

É qual se o vinho capitoso surgisse transfigurado em resíduo de fel, ou como se o brilhante longamente acariciado se metamorfoseasse em pedra falsa.

Consagras-te agora à luz.

Dormitam muitos na sombra.

Escolhes hoje servir.

Demoram-se muitos reclamando o serviço alheio.

Buscas presentemente a verdade.

Afeiçoam-se muitos à mascara da ilusão.

Desapegas-te de prazeres inferiores e posses materiais.

Algemam-se muitos à egolatria.

Estranhando-te a nova atitude, quase sempre te classificam os anseios de elevação com adjetivos injuriosos.

Porque não mais te acomodas nas trevas, há entre eles quem te chame orgulhoso.

Porque conservas a humildade na luz da abnegação, há entre eles quem te chame covarde.

Porque não mais te relaciones com a mentira, há entre eles quem te chame fanático.

Porque esqueces a ti mesmo no culto do amparo a outrem, há entre eles quem te chame idiota.

Entretanto, ama-os, mesmo assim, sem exigir que te amem, cultivando o trabalho que a vida te confiou.

O serviço sustentado nas tuas mãos falará, sem palavras, de teus bons propósitos a criaturas diferentes que, tangidas pelo divino amor, chegarão de outros campos em teu auxílio.

Para isso, porém, é indispensável não entres no labirinto das lamentações vinagrosas.

Censurar é ferir, e queixar-se é perder tempo.

Renuncia, pois, à satisfação da convivência com aqueles que, embora continuem amados em teu coração, não mais te comunguem as esperanças.

Se te esquecerem, perdoa.

Se te desprezarem, perdoa mais uma vez.

Se te insultarem, perdoa novamente.

Se te atacarem, perdoa sempre.

Seja qual for a maneira pela qual te apareçam, nos dias da incompreensão, ajuda-os quanto puderes.

O silêncio em serviço é uma prece que fala.

Deus que concede à semente o refúgio da terra e a bênção da chuva para que germine, em louvor do pão, dar- te- á também outras almas, com as quais te associes para a glória do bem.



Livro Religião dos Espíritos, Médium Chico Xavier, Espírito Emmanuel.

sábado, 21 de novembro de 2009


SIMPATIA


Emmanuel


Ninguém é tão indigente que não possa algo oferecer de si próprio, na formação do tesouro da simpatia com que adquirirá a vitória na tarefa a que foi chamado no mundo...

Um sorriso de bom ânimo...

Uma frase de carinho...

Uma prece espontânea...

Uma fatia de pão...

O servicinho aparentemente sem importância...

Uma página confortadora...

Um bilhete fraterno...

Um olhar de compreensão...

Uma visita afetuosa...

Uma boa palavra...

Uma gota de remédio...

Uma flor pobre e humilde...

Uma simples conversação...

Um copo de água fria...

Um gesto de generosidade silenciosa...

Nem sempre possuímos a bolsa farta, suscetível de garantir a longa despesa ; entretanto, a bênção da amizade que suporta e ajuda, que ampara e incentiva o bem, é recurso que sobra invariavelmente no cofre vivo e milagroso da boa vontade...

Esqueçamos os pequeninos defeitos do próximo, para que as nossas grandes falhas sejam toleradas e esquecidas.

A plantação da simpatia é o único procedimento de estimular a colheita da verdadeira fraternidade.

Ninguém é tão intensamente mau que te não possa ouvir, de algum modo, a mensagem de amor...

Faze, pois, subir a luz do teu coração ao cérebro, e a tua palavra conseguirá realizar com a simpatia a sementeira de felicidade que nenhum dinheiro do mundo pode outorgar.


Livro Correio Fraterno. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009


Algo Mais


Um crente sincero na Bondade do Céu, desejando aprender como colaborar na construção do Reino de Deus, pediu, certo dia, ao Senhor a graça de compreender os Propósitos Divinos e saiu para o campo.

De início, encontrou-se com o Vento que cantava e o Vento lhe disse:

- Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.

Em seguida, o devoto surpreendeu uma Flor que inundava o ar com seu perfume, e a flor lhe contou:

- Minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.

