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terça-feira, 30 de novembro de 2010


PREOCUPAÇÕES


Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.

Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.

Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.

Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para comentar injúria ou ingratidão.

Disse um notável filósofo: "uma criatura irritada está sempre cheia de veneno", e podemos acrescentar: "e de enfermidade também".

Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.

Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.

Geralmente, o mal é o bem mal-interpretado.

Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro nas mãos.

Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre-se de que Deus, que agüentou com você ontem, agüentará também hoje.


Livro: Sinal Verde – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


OLHAI OS LÍRIOS


“Considerai como crescem os lírios do campo...” – Jesus (Mateus, 6:28)

“Olhai os lírios do campo...” - exortou-nos Jesus.

A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos à ociosidade.

Os lírios para se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam; no entanto, esforçam-se com paciência, desde a germinação, no próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.

Não fiam nem tecem para mostrarem na formosura que os caracteriza; todavia, não desdenham fazer o que podem, a fim de cooperar no enriquecimento do esforço humano.

Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitam-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.

Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação.

Admitem calor e frio, vento e chuva, deles aproveitando aquilo que lhes possam doar de útil, sem se queixarem dos supostos excessos em que se exprimam.

Não indagam quanto à condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço, seja acrescentando beleza e perfume à Terra ou ornamentando festas e colaborando no interesse das criaturas em valor de mercado.

E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.

Evidentemente, nós, os espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem.


Livro: Aulas da Vida – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

domingo, 28 de novembro de 2010


O REMÉDIO IMPREVISTO


O pequeno príncipe Julião andava doente e abatido.

Não brincava, não estudava, não comia. Perdera o gosto de colher os pêssegos saborosos do pomar. Esquecera a peteca e o cavalo.

Vivia tristonho e calado no quarto, esparramado numa espreguiçadeira.

Enquanto a mãezinha, aflita, se desvelava junto dele, o rei experimentava muitos médicos.

Os facultativos, porém, chegavam e saíam, sem resultados satisfatórios.

O menino sentia grande mal-estar. Quando se lhe aliviava a dor de cabeça, vinha-lhe a dor nos braços. Quando os braços melhoravam, as pernas se punham a doer.

O soberano, preocupado, fez convite público aos cientistas do País. Recompensaria nababescamente a quem lhe curasse o filho.

Depois de muitos médicos famosos ensaiarem, embalde, apareceu um velhinho humilde que propôs ao monarca diferente medicação. Não exigia pagamento. Reclamava tão somente plena autoridade sobre o doentinho. Julião deveria fazer o que lhe fosse determinado.

O pai aceitou as condições e, no dia imediato, o menino foi entregue ao ancião.

O sábio anônimo conduziu-o a pequeno trato de terra e recomendou-lhe arrancasse a erva daninha que ameaçava um tomateiro.

— Não posso! Estou doente! — gritou o menino.

O velhinho, contudo, convenceu-o, sem impaciência, de que o esforço era viável e, em minutos breves, ambos libertavam as plantas da erva invasora.

Veio o Sol, passou o vento; as nuvens, no alto, rondavam a terra, como a reparar onde estava o campo mais necessitado de chuva...

Um pouco antes do meio-dia, Julião disse ao velho que sentia fome, O sábio humilde sorriu, contente, enxugou-lhe o suor copioso e levou-o a almoçar.

O jovem devorou a sopa e as frutas, gostosamente.

Após ligeiro descanso, voltaram a trabalhar.

No dia seguinte, o ancião levou o príncipe a servir na construção de pequena parede.

Julião aprendeu a manejar os instrumentos menores de um pedreiro e alimentou-se ainda melhor.

Finda a primeira semana, o orientador traçou-lhe novo programa. Levantava-se de manhã para o banho frio, obrigava-se a cavar a terra com uma enxada, almoçava e repousava. Logo após, antes do entardecer, tomava livros e cadernos para estudar e, à noitinha, terminada a última refeição, brincava e passeava, em companhia de outros jovens da mesma idade.

Transcorridos dois meses, Julião era restituído à autoridade paternal, rosado, robusto e feliz. Ardia, agora, em desejos de ser útil, ansioso por fazer algo de bom. Descobrira, enfim, que o serviço para o bem é a mais rica fonte de saúde.

O rei, muito satisfeito, tentou recompensar o velhinho.

Todavia, o ancião esquivou-se, acrescentando:

— Grande soberano, o maior salário de um homem reside na execução da Vontade de Deus, através do trabalho digno. Ensina a glória do serviço aos teus filhos e tutelados e o teu reino será abençoado, forte e feliz.

Dito isto, desapareceu na multidão e ninguém mais o viu.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.

sábado, 27 de novembro de 2010


Outra Vez


Desculpaste, edificando,
Mas, se a treva e a insensatez
Voltam de novo a ferir-te,
Perdoa e ajuda outra vez.

Ouviste em prece os agravos
À doutrina em que mais crês;
No entanto, se há mais ofensa,
Perdoa e ajuda outra vez.

Esqueceste duros golpes
Da injúria e da rispidez...
Todavia, se ressurgem,
Perdoa e ajuda outra vez.

Viste mãos das mais queridas,
No sonho que se desfez;
Contudo, segue adiante...
Perdoa e ajuda outra vez.

Ao lamaçal da calúnia
Em dia algum não te dês.
Bendizendo os detratores,
Perdoa e ajuda outra vez.

Se teus pedidos mais justos
Somente encontram surdez,
Esperando sem revolta,
Perdoa e ajuda outra vez.

Recolhes por teu sorriso
Gesto rude e descortês?
O tempo tudo transforma;
Perdoa e ajuda outra vez.

Se queres guardar contigo
A bênção da intrepidez,
À frente de todo mal,
Perdoa e ajuda outra vez.

Injustiçado, não guardes
Nem mágoas e nem porquês;
Trabalhando alegremente,
Perdoa e ajuda outra vez.

Se almejas fazer migalha
Do muito que o Mestre fez,
Mesmo entregue à cruz da morte
Perdoa e ajuda outra vez.


Médium: Chico Xavier – Espírito: Casimiro Cunha.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010


ONDE ESTÁ DEUS?


Olhando atentamente ao nosso derredor, se observamos que, em pleno ar um pássaro é atingido por mortífero grão de chumbo, a que conclusão chegamos?

Certamente deduziremos que hábil atirador o alvejou, ainda que não o possamos ver.

Sendo assim, nem sem sempre é necessário que vejamos uma coisa para saber que ela existe.

Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas.

E, se todo o efeito tem uma causa, por conseguinte, todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.

Assim é que, quando contemplamos uma obra-prima da arte ou da indústria, dizemos que quem a produziu foi um homem de gênio, porque só uma alta inteligência poderia concebê-la.

