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terça-feira, 22 de junho de 2010


Diálogo Sobre o Amor

A jovem discípula acercou-se do mestre e, ruborizando-se, pediu-lhe que falasse do amor.

O Sábio sorriu, e, desculpando-se, perguntou-lhe o que ela considerava como sendo o amor.

Emocionando-se, a aprendiz explicou:

- Compreendo o amor, como sendo a ânsia que experimentam as praias, que aguardam os beijos sucessivos das ondas contínuas do mar;

- Como a sofreguidão que tem a raiz de introduzir-se no solo, a fim de sustentar a planta;

- Como a expectativa da rocha que anela pela carícia do vento, embora se desgaste com isso;

- Como o desejo infrene da terra crestada, pela generosidade da chuva;

- Como a flauta aguarda pelo sopro que lhe arranca das entranhas a doce melodia;

- Como o barro esquecido pede ao oleiro que lhe dê forma e beleza;

- Como a semente que necessitava despedaçar-se, para libertar a vida;

- Como a lâmpada apagada que exige a energia para brilhar.

- O amor é o sangue novo para o coração e o vinho bom para aquecer a criatura, quando o frio lhe enregela a vida.

- Assim vejo e sinto o amor.

- E vós, como vedes o amor?"

Respondeu o mestre:

- O amor é o doce e compreensivo companheiro da criatura em todos os dias da sua vida.

- Se esta é jovem, ei-lo que se apresenta, ardente e apaixonado, como no teu caso, mas que segue adiante.

- O amor é calmo e ameno.

- Não incendeia paixões; dulcifica-as.

- Confundido com o desejo, permanece, quando este passa.

- Nunca se irrita; porque espera.

- Considerado como instinto, persiste, quando descoberto pela razão.

- Jamais perturba; pois que felicita e produz harmonia.

- O amor é claridade que permanece; é pão que nutre; é vida que se irradia da vida.

- Mesmo quando não identificado, encontra-se presente, porque, sem ele, a vida não existe ou perderia o sentido de ser."

A jovem ardente empalideceu, e, submissa à voz do amor, pediu ao mestre:

- Ensina-me a amar, eu que agora corro em busca do amor, sem dar-me conta que, em mim, ele se deve irradiar, abrangente, em todas as direções.

- Não te apresses no amor, e descobrirás que já começaste a amar, quando sentires necessidade de doar e doar-te sem desejares receber nada em retribuição.


Livro: Em Algum Lugar no Futuro – Médium: Divaldo P. Franco – Espírito: Eros.

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