Logo após, o homem estacou ao pé de grande Árvore, que protegia um poço d'água, cheio de rãs, e a Árvore lhe falou:

- Confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.

O visitante fixou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a Árvore continuou:

- Estas rãs são nossas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas próprias raízes, contra os vermes da destruição e da morte.

O devoto compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, atingindo uma grande cerâmica.

Acariciou o Barro que estava sobre a mesa e o Barro lhe disse:

- Meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.

Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do Reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo mais do que seja justo fazer.

Chico Xavier. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


A VIDA

Por muito tempo eu pensei, que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.
Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga.
Aí sim, a vida de verdade começaria.

Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.

Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho,
para a felicidade.

A felicidade é o caminho!
Assim, aproveite todos os momentos que você tem.

E aproveite-os mais, se você tem alguém especial para compartilhar.
Especial o suficiente para passar seu tempo e lembre-se que o tempo não espera ninguém.
Portanto, pare de esperar

até que você termine a faculdade;
até que você volte para a faculdade;
até que você perca 5 quilos;
até que você ganhe 5 quilos;
até que você tenha tido filhos;
até que seus filhos tenham saído de casa;
até que você se case;
até que você se divorcie;
até sexta à noite;
até segunda de manhã;
até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova;
até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos;
até o próximo verão, outono, inverno;
até que você esteja aposentado;
até que a sua música toque;
até que você tenha terminado seu drink;
até que você esteja sóbrio de novo;
até que você morra; e decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO...
Lembre-se:

Felicidade é uma viagem, não um destino.


Henfil



Imagem da internet

terça-feira, 17 de novembro de 2009


Perseverar

Sabendo da dificuldade que há no exercício do perdão, Pedro, o Apóstolo, pergunta a Jesus quantas vezes é necessário tal exercício, em relação ao próximo.

A resposta de Jesus convida-nos a um exercício constante, pois que o Mestre propõe que o perdão seja exercitado infindas vezes, representado na expressão de setenta vezes sete vezes.

O que Jesus dá a entender com essa expressão é que bons hábitos, assim como os menos nobres, se incorporam no nosso cotidiano através da insistência, da repetição, do exercício contínuo.

Alguém que consiga perdoar quatrocentos e noventa vezes, como aconselha Jesus, certamente, já terá incorporado o hábito de tal forma, que difícil lhe será não perdoar nas oportunidades seguintes.

Assim se dá com todos os hábitos saudáveis, positivos, bons, que queremos incorporar na nossa intimidade emocional.

Ninguém se transforma do dia para a noite, nem se santifica em breves momentos, apenas porque aceitou conceitos novos ou amadureceu valores de uma forma positiva.

Qualquer pessoa que decida se tornar melhor, precisa de uma companheira inseparável: a persistência.

Imagine-se querendo libertar-se da dependência do tabaco. Por mais que a decisão esteja tomada, por mais que o auxílio médico e terapêutico seja requisitado, sem a persistência no intento, não haverá sucesso.

Com os maus hábitos morais ocorre da mesma forma. Se desejamos nos tornar uma pessoa menos egoísta, ou menos orgulhosa, ou ainda, se o que nos incomoda é o fato de sermos muito arrogantes e gostaríamos de mudar a forma de agir, a persistência nos será desejada companheira.

Toda mudança exige esforço, energia, investimento. E é natural ainda que, ao percorrer a estrada para novos rumos, aconteçam tropeços, sintamo-nos um pouco perdidos ou, às vezes, até uma pontinha de arrependimento... Afinal, antes era tão mais fácil, pensamos...

Nesses momentos, a perseverança será a ferramenta a nos empurrar à frente, a nos estimular o continuar da marcha, a dar a coragem para insistir no processo de mudança, de melhoria, de vir a ser.

Sempre haverão aqueles a nos desestimular o progresso. Pigmeus morais que o são, não tendo coragem de mudar a si, se incomodam em ver que outros se esforçam, tentam melhorar.

Como não têm coragem de fazê-lo, não querem que outros o façam.