Reconhece-se, no entanto, que ela é obra de um homem, por se verificar que não está acima da capacidade humana; mas, ninguém terá a idéia de dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, e, ainda menos, que é trabalho de um animal, ou produto do acaso.

Pois bem! Lançando o olhar sobre as obras da natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhecemos não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana.

Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à humanidade, a menos que se admita que há efeito sem causa.

E é a essa inteligência suprema que chamamos Deus.

... E onde está Deus? – pergunta o cientista.

- Ninguém jamais o viu. Deus é somente uma invenção da fé – responde, às pressas, o materialista...

Já o pensador, dirá sensatamente:

- Não vejo Deus, mas sinto que Ele existe. A natureza mostra claramente em que consiste o Seu poder.

Mas o poeta dirá, com a segurança de quem tem certeza:

- Eu vejo Deus no riso da criança... no céu, no mar, na luz...

- Eu vejo Deus na mão que acaricia... No olhar das mães fitando os filhos seus... Nas noites de luar, claras e belas...

- Em tudo pulsa o coração de Deus.

- Eu vejo Deus nas flores e nos prados, nos astros a rolar pelo infinito...

- Escuto Deus na voz dos namorados... E sinto Deus na lágrima do aflito...

- Escuto Deus na frase que perdoa... Contemplo Deus no abraço dos amigos...

- Eu vejo Deus na criatura boa... E sinto Deus na paz, na alegria...

- Escuto Deus no som da melodia... E sinto Deus na brisa refrescante...

- Contemplo Deus no sol que ilumina... E sinto Deus no perfume das flores...

- Eu vejo Deus na chuva que beija a terra... E sinto Deus na fé, na esperança...

O mesmo calor solar, que mantém no estado líquido a água dos rios e dos mares, conduz a seiva à fronde das árvores e faz pulsar o coração dos abutres e das pombas.

A luz que espalha o verdor nos prados e nutre as plantas com um sopro impalpável, também povoa a atmosfera das maravilhosas belezas aéreas.

O som que estremece a folhagem, canta na orla dos bosques e ruge nas plagas marinhas.

Enfim, em tudo vemos uma correlação de forças físicas, que abrange num mesmo sistema a totalidade da vida sob a comunhão das mesmas leis.

É ao autor dessas leis soberanas e perfeitas que chamamos Deus.


Autor do texto desconhecido
Fonte do texto e imagem: Internet

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


Maternidade


Vemos em cada manifestação da Vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.

Na Criação, o clímax da grandeza.

Na caridade, o vértice da virtude.

Na paz, a culminância da luta.

No êxito, a exaltação do ideal.

Nos filhos, a essência do amor.

No lar, a glória da união.

De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.

Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.

Láurea celeste na mulher de todas as condições; define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.

Maternidade esperada.

Maternidade imprevista.

Maternidade aceita.

Maternidade hostilizada.

Maternidade socorrida.

Maternidade desamparada.

Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, a maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.

Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam as chaves de controle do mundo.

Mães de sábios...

Mães de idiotas...

Mães felizes...

Mães desditosas...

Mães jovens...

Mães experientes...

Mães sadias...

Mães enfermas...

Ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas.

Mães da Terra! Mães anônimas!

Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!

Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente – esperança do Céu a repontar-vos do peito!...

Não surge o berço de vosso coração por acaso.

Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitos cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina.


Livro: O Espírito da Verdade – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 18 - Muitos Os Chamados e Poucos os Escolhidos


A Porta Estreita


3. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. - Quão pequena é a porta da vida! Quão apertado o caminho que a ela conduz! E quão poucos a encontram! (S. MATEUS, cap. VII, vv. 13 e 14.)

4. Tendo-lhe alguém feito esta pergunta: Senhor, serão poucos os que se salvam? Respondeu-lhes ele: - Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois vos asseguro que muitos procurarão transpô-la e não o poderão. - E quando o pai de família houver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos; ele vos responderá: não sei donde sois: - Por-vos-eis a dizer: Comemos e bebemos na tua presença e nos instruíste nas nossas praças públicas. - Ele vos responderá: Não sei donde sois; afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniqüidade.

Então, haverá choro e ranger de dentes, quando virdes que Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas estão no reino de Deus e que vós outros sois dele expelidos. - Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Setentrião e do Meio-Dia, que participarão do festim no reino de Deus. - Então, os que forem últimos serão os primeiros e os que forem primeiros serão os últimos. - (S. LUCAS, cap. XIII, vv. 23 a 30.)

5. Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal. E estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que poucos se resignam. E o complemento da máxima: "Muitos são os chamados e poucos os escolhidos".

Tal o estado da Humanidade terrena, porque, sendo a Terra mundo de expiação, nela predomina o mal. Quando se achar transformada, a estrada do bem será a mais freqüentada. Aquelas palavras devem, pois, entender-se em sentido relativo e não em sentido absoluto. Se houvesse de ser esse o estado normal da Humanidade, teria Deus condenado à perdição a imensa maioria das suas criaturas, suposição inadmissível, desde que se reconheça que Deus é todo justiça e bondade.

Mas, de que delitos esta Humanidade se houvera feito culpada para merecer tão triste sorte, no presente e no futuro, se toda ela se achasse degredada na Terra e se a alma não tivesse tido outras existências? Por que tantos entraves postos diante de seus passos?
Por que essa porta tão estreita que só a muito poucos é dado transpor, se a sorte da alma é determinada para sempre, logo após a morte? Assim é que, com a unicidade da existência, o homem está sempre em contradição consigo mesmo e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga; faz-se luz sobre os pontos mais obscuros da fé; o presente e o futuro tornam-se solidários com o passado, e só então se pode compreender toda a profundeza, toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010


TAREFA ABENÇOADA


É o trabalho espiritual a que te dedicas.

Dentro dele, sempre o melhor.

Não permitas que as tuas imperfeições empanem a brilho das tarefas sob a tua responsabilidade.

Apaga-te quanto possas, para que a Luz do Senhor resplandeça.

Anula-te, para que o Cristo consiga viver por ti e em ti.

Não tenhas outra aspiração que não seja a de cumprir com os teus deveres, em louvor do ideal que abraçaste.

Sê a palavra de bom ânimo aos companheiros desalentados, o amigo que compreende e auxilia sem nada exigir.

As boas obras reclamam a perseverança dos que a elas se entregam.

Porfia no Bem de todos e a vida se te fará um caminho de luz.

Nunca desconsideres ninguém.

Lembra-te de que toda tarefa de amor, para se firmar entre os homens, não dispensa o concurso sábio do tempo.

Ainda hoje, o Cristo prossegue lutando pela edificação do Reino Divino na Terra.

Ante incompreensões, serve mais.

Ante críticas, silencia.

Sofrendo, ora e espera por Deus.

A oportunidade que desfrutas agora no serviço do Evangelho, nas bênçãos da Doutrina Espírita, é a melhor de todas as que já tiveste para escalar os degraus da redenção.


Livro: Palavras da Coragem – Médium: Chico Xavier – Espírito: Bezerra de Menezes.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010


AMIZADE 2


O homem é um ser gregário por natureza.

Ele sente necessidade de convívio e contato com os semelhantes.

Justamente por isso, estabelece vínculos ao longo de sua vida.

Muitos desses vínculos são praticamente automáticos, como os que decorrem da estrutura familiar.

Contudo, algumas ligações originam-se apenas de afinidade e simpatia.

A amizade é uma forma de afeto muito peculiar.

Habitualmente, afirma-se que os amigos são a família que se escolheu.

A nobreza da amizade foi revelada pelo próprio Cristo.

Em determinada passagem do evangelho, o mestre afirmou que não mais chamava os apóstolos de servos.

Chamava-os de amigos, pois lhes havia dado a conhecer o que ouvira do Pai.

Jesus ofertara aos seus discípulos o que de melhor possuía: A luz de Seus ensinamentos e o calor de Seu afeto.

Isso é o que caracteriza a amizade: A partilha do melhor de nosso ser.

A amizade não envolve posse, exclusivismos ou busca de vantagens.

Nada obriga a manutenção dos laços de amizade. É a expressão mais fraterna dos sentimentos.

Procura-se estar próximo ao semelhante apenas pelo prazer de sua companhia.

Por ser tão precioso, esse vínculo deve ser bem cuidado.

Conquistar amigos pode ser mais fácil do que preservá-los.

Na aquisição de afetos, o carisma pessoal auxilia bastante. Mas a manutenção do vínculo exige dedicação. É necessário dispor-se a gastar algum tempo no cultivo do afeto que se granjeou. Entretanto, o comportamento nobre e leal também se faz imprescindível.

A manutenção dos amigos pouco tem a ver com lições de etiqueta ou boas maneiras.

Tais recursos muitas vezes apenas escondem o real caráter de quem aparenta afabilidade. Relevante mesmo é burilar o próprio modo de ser, desenvolvendo nobreza e cordialidade.

Considerando essa realidade, há inúmeras atitudes que se devem evitar no trato com os amigos.

A agressividade, em palavras ou gestos, surpreende negativamente nossos afetos.

A negligência, consistente em dar pouca importância à presença e à palavra dos companheiros, faz com que não mais nos procurem.

A irritação contínua torna nossa companhia enfadonha.

A lamentação constante também converte nossa presença em um fardo pesado.

É preciso considerar que os outros também têm problemas.

Importa, pois, cultivar a jovialidade.

Ocultar as próprias dores, para não afligir inutilmente os semelhantes, é uma forma de caridade.

Assim, reflita sobre a importância dos amigos em sua vida.

Pense como eles lhe trazem alegria e tornam seu viver mais leve.

Lembre-se do exemplo do Cristo, que deu o melhor de si aos companheiros que escolheu.

Não gaste os preciosos momentos que passa com seus amigos em futilidades, reclamações ou baixezas.

Dê-lhes o seu melhor.

Torne sua companhia uma fonte de equilíbrio, alegria e bem estar.

Mostre-se confiável e disposto, quando necessitarem de você.

Ame-os, com pureza e desinteressadamente.

Afinal, amigos leais e calorosos são um dos maiores tesouros que se pode conquistar.


Autor do texto desconhecido
Fonte do texto e imagem: Internet

domingo, 21 de novembro de 2010


A ESCOLA DAS ALMAS


Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.

Quando a palavra divina terminou a formosa preleção, a sogra de Pedro indagou inquieta: — Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar? Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou: — Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos.

No começo é a promessa de paz e compreensão; entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores...

Reparando que a senhora galiléia se sensibilizara até às lágrimas, deu-se pressa Jesus em responder: — O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.

E, sorrindo, perguntou: — Que fazes inicialmente às lentilhas, antes de servi-las à refeição? A interpelada respondeu titubeante: — Naturalmente, Senhor, cabe-me levá-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas.

Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.

— Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa? — De modo algum — tornou a velha humilde —; antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno.

Sem essa medida...

O Divino Amigo então considerou: — Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai.

O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador.

O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual.

O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições.

Nunca notou a rapidez da existência de um homem? A vida carnal é idêntica à flor da erva.

Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece...

O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna.

Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.

A sogra de Simão escutou atenciosa, e ponderou: — Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem; no entanto, jamais aprendem.

O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar: — Que fazes das lentilhas endurecidas que não cedem à ação do fogo? — Ah! sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.

— Ocorre o mesmo — terminou o Mestre — com a alma rebelde às sugestões edificantes do lar.

A luta comum mantém a fervura benéfica; todavia, quando chega a morte, a grande selecionadora do alimento espiritual para os celeiros de Nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.


Livro Jesus no Lar, lição 2 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.

sábado, 20 de novembro de 2010


Amizade


Muitas pessoas irão entrar e sair da sua vida,
mas somente verdadeiros amigos deixarão pegadas no seu
coração.

Para lidar consigo mesmo, use a cabeça,
para lidar como os outros, use o coração.
Raiva é a única palavra de perigo.

Se alguém te traiu uma vez, a culpa é dele;
Se alguém te trai duas vezes, a culpa é sua.

Quem perde dinheiro, perde muito,
Quem perde um amigo, perde mais.
Quem perde a fé, perde tudo.

Jovens bonitos são acidentes da natureza:
Velhos bonitos são obras de arte.

Aprenda também com o erro dos outros,
você não vive tempo suficiente para cometer todos os erros.

Amigos você e eu...
Você trouxe outro amigo...
Agora somos três...
Nós começamos um grupo...

Nosso círculo de amigos...
E como um círculo,
não tem começo nem fim...

Ontem é história:
Amanhã é mistério,
Hoje uma dádiva,

É por isso que é chamado presente...


Fabiano Lustosa

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Vidas Sucessivas


"Não te maravilhes de te haver dito: Necessário vos é nascer de novo." Jesus. (JOÃO, 3:7.)

A palavra de Jesus a Nicodemos foi suficientemente clara.
Desviá-la para interpretações descabidas pode ser compreensível no sacerdócio organizado, atento às injunções da luta humana, mas nunca nos espíritos amantes da verdade legítima.

A reencarnação é lei universal.

Sem ela, a existência terrena representaria turbilhão de desordem e injustiça; à luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos dolorosos do caminho.

O homem ainda não percebeu toda a extensão da misericórdia divina, nos processos de resgate e reajustamento.

Entre os homens, o criminoso é enviado a penas cruéis, seja pela condenação à morte ou aos sofrimentos prolongados.

A Providência, todavia, corrige, amando... Não encaminha os réus a prisões infectas e úmidas. Determina somente que os comparsas de dramas nefastos troquem a vestimenta carnal e voltem ao palco da atividade humana, de modo a se redimirem, uns à frente dos outros.