Não nos deixemos levar pelo pessimismo de uns ou pelo desencorajamento de outros.

Toda mudança para melhor é desejo de Deus para conosco, pois como nosso Pai, deseja o melhor para Seus filhos. Mas como Pai amoroso, sabe que deve partir de cada um de nós a iniciativa e o esforço para sermos melhores.

Persistir no bem, insistir no esforço da melhora pessoal para que o bem ganhe espaço em nossa intimidade é investimento sábio a que todos devemos nos dispor, o quanto antes.

Somente através do esforço pessoal e individual é que conseguiremos trilhar o caminho para a construção da felicidade em nossa intimidade, quando sentimentos de baixa conta cederão espaço para luz e paz na nossa estrutura emocional.


M.E.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


PENSAMENTOS

Emmanuel

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” – Paulo. (Filipenses 4:8).



Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental que os produziu, nos movimentos incessantes da vida.

O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração. É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.

Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.

O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.


Livro Pão Nosso – Lição 15 - Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 15 de novembro de 2009


OUVIDOS


“Quem tem ouvidos de ouvir, ouça.” – Jesus.
(MATEUS, 11 : 15.)


Ouvidos... Toda gente os possui.

Achamos, no entanto, ouvidos superficiais em toda a parte.

Ouvidos que apenas registram sons.

Ouvidos que se prendem a noticiários escandalosos.

Ouvidos que se dedicam a boatos perturbadores.

Ouvidos de propostas inferiores.

Ouvidos simplesmente consagrados à convenção.

Ouvidos de festa.

Ouvidos de mexericos.

Ouvidos de pessimismo.

Ouvidos de colar às paredes.

Ouvidos de complicar.

Se desejas, porém, sublimar as possibilidades de acústica da própria alma, estuda e reflete, pondera e auxilia, fraternalmente, e terás contigo os "ouvidos de ouvir”, a que se reportava Jesus, criando em ti mesmo o entendimento para a assimilação da Eterna Sabedoria.



Livro Palavras de Vida Eterna. Lição 72 - Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Olhos

Nos apontamentos do evangelista Mateus, encontramos as seguintes palavras proferidas pelo Mestre de Nazaré: Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.

A frase nos levou a meditar acerca desse patrimônio de todos, que são os olhos.

No mundo encontramos olhos muito diferentes, não somente em formatos e cores, mas em qualidades íntimas.

Encontramos os olhos que veem os quadros da vida pelo prisma da malícia, deturpando tudo que alcançam.

Existem os olhos de ciúme, que despejam chispas de ódio, ante a possibilidade mínima de perderem o que consideram objeto de sua posse.

Há os olhos que ferem, capazes de intimidar subalternos e criaturas de condição social inferior. Olhos de agressão que censuram sem palavras e agridem sem pestanejar.

Olhos de frieza que observam a dor, a desesperança, a miséria sem se comoverem. Despejam tal gelo que impedem o necessitado de estender a mão em súplica ou a expressar o próprio infortúnio em palavras.

Olhos que perturbam quando encaram a outrem e chegam a desencorajar os que estejam tentando realizar algo de bom, e se mostram ainda tímidos.

Olhos de desespero que olham o panorama que os circunda e somente conseguem enxergar aflição e abandono. Levantam o olhar no sentido do firmamento e não percebem as estrelas que iluminam a noite escura, com seus raios brilhantes.

Olhos capazes de registrar os males alheios, desconsiderando as virtudes que se ocultam em todo ser humano.

Olhos de irritação que expressam seu desagrado ante a balbúrdia infantil que extravasa sua alegria de viver, as vozes dos animais que dizem da sua vitalidade, o pequeno esbarrão involuntário na rua, no mercado, na condução urbana.

Olhos de crueldade que ferem a quem atingem, que fazem o animal se encolher a um canto, a criança calar em constrangimento e a própria natureza estabelecer uma pausa no seu concerto constante.
Como serão os nossos olhos?

Se desejamos enobrecer os recursos da visão que nos enriquecem a vida, amemos e ajudemos, aprendamos a perdoar sempre, cultivemos o bem em nós, pois a expressão do nosso olhar fala do que nos vai na intimidade e nos alimenta a alma.