Para a Sabedoria Magnânima nem sempre o que errou é um celerado, como nem sempre a vítima é pura e sincera. Deus não vê apenas a maldade que surge à superfície do escândalo; conhece o mecanismo sombrio de todas as circunstâncias que provocaram um crime.

O algoz integral como a vítima integral são desconhecidos do homem; o Pai, contudo, identifica as necessidades de seus filhos e reúne-os, periodicamente, pelos laços de sangue ou na rede dos compromissos edificantes, a fim de que aprendam a lei do amor, entre as dificuldades e as dores do destino, com a bênção de temporário esquecimento.


Livro: Caminho, Verdade e Vida – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Na Forja da Vida


“Entrai pela porta estreita porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz e muitos são os que entram por ela”. (JESUS, Mateus, 7:13). “Larga é a porta da perdição porque são numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal”. (Alan Kardec. E.S.E, Cap. XVIII, 5)

Trazes contigo a flama do ideal superior e anelas concretizar os grandes sonhos de que te nutres, mas, diante da realidade terrestre, costumas dizer que a dificuldade é invencível.

Afirmas haver encontrado incompreensões e revezes, entraves e dissabores, por toda a parte, no entanto...

O pão que consomes é o resumo de numerosas obrigações que começaram no cultivo do solo; a vestimenta que te agasalha é o remate de longas tarefas iniciadas de longe com o preparo do fio; o lar que te acolhe foi argamassado com o suor dos que se uniram ao levantá-lo; a escola que te revela a cultura guarda a renunciação de quantos se consagram ao ministério do ensino; o livro que te instrui custou a vigília dos que sofreram para fixar, em caracteres humanos, o clarão das idéias nobres; a oficina que te assegura a subsistência encerra o concurso dos seareiros do bem, a favor do progresso; o remédio que te alivia é o produto das atividades conjugadas de muita gente.

Animais que te auxiliam, fontes que te refrigeram, vegetais que te abençoam e objetos que te atendem, submetem-se a constantes adaptações e readaptações para que te possam servir.

Se aspiras, desse modo, à realização do teu alto destino, não desdenhes lutar, a fim de obtê-lo.

Na forja da vida, nada se faz sem trabalho e nada se consegue de bom sem apoio no próprio sacrifício.

Se queres, na sombra do vale, exaltar o topo do monte, basta contemplar-lhe a grandeza, mas se te dispões a comungar-lhe o fulgor solar na beleza do cimo, será preciso usar a cabeça que carregas nos ombros, sentir com a própria alma, mover os pés em que te susténs e agir com as próprias mãos.


Livro da Esperança – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 16 – Servir a Deus e a Mamon


II - Emprego da Fortuna


CHEVERUS - Bordeaux, 1861

11 – Não podeis servir a Deus e a Mamon; guardai bem isto, vós que sois dominados pelo amor do ouro, vós que venderíeis a alma para enriquecer, porque isso poderia elevar-vos acima dos outros e proporcionar-vos o gozo das paixões. Não, não podeis servir a Deus e a Mamon! Se sentirdes, portanto, vossa alma dominada pelas cobiças da carne, apresse-vos em sacudir o jugo que vos esmaga, pois Deus, justo e severo, vos perguntará: Que fizeste, ecônomo infiel, dos bens que te confiei? Empregaste essa poderosa fonte das boas obras unicamente na tua satisfação pessoal?

Mas qual é, então, o melhor emprego da fortuna? Procurai nestas palavras: “Amai-vos uns aos outros”, a solução desse problema, pois nelas está o segredo da boa aplicação das riquezas. O que ama o seu próximo já tem a sua conduta inteiramente traçada, pois a aplicação que agrada a Deus é a da caridade. Não essa caridade fria e egoísta, que consiste em distribuir ao redor de si o supérfluo de uma existência doirada, mas a caridade plena de amor, que procura a desgraça e a socorre sem humilhá-la. Rico, dá do teu supérfluo; faze ainda mais; dá do teu necessário, porque o teu necessário é também supérfluo, mas dá com sabedoria. Não repelias o pranto, com medo de seres enganado, mas vai à origem do mal; ajuda primeiro; informa-te depois, para ver se o trabalho, os conselhos, a afeição mesmo, não seriam mais eficazes do que a tua esmola. Difunde ao teu redor, com a abastança, o amor do trabalho, o amor do próximo, o amor de Deus. Põe a tua riqueza sobre uma base segura e que te garantirá grandes lucros: a das boas obras. A riqueza da inteligência deve servir-te como a de ouro; difunde em teu redor os benefícios da instrução, distribui aos teus irmãos os tesouros do amor, que eles frutificarão.

terça-feira, 16 de novembro de 2010


Firmeza da Fé


"E os que estão sobre a pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e, na época da tentação, se desviam." - Jesus. (Lucas, 8:13.)

A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar rigidez e impedimento; no entanto, convém não esquecer que Jesus, de vez em quando, a ela recorria para significar a firmeza. Pedro foi chamado pelo Mestre, certa vez, a “rocha viva da fé”.

O Evangelho de Lucas fala-nos daqueles que estão sobre pedra, os quais receberão a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz, caem, fatalmente, na época das tentações.

Não são poucos os que estranham essa promessa de tentações, que, aliás, devem ser consideradas como experiências imprescindíveis.

Na organização doméstica, os pais cuidarão excessivamente dos filhos, em pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria no tempo em que necessitam demonstrar o esforço de si mesmos.

O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com paciência e, depois, exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.

Reconhecemos assim, pelo apontamento de Lucas, que nas experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente estará tranqüilo, mas, se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar-se-á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios.

Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento e iluminação.

Respeitemos a firmeza de fé, onde ela existir, mas não olvidemos a edificação da nossa, para a vitória estável.


Livro: Caminho, Verdade e Vida – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Medicamentos Evangélicos


Ajude sempre.

Não tema.

Jamais desespere.

Aprenda incessantemente.

Pense muito.

Medite mais.

Fale pouco.

Retifique, amando.

Trabalhe feliz.

Dirija, equilibrado.

Obedeça contente.

Não se queixe.

Siga adiante.

Repare além.

Veja longe.

Discuta serenamente.

Faça luz.

Semeie paz.

Espalhe bênçãos.

Lute, elevando.

Seja alegre.

Viva desassombrado.

Demonstre coragem.

Revele calma.

Respeite tudo.

Ore confiante.

Vigie benevolente.

Caminhe, melhorando.

Sirva hoje.

Espere o amanhã.


Livro: Agenda Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.

domingo, 14 de novembro de 2010


O MINISTRO SÁBIO


Mateus discorria solene, sobre a missão dos que dirigem a massa popular, especificando deveres dos administradores e dificuldades dos servos.

A conversação avançava, pela noite a dentro, quando Jesus, notando que os aprendizes lhe esperavam a palavra amiga, narrou, sorridente: — Um reino existia, em cuja intimidade apareceu um grande partido de adversários do soberano que o governava.

Pouco a pouco, o espírito de rebeldia cresceu em certas famílias revoltadas e, a breves semanas, toda uma província em desespero se ergueu contra o monarca, entravando-lhe as ações.

Naturalmente preocupado, o rei convidou um hábil juiz para os encargos de primeiro ministro do país, desejoso de apagar a discórdia; mas o juiz começou a criar quantidade enorme de leis e documentos escritos, que não chegaram a operar a mínima alteração.

Desiludido, o imperante substituiu-o por um doutrinador famoso.

O tribuno, porém, conduzido à elevada posição, desfez-se em discursos veementes e preciosos que não modificaram a perturbação reinante.

Continuavam os inimigos internos solapando o prestígio nacional, quando o soberano pediu o socorro de um sacerdote que, situado em tão nobre posto, amaldiçoou, de imediato, os elementos contrários ao rei, piorando o problema.

Desencantado, o monarca trouxe um médico à direção dos negócios gerais, mas tão logo se viu em palácio, partilhando as honras públicas, o novo ministro afirmou, para conquistar o favor régio, que o partido de adversários da Coroa se constituía de doentes mentais, e fez disso propaganda tão ruinosa que a indisciplina se tornou mais audaciosa e a revolta mais desesperada.

Pressentindo o trono em perigo, o soberano substituiu o médico por um general célebre, que tomou providência drástica, arregimentando forças armadas nas regiões fiéis e mobilizando-as contra os irmãos insubmissos.

Estabeleceu-se a guerra civil.

E quando a morte começou a ceifar vidas inúmeras, inclusive a do temido lidador militar que se convertera em primeiro ministro do reino, o imperante, de alma confrangida, convidou um sábio a ocupar-se do posto então vazio.

Esse chegou à administração, meditou algum tempo e deu início a novas atividades.

Não criou novas leis, não pronunciou discursos, não censurou os insurretos, não perdeu tempo em zombaria e nem estimulou qualquer cultura de vingança.

Dirigiu-se em pessoa à região conflagrada, a fim de observar-lhe as necessidades.

Reparou, aí, a existência de inúmeras criaturas sem teto, sem trabalho e sem instrução, e erigiu casas, criou oficinas, abriu estradas e improvisou escolas, incentivando o serviço e a educação, lutando, com valioso espírito de entendimento e fraternidade, contra a preguiça e a ignorância.

Não transcorreu muito tempo e todas as discórdias do reino desapareceram, porque a ação concreta do bem eliminara toda a desconfiança, toda a dureza e indecisão dos espíritos enfermiços e inconformados.

Mateus contemplava o Senhor, embevecidamente, deliciando-se com as idéias de bondade salvadora que enunciara, e Jesus, respondendo-lhe à atenção com luminoso sorriso, acrescentou para finalizar: — O ódio pode atear muito incêndio de discórdia, no mundo, mas nenhuma teoria de salvação será realmente valiosa sem o justo benefício aos espíritos que a maldade ou a rebelião desequilibraram.

Para que o bem possa reinar entre os homens, há de ser uma realidade positiva no campo do mal, tanto quanto a luz há de surgir, pura e viva, a fim de expulsar as trevas.


Livro Jesus no Lar, lição 15 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.

sábado, 13 de novembro de 2010


Alguém


Alguém te bate à porta, dia a dia,

Esmolando-te amor, oculto embora,

Nas agruras e chagas de quem chora

Entre a grande aflição e a noite fria...



Medita e ouvi-lo-ás chamando agora

Na miséria cansada que te espia,

Nos herdeiros da sombra e da agonia,

Que se arrastam gemendo estrada afora...



Alguém te segue os passos, de mansinho,

Junto às trevas e às dores do caminho,

Anotando o que fazes por vence-las.



Esse Alguém é Jesus que, em toda idade,

Arrecada os teus gestos de bondade

No Tesouro Divino das Estrelas.


Livro: Poetas Redivivos - Médium: Chico Xavier – Espírito: Auta de Souza.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010


Teu Corpo


Não menosprezes teu corpo, a pretexto de ascensão à virtude.

Recorda que a semente responsável pelo pão que te supre a mesa, em muitas ocasiões, se valeu do adubo repelente a fim de poder servir-te e que a água a derramar-se do vaso para acalmar-te a sede, quase sempre, foi filtrada no charco, para que a secura não te arruinasse a existência.

O corpo físico é o santuário em que te exprimes no mundo.

Não olvides semelhante verdade para que não respondas com o desleixo à Previdência Divina que, com ele, te investiu na posse de valiosos recursos para o teu aperfeiçoamento de espírito na vida imperecível.

Realmente, as almas vacilantes na fé e ainda aprisionadas às teias da ignorância arrojam-no aos desvãos da aventura e da inutilidade, mas os caracteres valorosos e acordados para o bem, dele fazem o precioso veículo para o acesso às alturas.

Com o corpo terrestre, Maria de Nazaré honorificou a missão da Mulher, recebendo Jesus nos braços maternais e Paulo de Tarso exalçou o Cristianismo nascente, atingindo o heroísmo e a sublimação... Com ele Francisco de Assis imortalizou a bondade humana; Iordano Bruno lobrigou a multiplicidade dos mundos habitados; Galileu observou o movimento da Terra em plena vida cósmica; Vicente de Paulo teceu o poema inesquecível da caridade e Beethoven trouxe ao ouvido humano as melodias celestiais...

Lembra-te de que teu corpo é harpa divina.

E ao invés de lhe condenares as cordas ao abandono e à destruição, tange nelas, com o próprio esforço, o hino do trabalho e da fraternidade, da compreensão e da luz, que te fará nota viva e harmoniosa na sintonia de amor universal com que a Beleza Eterna exalta incessantemente a Sabedoria Infinita de Deus.


Livro: Viajor – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010


Imperativo da Paciência


Provável que raros amigos pensem nisto: paciência por imunização contra o suicídio.

Nas áreas da atividade humana, bastas vezes, surgem para a criatura determinados topos de provação para cuja travessia, nem sempre bastará o conhecimento superior. É necessário que a alma se apóie no bastão invisível da paciência, a fim de não resvalar em sofrimentos maiores.

Eis porque nos permitimos endereçar reiterados apelos aos irmãos domiciliados no Plano Físico a fim de que se dediquem ao cultivo da compreensão.

Se te encontras sob o impacto de conflitos domésticos, ante aqueles que se façam campo de vibrações negativas, usa a tolerância, quanto possível, em auxílio à segurança da equipe familiar a que te vinculas.