* * *

Cada um vê a paisagem que observa conforme a cor das lentes que tem sobre os olhos. Isto equivale a dizer que os tristes veem panoramas desoladores, enquanto os otimistas descobrem cores vibrantes e alegria em toda parte.

Somos responsáveis pela forma como utilizamos os nossos olhos, desde que eles são um dos talentos que Deus nos concede para instrumento de progresso.


Espírito Emmanuel – Médium Chico Xavier

quinta-feira, 12 de novembro de 2009


FALA AMPARANDO


Meimei


Quando estiveres a ponto de condenar alguém, lembra-te de ti mesmo.


Quantas vezes terás ferido, quando te propunhas auxiliar.


Muitos daqueles que povoam as penitenciárias, dariam a própria vida para que o tempo recuasse, propiciando-lhes ensejo de se fazerem vítimas ao invés de verdugos...


Prefeririam cegueira e mudez no instante de vazarem a acusação ou extrema paralisia na hora da violência.


E qual acontece aos irmãos segregados no cárcere, quantas criaturas carregam enfermidade e frustração nas grades mentais do arrependimento tardio?


Trajam-se em figurino recente e conservam a bolsa farta, mas, por dentro trazem desencanto e remorso por fogo e cinza no coração.


Supõem-se livres, no entanto, jazem presas, intimamente, na cela da angústia em que enjaularam a própria alma, por não haverem calado a frase cruel no momento oportuno.


Poderiam ter evitado o desastre moral que lhes dói na lembrança, contudo, por se acomodarem à impaciência, atearam o incêndio que resultou em loucura e destruição.


Não sirvas vinagre e fel à mesa da própria vida.


Onde surpreendas perturbação e sombra estende o socorro da paz e o benefício da luz.


Compadece-te dos ingratos e desertores, quanto te condóis dos que passam sob teus olhos, mutilados e infelizes.


Ninguém praticaria o mal se, antes, lhe conhecesse o fruto amargoso.


Compreendamos para que sejamos compreendidos.


Agora, talvez, poderás censurar os erros dos semelhantes.


Amanhã, porém, mendigarás o perdão dos outros pelos teus desatinos.


Entrega a aflição de cada dia ao silêncio de cada noite.


Lembra-te de que, por maiores tenham sido os desregramentos da Humanidade na Terra, o Céu nunca fez coleções de nuvens para amaldiçoar ou punir, mas sim, cada manhã, acende o brilho solar por mensagem bendita de tolerância e de amor, endereçando aos homens a esperança infatigável de Deus.



Fonte: Do Livro “Irmãos Unidos” Francisco Cândido Xavier/Autores Diversos

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


SER FELIZ

"...Assim, pois, aqueles que pregam ser a Terra a única morada do homem, e que só nela, e numa só existência, lhe é permitido atingir o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os escutam..." (Cap. V, ítem 20)

As estradas que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior. Ser feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em face das tarefas que viemos desempenhar na Terra.

Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho. No entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade pela felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos. Como consequência, não administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos próprios passos. Tomamos como jugo deveres que não são nossos e assumimos compromissos que pertencem ao livre-arbítrio dos outros. O nosso erro começa quando zelamos pelas outras pessoas e as protegemos, deixando de segurar as rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.

Construímos castelos no ar, sonhamos e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas. Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.

A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos fomos criados para desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural. O ser psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por enquanto a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, mas sim como nós a percebemos, conscientizando-nos de que cada criatura tem uma maneira única de ser feliz. Para sentir as primeiras ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que é válido, conforme sua idade espiritual.

Para ser feliz, basta entender que a felicidade dos outros é também a nossa felicidade, porque todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção Divina e formamos um único rebanho, do qual, conforme as afirmações evangélicas, nenhuma ovelha se perderá. É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito. Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível.

A felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e distinta.

Nossa felicidade baseia-se numa adaptação satisfatória à nossa vida social, familiar, psíquica e espiritual, bem como numa capacidade de ajustamento às diversas situações vivenciais. Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos satisfazer com nossas reais possibilidades.

Em face de todas essas conjunturas e de outras tantas que não se fizeram objeto de nossas presentes reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é obviamente, meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da eternidade, nas muitas moradas da Casa do Pai.

Hammed

terça-feira, 10 de novembro de 2009



AMOR E CARIDADE


Bezerra de Menezes


O Amor é luz Divina.

A Caridade é benemerência humana.

A claridade revela.

A bondade socorre.

Consagrastes o coração ao ministério bendito com Jesus e esperamos que os espinhos da senda produzam flores para a tua fé renovadora e vibrante e que as pedras da estrada se convertam, ao toque de tua compreensão e de tua boa vontade, em sublime pão do espírito.

Em verdade, a sementeira e a seara são infinitas. Cada setor reclama mil braços e cada leira exige devotamento e vigilância: entretanto, um discípulo somente, que se afeiçoe ao Mestre, pode realizar milagres de amor e da caridade por onde passe, acordando corações para o serviço redentor.

Não nos cansemos, pois, na dedicação com que nos devotamos ao apostolado da renunciação.

Samaritano do Evangelho vivo, percebeste que não venceremos na batalha de nós mesmos, sem partilharmos o carga que aflige nossos irmãos mais próximos.

Penetraste, feliz o santuário do entendimento novo e dispuseste o coração ao serviço mediúnico, aprendendo o valor do serviço aos semelhantes. Abençoado sejas.

Fenômenos e discussões, muita vez, constituem meros processos de enrijecer as fibras da alma, porque nem todos se colocam, no mesmo nível, para a recepção das dádivas celestiais.

Todavia é imperioso reconhecer que o bem é a porta sublime através da qual o próprio pensamento de Jesus se manifesta, consolando e salvando, edificando e lenindo, amparando e iluminando o coração do homem cada vez mais.

Não descansemos, portanto, em nossa faina de ajuda e construir sempre.

Espiritismo sem aprimoramento espiritual é templo sem luz.

A hora do mundo é sombria e a jornada humana reclama lâmpadas acesas, para que as ovelhas retardadas não se precipitem nos despenhadeiros fatais.

Irmanemo-nos no ministério da evangelização e avancemos.

Amor sem caridade é teoria de lábios desprevenidos: caridade sem amor é aquele sino que tange da imagem paulina.

Unamo-nos, em vista disso, na luz que redime a na fraternidade que socorre, convencidos de que não nos faltará a benção daquele Divino Amigo que prometeu caminhar conosco até o fim dos séculos.

Psicografia Chico Xavier - Livro "Bezerra, Chico e Você"

domingo, 8 de novembro de 2009


CONVITE AO ESTUDO


Emmanuel

"E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência,
acrescentei à vossa fé a virtude e à virtude a ciência..."
– Pedro (II PEDRO, 1:5.)


Milhões de criaturas possuíram a fé no passado, revelando extremada confiança em Deus; mas, porque a bondade lhes desertasse dos corações, ergueram suplícios inomináveis para quantos não lhes comungassem o modo de sentir e de ser.

Diziam-se devotadas ao culto do Supremo Senhor; entretanto, alçavam fogueiras e postes de martírio, perseguindo ou exterminando pessoas sensíveis e afetuosas em seu nome.

Milhões de criaturas evidenciaram admirável bondade no pretérito, demonstrando profunda compreensão fraternal no trabalho que foram chamadas a desenvolver entre os homens; no entanto, porque a educação lhes escasseasse no espírito, caíram em terríveis enganos, favorecendo a tirania e a escravidão sobre a Terra.

Denotavam obediência a Deus, no exercício da própria generosidade, entretanto, compraziam-se na ignorância, estimulando delitos e abusos, a pretexto de submissão à Providência Divina.

Nesse sentido, porém, a palavra do apóstolo Pedro é de notável oportunidade em todos os tempos.

Procuremos alicerçar a fé na bondade, para que a nossa fé não se converta em fanatismo, mas isso ainda não basta.

É forçoso coroar a fé e a bondade com a luz do conhecimento edificante.