Nas decepções, sejam quais forem, reflete no valor da ponderação em teu próprio benefício.

Diante de golpes que te sejam desfechados, esquece injúrias e agravos e pensa nas oportunidades do trabalho que se te farão apoio defensivo contra o desespero.

Sob acusações que reconhece imerecidas, olvida o mal e não alimentes o fogo da discórdia.

Quando te falte atividade profissional, continua agindo, tanto quanto puderes nas tarefas de auxílio espontâneo aos outros, aprendendo que atividade nobre atrai atividades nobres e, com isso, para breve, te reconhecerás em novos posicionamentos de serviço, segundo as tuas necessidades.

Se o desânimo te ameaça por esse ou aquele motivo, recorda a importância de teu concurso fraterno, em apoio de alguém, e não te dês ao luxo de paradas improdutivas.

Em qualquer obstáculo a transpor no caminho, conserva a paciência por escora e guia e, de pensamento confiante na Divina Providência, seguirás adiante, afastando para longe a tentação da fuga e reconhecendo, em tempo estreito, que há sempre um futuro melhor para cada um de nós e que, em todas as tribulações da existência, vale a pena esperar pelo socorro de Deus.


Livro: Atenção – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 14 – Honra a Teu Pai e a Tua Mãe


PIEDADE FILIAL


1 – Sabes os mandamentos: não cometas adultérios; não mates; não furtes; não digas falso testemunho; não cometais fraudes; honra a teu pai e a tua mãe (Marcos, X: 19; Lucas, XVIII: 20; Mateus, XIX: 19).


2 – Honra a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te há de dar. (Decálogo, XX: 12)

3 – O mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, é uma conseqüência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais; mas o imperativo honra implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial.

Deus quis demonstrar, assim, que ao amor é necessário juntar o respeito, a estima, a obediência e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de maneira mais rigorosa, tudo o que a caridade determina em relação ao próximo. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que se encontram no lugar dos pais, e cujo mérito é tanto maior, quanto o devotamento é para elas menos obrigatório. Deus pune sempre de maneira rigorosa toda violação desse mandamento.

Honrar ao pai e à mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionando-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância.

É, sobretudo para com os pais sem recursos que se demonstra a verdadeira piedade filial. Satisfariam a esse mandamento os que julgam fazer muito, aos lhes darem o estritamente necessário para que não morram de fome, enquanto eles mesmos de nada se privam?

Relegando-os aos piores cômodos da casa, apenas para não deixá-los na rua, e reservando para si mesmos os melhores aposentos, os mais confortáveis? E ainda bem quando tudo isso não é feito de má vontade, sendo os pais obrigados a pagar o que lhes resta da vida com a carga dos serviços domésticos! É então justo que pais velhos e fracos tenham de servir a filhos jovens e fortes? A mãe lhe teria cobrado o leite, quando ainda estavam no berço? Teria, por acaso, contado as suas noites de vigília, quando eles ficavam doentes, os seus passos para proporcionar-lhes o cuidado necessário? Não, não é só o estritamente necessário que os filhos devem aos pais pobres, mas também, tanto quanto puderem, as pequenas alegrias do supérfluo, as amabilidades, os cuidados carinhosos, que são apenas os juros do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada.

Essa, somente, é a piedade filial aceita por Deus.

Infeliz, portanto, aquele que se esquece da sua dívida para os que o sustentaram na infância, os que, com a vida material, lhe deram também a vida moral, que freqüentemente se impuseram duras privações para lhe assegurar o bem-estar! Ai do ingrato, porque ele será punido pela ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, às vezes desde a vida presente, mas de maneira certa noutra existência, em que terás de sofrer o que fez os outros sofrerem!

Certos pais, é verdade, descuidam dos seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los, e não aos filhos. Não cabe a estes censurá-los, pois que talvez eles mesmos fizeram por merecê-los assim. Se a caridade estabelece como lei que devemos pagar o mal com o bem, ser indulgentes para as imperfeições alheias, não maldizer do próximo, esquecer e perdoar as ofensas, e amar até mesmo os inimigos, quanto essa obrigação se faz ainda maior em relação aos pais! Os filhos, devem por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus referentes ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos estranhos, mais condenável se torna para com os pais. Devem lembrar que aquilo que no primeiro caso seria apenas uma falta, pode tornar-se um crime no segundo, porque, neste, à falta de caridade se junta à ingratidão.

4 – Deus disse: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te há de dar”. Mas por que promete como recompensa a vida terrena e não a celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “Que Deus vos dará”, suprimidas na forma moderna do decálogo, o que lhe desfigura o sentido. Para compreendermos essas palavras, temos de nos reportar à situação e às idéias dos hebreus, na época em que elas foram pronunciadas. Eles ainda não compreendiam a vida futura. Sua visão não se estendia além dos limites da vida física. Por isso, deviam ser mais fortemente tocados pelas coisas que viam, do que pelas invisíveis. Eis o motivo porque Deus lhes fala numa linguagem ao seu alcance, e, como as crianças, lhes apresentam como perspectiva aquilo que poderia satisfazê-los. Eles estavam então no deserto. A Terra que Deus lhes dará é a Terra da Promissão, alvo de suas aspirações. Nada mais desejavam e Deus lhes diz que viverão nela por longo tempo, o que significa que a possuirão por longo tempo, se observarem os seus mandamentos.

Mas, ao advento de Jesus, suas idéias estavam mais desenvolvidas. Tendo chegado o momento de lhes ser dado um alimento menos grosseiro, Jesus os inicia na vida espiritual, ao dizer: “Meu Reino não é deste mundo; é nele, e não sobre a Terra, que recebereis a recompensa das vossas boas obras”. Com estas palavras, a Terra da Promissão material se transforma numa pátria celeste. Da mesma maneira, quando lhes recorda a necessidade de observação do mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, já não é mais a Terra que lhes promete, mas o céu. (Caps. II e III).

terça-feira, 9 de novembro de 2010


Em Favor de Você Mesmo


Aprenda a ceder em favor de muitos, para que alguns intercedam em seu benefício nas situações desagradáveis.

Ajude sem exigência para que outros o auxiliem, sem reclamações.

Não encarcere o vizinho no seu modo de pensar; dê ao companheiro oportunidade de conceber a vida tão livremente quanto você.

Guarde cuidado no modo de exprimir-se; em várias ocasiões, as maneiras dizem mais que as palavras.

Refira-se a você o menos possível; colabore fraternalmente nas alegrias do próximo.

Evite a verbosidade avassalante; quem conversa sem intermitências, cansa ao que ouve.

Deixe ao irmão a autoria das boas idéias e não se preocupe se for esquecido, convicto de que as iniciativas elevadas não pertencem efetivamente a você, de vez que todo bem procede originariamente de Deus.

Interprete o adversário como portador de equilíbrio; se precisamos de amigos que nos estimulem, necessitamos igualmente de alguém que indique os nossos erros.

Discuta com serenidade; o opositor tem direitos iguais aos seus.

Se você considerar excessivamente as críticas do inferior, suporte sem mágoa as injunções do plano a que se precipitou.

Seja útil em qualquer lugar, mas não guarde a pretensão de agradar a todos; não intente o que o próprio Cristo ainda não conseguiu.

Defrontado pelo erro, corrija-o primeiramente em você, e, em seguida, nos outros, sem violência e sem ódio.

Se a perfídia cruzar seu caminho, recuse-lhe a honra da indignação, examine-a, com um sorriso silencioso, estude-lhe o processo calmamente e, logo após, transforme-a em material digno da vida.

Ampare fraternalmente o invejoso; o despeito é indisfarçável homenagem ao mérito e, pagando semelhante tributo, o homem comum atormenta-se e sofre.

Habitue-se à serenidade e a fortaleza, nos círculos da luta humana; sem estas conquistas dificilmente sairá você do vaivém das reencarnações inferiores.


Livro: Agenda Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.

Fonte da imagem: Internet

segunda-feira, 8 de novembro de 2010


Em Verdade


O santo não condena o pecador. Ampara-o sem presunção.

O sábio não satiriza o ignorante. Esclarece-o fraternalmente.

O iluminado não insulta o que anda em trevas. Aclara-lhe a senda.

O orientador não acusa o aprendiz tateante. A ovelha insegura é a que mais reclama o pastor.

O bom não persegue o mau. Ajuda-o a melhorar-se.

O forte não malsina o fraco. Auxilia-o a ergue-se.

O humilde não foge ao orgulhoso. Coopera silenciosamente, em favor dele.

O sincero a ninguém perturba. Harmoniza a todos.

O simples não critica o vaidoso. Socorre-o, sem alarde, sempre que necessário.

O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.

De outro modo, os títulos de virtude são meras capas exteriores que o tempo desfaz.


Livro: Agenda Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.

domingo, 7 de novembro de 2010


A Serpente e o Sábio


Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo.

A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou: - Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.

A víbora recolheu-se, envergonhada.

Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela.

Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada.

Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada.

Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas perseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la: - Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte.

Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus.

Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.


Livro: Os Mensageiros – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.

sábado, 6 de novembro de 2010


Amizade


Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...

O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.

No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado.

A Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.

Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.


William Shakespeare

sexta-feira, 5 de novembro de 2010


AMOR ONIPRESENTE


Na hora atribulada de crise em que as circunstancias te prostraram a alma na provação, muitos acreditaram que não mais te levantarias; no entanto, quando as trevas se adensavam, em torno, descobriste ignoto clarão que te impeli à trilha da esperança, laureada de sol.

Na cela da enfermidade, muitos admitiram que nada mais te faltava senão aceitar o lance da morte, contudo, nos instantes extremos, mãos intangíveis te afagaram as células fatigadas, renovando-lhes o calor, para que não deixasses em meio a serviço que te assinala à presença na Terra.

No clima da tentação, muitos concordaram em que apenas te restava a decadência; todavia, nos derradeiros centímetros da margem barrenta que te inclinava ao despenhadeiro, manifestou-se um braço oculto que te deteve.

Na vala da queda a que te arrojaste, irrefletidamente, muitos te julgaram para sempre em desprezo público, entretanto, ao respirares, no cairel da loucura, recolheste íntimo apoio, que te guardou o coração, refazendo-te a vida.

Na tapera da solidão a que te relegaram os entes mais queridos, muitos te supuseram em supremo abandono, mas no último sorvo do pranto que te parecia inestancável, experimentaste inexplicável arrimo, induzindo-te a buscar afetos que passaram a enobrecer-te.

No turbilhão das dificuldades que te envolvem o dia, pensa em Deus, o Amor Onipresente, que não nos desampara.

Por mais aflitiva seja a dor, trará Ele bálsamo que consola; por mais obscuro o problema, dará caminho certo à justa solução.

Ainda assim, não te afoites em personalizá-Lo ou defini-Lo. Baste-nos a palavra de Jesus que no-Lo revelou como sendo Nosso Pai.

Sobretudo, não te importe se alguém lhe nega a existência, enquanto se lhe abrilhantam as palavras nas aparências do mundo, quando pudeste encontrá-Lo, dentro do coração, nos momentos de angústia.

É natural seja assim.

Quando a noite aparece, é que os olhos dos homens conseguem divisar o esplendor das estrelas.


Livro: Levantar e Seguir – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Roteiro Para Ser Feliz


1- Cada manhã na Terra é uma página em branco de que dispomos no Livro da Vida para fazer os melhores exercícios e testemunhos de elevação e bondade.

2- Não olvides que cada pessoa a cruzar-te o passo, na trilha das horas, é uma oportunidade de construção espiritual.

3- Seja qual seja o motivo para desafeto, cultiva compreensão e amizade observando que todo favor que possas prestar a beneficio de alguém é uma chave que fabricas para a solução de teus problemas futuros.

4- Por mais claras as razões que justifiquem esse ou aquele comentário infeliz, procura encaixar uma frase edificante no circulo das palavras rudes que estejam sendo pronunciadas.

5- Pôr muito que um companheiro te haja ofendido, não lhes negues tolerância e abençoa-o com as tuas preces e gestos de auxilio, na convicção de que estás, com isso, levantando dispositivos de proteção a ti mesmo.

6- Na atividade em que te encontras, faze mais que o dever, porquanto o serviço extra, espontâneo e sem recompensa, em toda situação será sempre a tua mais alta pregação de virtude.

7- Repousa quando necessário, mas não transforme descanso em ócio vazio.

8- Começa de casa a execução dos conselhos salutares que ofereces ao próximo, aprendendo que é impossível ajudar a Humanidade quando não saibamos entender e amparar algumas poucas pessoas, entre os limites da parentela.

9- Alia ação e oração, sustentando a felicidade dos outros, como queres que Deus concretize tua própria felicidade.

10- Quando o dia terminar, agradece ao Senhor a ventura de haver engastado mais uma pérola do tempo em teu colar de realizações e, cerrando os olhos para o justo refazimento, guarda por teu maior prêmio a consciência tranqüila, com a invariável disposição de viver cada dia, reconhecendo que tudo na vida depende inteiramente de Deus, mas na certeza de que o trabalho em tuas mãos depende unicamente de ti.


Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 5 – Bem Aventurados os aflitos

II - O Mal e o Remédio

Santo Agostinho - Paris, 1863

19 – Vossa terra é por acaso um lugar de alegrias, um paraíso de delicias? A voz do profeta não soa ainda aos vossos ouvidos? Não clamou ele que haveria choro e ranger de dentes para os que nascessem neste vale de dores? Vós que nele viestes viver, esperai portanto lágrimas ardentes e penas amargas, e quanto mais agudas e profundas forem as vossas dores, voltai os olhos ao céu e bendizei ao Senhor, por vos ter querido provar!