Todos necessitamos esperar no Infinito Amor, todavia, será justo aprender "como"; todos devemos ser bons, contudo, é indispensável saber "para quê".

Eis a razão pela qual se nos impõe o estudo em todos os lances da vida, porquanto, confia realizando o melhor, e auxiliar na extensão do eterno bem, realmente demanda discernir.


Livro Palavras de Vida Eterna. Lição 122. Médium Chico Xavier.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


A AMIZADE REAL

Néio Lúcio

Um grande senhor que soubera amontoar sabedoria, além de riqueza, auxiliava diversos amigos pobres, na manutenção do bom ânimo, na luta pela vida.

Sentindo-se mais velho, chamou o filho à cooperação. O rapaz deveria aprender com ele a distribuir gentilezas e bens.

Para começar, enviou-o à residência de um companheiro de muitos anos, ao qual destinava trezentos cruzeiros mensais.

O jovem seguiu-lhe as instruções.

Viajou seis quilômetros e encontrou a casa indicada. Contrariando-lhe a expectativa, porém, não encontrou um pardieiro em ruínas. O domicílio, apesar de modesto, mostrava encanto e conforto. Flores perfumavam o ambiente e alvo linho vestia os móveis com beleza e decência.

O beneficiário de seu pai cumprimentou-o, com alegria efusiva, e, depois de inteligente palestra, mandou trazer o café num serviço agradável e distinto. Apresentou-lhe familiares e amigos que se envolviam, felizes, num halo enorme de saúde e contentamento.

Reparando a tranqüilidade e a fartura, ali reinantes, o portador regressou ao lar, sem entregar a dádiva.

- Para quê? – confabulava consigo mesmo – aquele homem não era pedinte. Não parecia guardar problemas que merecesse compaixão e caridade. Certo, o genitor se enganara.

De volta, explicou ao velho pai, particularizadamente, quanto vira, restituindo-lhe a importância de que fora emissário.

O ancião, contudo, após ouvi-lo calmamente, retirou mais dinheiro da bolsa, dobrou a quantia e considerou:

- Fizeste bem, tornando até aqui. Ignorava que o nosso amigo estivesse sob mais amplos compromissos. Volta à residência dele e, ao invés de trezentos, entrega-lhe seiscentos cruzeiros, mensalmente em meu nome, de ora em diante. A sua nova situação reclama recursos duplicados.

- Mas meu pai – acentuou o moço -, não se trata de pessoa em posição miserável. Ao que suponho, o lar dele possui tanto conforto, quanto o nosso.

- Folgo bastante com a notícia – exclamou o velho.

E, imprimindo terna censura à voz conselheiral, acrescentou:

- Meu filho, se não é lícito dar remédio aos sãos e esmolas aos que não precisam delas, semelhante regra não se aplica aos companheiros que Deus nos confiou. Quem socorre o amigo, apenas nos dias de extremo infortúnio, pode exercer a piedade que humilha ao invés do amor que santifica. Quem espera o dia do sofrimento para prestar o favor, muita vez não encontrará senão silêncio e morte, perdendo a melhor oportunidade de ser útil. Não devemos exigir que o irmão de jornada se converta em mendigo, a fim de parecermos superiores a ele, em todas as circunstâncias. Tal atitude de nossa parte representaria crueldade e dureza. Estendamos-lhe nossas mãos e façamo-lo subir até nós, para que nosso concurso não seja orgulho vão.


Toda gente no mundo pode consolar a miséria e partilhar as aflições, mas raros aprendem a acentuar a alegria dos entes amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e sem inveja no coração. O amigo verdadeiro, porém, sabe fazer isto. Volta, pois, e atende ao meu conselho para que nossa afeição constitua sementeira de amor para a eternidade. Nunca desejei improvisar necessitados, em torno de nossa porta e, sim, criar companheiros para sempre.

Foi então que o rapaz, envolvido na sabedoria paterna, cumpriu quanto lhe fora determinado, compreendendo a sublime lição de amizade real.



Francisco Cândido Xavier. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio..

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


JESUS


Espírito: MARTA.