Oh, homens! Não reconhecereis o poder de vosso Senhor, senão quando ele curar as chagas de vosso corpo e encher os vossos dias de beatitude e de alegria? Não reconhecereis o seu amor, senão quando ele adornar vosso corpo com todas as glórias, e lhe der o seu brilho e o seu alvor? Imitai aquele que vos foi dado para exemplo.

Chegado ao último degrau da abjeção e da miséria, estendido sobre um monturo, ele clamou a Deus: “Senhor! Conheci todas as alegrias da opulência, e vós me reduzistes a mais profunda miséria! Graças, graças, meu Deus, por tendes querido provar o vosso servo”! Até quando os vossos olhos só alcançarão os horizontes marcados pela morte?

Quando, enfim, vossa alma quererá lançar-se além dos limites do túmulo? Mas ainda que tivésseis de sofrer uma vida inteira, que seria isso, ao lado da eternidade de glória reservada àquele que houver suportado a prova com fé, amor e resignação? Procurai, pois, a consolação para os vossos males no futuro que Deus vos prepara, e vós, os que mais sofreis, julgar-vos-eis os bem-aventurados da Terra.

Como desencarnados, quando vagáveis no espaço, escolhestes as vossas prova, porque vos consideráveis bastantes fortes para suportá-la. Por que murmurais agora? Vós que pedistes a fortuna e a glória, o fizestes para sustentar a luta com a tentação e vencê-la.

Vós, que pedistes para lutar de alma e corpo contra o mal moral e físico; sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, mais gloriosa seria a vitória, e que, se saísseis triunfantes, mesmo que vossa carne fosse lançada sobre um monturo, na ocasião da morte, ela deixaria escapar uma alma esplendente de alvura, purificada pelo batismo da expiação e do sofrimento.

Que remédios, pois, poderíamos dar aos que foram atingidos por obsessões cruéis e males pungentes? Um só é infalível: a fé, voltar os olhos para o céu. Se, no auge de vossos mais cruéis sofrimentos, cantardes em louvor ao Senhor, o anjo de vossa guarda vos mostrará o símbolo da salvação e o lugar que devereis ocupar um dia. A fé é o remédio certo para o sofrimento. Ela aponta sempre os horizontes do infinito, ante os quais se esvaem os poucos dias de sombras do presente. Não mais nos pergunteis, portanto, qual o remédio que curará tal úlcera ou tal chaga, esta tentação ou aquela prova.

Lembrai-vos de que aquele que crê se fortalece com o remédio da fé, e aquele que duvida um segundo da sua eficácia é punido, na mesma hora, porque sente imediatamente as angústias pungentes da aflição.

O Senhor pôs o seu selo em todos os que crêem nele. Cristo vos disse que a fé transporta montanhas. Eu vos digo que aquele que sofre e que tiver a fé como apoio, será colocado sob a sua proteção e não sofrerá mais. Os momentos mais dolorosos serão para ele como as primeiras notas de alegria da eternidade. Sua alma se desprenderá de tal maneira de seu corpo, que, enquanto este se torcer em convulsões, ela pairará nas regiões celestes, cantando com os anjos os hinos de reconhecimento e de glória ao Senhor.

Felizes os que sofrem e choram! Que suas almas se alegrem, porque serão atendidas por Deus.

terça-feira, 2 de novembro de 2010


Quando a Noite Chegar


Quando a noite chegar, e a saudade te visitar, fecha os olhos e pensa em mim...

Quando a solidão vier atormentar o seu dia, fecha os olhos e pensa em mim...

Quando as coisas não ocorrerem como o esperado, fecha os olhos e pensa em mim...

Quando o tempo não estiver confortável, fecha os olhos e pensa em mim...

Quando a angustia vier e bater forte, fecha os olhos e pensa em mim...

Quando o medo se fizer presente, fecha os olhos e pensa em mim...

Quando todos se forem, fecha os olhos e pensa em mim...

Se você for desistir, se não resistir, se a dor for maior que a esperança, se você não tiver mais forças, ainda assim, fecha os olhos e pensa em mim...

Sou seu melhor amigo.

Aquele que pode te ajudar.

Sou Jesus de Nazaré, e nesse dia, vim te libertar.

Abra os olhos e venha buscar-me de todo coração.

Eu sou a verdade, o caminho e a vida e trago-te a salvação.

Você tem um lugar especial no coração de Deus.


Autor desconhecido
Fonte do texto: Internet.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010


O Pouco Com Deus


"O pouco com Deus é muito”...

Quantas vezes você já ouviu esse ditado?

Quantas vezes você imediatamente pensou na pobreza, em coisas pequenas?

Quantas vezes você não teve a visão de que o "pouco" eram as coisas, que o pouco é qualquer coisa material.

Que devemos nos contentar com o que a vida oferece? O pouco somos nós!

Somos nós que nos defrontamos com nossos adversários interiores:
o orgulho, a vaidade, a presunção de que somos "algo mais", que nos julgamos superiores a essa ou aquela pessoa, que nos gabamos de nossos diplomas, que fugimos das feridas de nossos "irmãos" caídos, que levantamos o dedo para acusar, apontamos os defeitos dos outros, gritamos para encobrir nossos erros.

O pouco com Deus, ou seja, nós mesmos com Deus podemos ser muito mais, ter muito mais, desde que deixemos de lado a nossa "presunção", pois o "Reino de Deus" se apresenta com simplicidade, chega aos corações pedindo apenas a capacidade de amar.

Amar sem pesar, sem cobrar, sem exigir troca.

Definitivamente creia: Deus não é vingativo, não fica espreitando as suas atitudes para cobrar, Deus espera, Deus ama, Deus acolhe!

É com essa mensagem que Jesus se dirige mais uma vez, aos aflitos, aos que tem sede e fome de justiça, os que perderam a luz em algum ponto, e não enxergam saída.

Jesus convida para um abraço que reconforta, sem cobrar nada, sem apontar erros, apenas acolher seus sonhos, separar o que é imaginação da realidade, segurar na sua mão e apontar o infinito, mostrar que além de todas as conquistas transitórias da vida, o que realmente importa é o bem que podemos fazer.

O que liberta, o que salva, o que transforma é o bom e velho amor.

Então, comece por você!

Perdoe-se! Encontre-se! Esforce-se um pouco mais!

E se a estrada parecer penosa, e se a solidão chegar, se não ver ninguém no caminho, lembre-se de olhar para o alto, eis Jesus sorrindo e pedindo, segue confiante:
Eu estou contigo! Sempre...


Paulo Roberto Gaefke