Jesus foi na Terra

a mais perfeita encarnação do Amor Divino.

E ainda hoje,

nos dias amargurados que transcorrem,

é para a Humanidade

a promessa de Paz,

o manto protetor que abriga os aflitos e os infelizes,

o pão que sacia os esfomeados das verdades eternas,

a fonte que desaltera todos os sofredores.



Apegai-vos a Ele, cheio de confiança!

Ele é misericórdia personificada,

o Jardineiro Bendito,

que jorra no coração

dos transviados do caminho do bem,

as sementes do arrependimento

que hão de florir na regeneração

e frutificar na perfeita felicidade espiritual.



Ouvi a sua voz

no silêncio da consciência que vos fala

do cumprimento austero

de todos os deveres cristãos,

e um dia

descansareis reunidos,

ligados pelos liames inquebrantáveis

da fraternidade além da morte,

à sombra da árvore luminosa

das boas ações que praticastes,

longe das lágrimas do orbe obscuro,

Dos prantos e das provações remissoras !...



Livro Antologia Mediúnica do Natal - Psicografia: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Prece do Coração

Deus, guia-me por entre as trevas.

Ilumina meu caminho.

Dá-me forças para caminhar pelo estreito caminho da salvação.

Orienta-me para não me julgar nem pior nem melhor que ninguém.

Que nenhuma injustiça me faça injusto.

Que as ingratidões não me tornem ingrato.

Que nenhuma maldade que eu venha receber me faça mal.

Que eu possa, meu Deus, preferir receber todas as injustiças e maldades a fazer uma só.

Ajuda-me a servir, mesmo nos pequenos atos, e auxilia-me a vencer o egoísmo de querer ser servido.

Ó meu Deus! que eu seja feliz servindo com amor, sem, contudo, esquecer de fazer a felicidade de outros.

Faze de minha vida um luminoso reflexo de sua luz !

Obrigado meu Deus !


Do livro Mistério do sobrado- Antonio carlos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Só Por Hoje

Só por Hoje direi que estou de mal com a depressão e se ela der as caras aplicar-lhe-ei vinte bofetões de alegria.

Só por Hoje darei alta aos analistas, psicólogos, psiquiatras, conselheiros, filósofos e proclamarei que se antes eu era porque era o que eu era, agora sou o que sou porque sou tão feliz quanto penso que sou. Como penso que sou feliz, logo sou.

Só por Hoje direi que a vida é uma festa, acreditarei que a vida é uma festa e farei da festa a minha vida.

Só por Hoje admitirei que todo homem nasce feliz, passa a infância feliz, depois cresce e esconde a felicidade para que não a roubem, só que daí esquece onde a colocou. Mas só por hoje lembrarei que estás na minha mente.

Só por Hoje rirei à toa e contar-me-ei uma piada tão velha quanto a história daquele sujeito que olhava por cima do óculos para não gastar as lentes.

Só por Hoje, revelarei ao mundo que sou feliz e chamarei de absurda toda opinião contrária.

Só por Hoje acreditarei que ri melhor quem ri por si mesmo. Já estou rindo.

Só por Hoje informarei a todos que sou tão feliz quanto resolvi ser.

Só por Hoje guardarei a seriedade no baú e deixarei que a criança interior brinque comigo o tempo todo.

Só por Hoje estarei tão bem-humorado que rirei até daquele anúncio que diz: "Vende-se uma mala por motivo de viagem."

Só por Hoje admitirei que ser feliz é tão simples quanto dizer que sou feliz.

Só por Hoje estarei tão feliz que não sentirei falta de sentir falta da felicidade.

Só por Hoje expulsarei da minha casa a tristeza e hospedarei a alegria, o sorriso e o bom-humor.

Só por Hoje abrigarei a felicidade sob o meu teto, vesti-la-ei com roupas do bem-estar, dar-lhe-ei a comida do sorriso, a bebida da alegria e a divertirei com conversas agradáveis e positivas.


Só por Hoje me divorciarei do passado, romperei o namoro indecoroso com os males do presente e casarei indissoluvelmente com a felicidade.


Paulo Trevisan