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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


TEMPO



No tempo infinito, o “hoje” é o reflexo do nosso “ontem”, tanto quanto o “amanhã” será como é justo a projeção do nosso “hoje”.

Recebe cada dia, por flama de Luz que podes aproveitar no engrandecimento da vida que te rodeia.

Somos servos privilegiados com valioso empréstimo de dons sublimes.

Abstenhamo-nos, desse modo, da perda de tempo e ataquemos as tarefas que nos compete atender.


Livro: Agenda de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

domingo, 27 de fevereiro de 2011


A LENDA DO DINHEIRO


Conta-se que, no princípio do mundo, o Senhor entrou em dificuldades no desenvolvimento da obra terrestre, porque os homens se entregaram a excessivo repouso.

Ninguém se animava a trabalhar.

Terra solta amontoava-se aqui e ali. Minerais variados estendiam-se ao léu. Águas estagnadas apareciam em toda parte.

O Divino Organizador pretendia erguer lares e templos, educandários e abrigos diversos, mas... com que braços?

Os homens e as mulheres da Terra, convidados ao suor da edificação por amor, respondiam: - "para quê?" E comiam frutos silvestres, perseguiam animais para devorá-los e dormiam sob as grandes árvores.

Após refletir muito, o Celeste Governador criou o dinheiro, adivinhando que as criaturas, presas da ignorância, se não sabiam agir por amor, operariam por ambição.

E assim aconteceu.

Tão logo surgiu o dinheiro, a comunidade fragmentou-se em pequenas e grandes facções, incentivando-se a produção de benefícios gerais e de valores imaginativos.

Apareceram candidatos a toda espécie de serviços.

O primeiro deles pediu ao Senhor permissão para fundar uma grande olaria. Outro requereu meios de pesquisar os minérios pesados de maneira a transformá-los em utensílios. Certo trabalhador suplicou recursos para aproveitamento de grandes áreas na exploração de cereais. Outro ainda implorou empréstimo para produzir fios, de modo a colaborar no aperfeiçoamento do vestuário. Servidores de várias procedências vieram e solicitaram auxílio financeiro destinado à criação de remédios.

O Senhor a todos atendeu com alegria.

Em breve, olarias e lavouras, teares rústicos e oficinas rudimentares se improvisaram aqui e acolá, desenvolvendo progresso amplo na inteligência e nas coisas.

Os homens, ansiosamente procurando o dinheiro, a fim de se tornarem mais destacados e poderosos entre si, trabalhavam sem descanso, produzindo tijolos, instrumentos agrícolas, máquinas, fios, óleos, alimento abundante, agasalho, calçados e inúmeras invenções de conforto, e, assim, a terra menos proveitosa foi removida, as pedras aproveitadas e os rios canalizados convenientemente para a irrigação; os frutos foram guardados em conserva preciosa; estradas foram traçadas de norte a sul, de leste a oeste e as águas receberam as primeiras embarcações.

Toda gente perseguia o dinheiro e guerreava pela posse dele.

Vendo, então, o Senhor que os homens produziam vantagens e prosperidade, no anseio de posse, considerou, satisfeito:

- Meus filhos da Terra não puderam servir por amor, em vista da deficiência que, por enquanto, lhes assinala a posição; todavia, o dinheiro estabelecera benéficas competições entre eles, em benefício da obra geral. Reterão provisoriamente os recursos que me pertencem e, com a sensação da propriedade, improvisarão todos os produtos materiais de que o aprimoramento do mundo necessita.

Esta é a minha Lei de Empréstimo que permanecerá assentada no Céu. Cederei possibilidades a quantos mo pedirem, de acordo com as exigências do aproveitamento comum; todavia, cada beneficiário apresentar-me-á contas do que houver despendido, porque a Morte conduzi-los-á, um a um, à minha presença. Este decreto divino funcionará para cada pessoa, em particular, até que meus filhos, individualmente aprendam a servir por amor à felicidade geral, livres do grilhão que a posse institui.

Desde então, a maioria das criaturas passou a trabalhar por dedicação ao dinheiro, que é de propriedade exclusiva do Senhor, da aplicação do qual cada homem e cada mulher prestarão contas a Ele mais tarde.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.


Fonte da imagem: Internet

sábado, 26 de fevereiro de 2011


A Saudade


A saudade quando bate
Na mente e no coração
Nos transforma em solitários
No meio da multidão
Muitos entregam-se aos vícios
Outros a depressão.

Saudade de quem partiu
Saudade de quem ficou
Saudade de um ente querido
Saudade de um grande amor
O remédio para a saudade
É Jesus o redentor.

Fé Esperança e Caridade
Tripé de um novo arrebol
Quando estamos felizes
É lindo o romper da aurora
Tanto quanto o pôr do sol.

Tendo resignação
E vivendo com amor
Recebemos em paz
Os desígnios do Criador.

Nem uma ovelha se perderá
São palavras de Jesus
Um dia nos encontraremos
Em um mundo de AMOR e LUZ.


Euclydes Ribeiro de Souza

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011


A LEI DO TRABALHO


O verme aduba.
A terra acalenta.
O orvalho protege.
O vento renova.
A semente produz.
O arado sulca.
A enxada coopera.
O tronco ampara.
A flor embalsama.
O fruto alimenta.
A pedra segura.
A fonte enriquece.
O fio agasalha.
A agulha compõe.
A estrada aproxima.
O sinal informa.
A ponte reúne.
A pena grava.
O martelo afeiçoa.
O serrote corrige.
O teto recolhe.
A mesa atende.
O vaso auxilia.
A lâmpada clareia.
O leito socorre.

A própria chama condicionada é uma benção da lareira doméstica e a gota de veneno, controlada a rigor é um remédio que cura.

Repare, desse modo, a lei do trabalho e da disciplina, funcionando junto de ti, através dos fatos e coisas aparentemente sem importância.

Tudo age.
Tudo obedece.
Tudo evolui.
Tudo responde.
Tudo serve.

E, sabendo que cada criatura deve ser útil, conforme as faculdades de que disponha, observa o que fazer com o tesouro das horas, porquanto o tempo chamado “hoje”, é recurso em teu favor, na contabilidade da vida, marcando-te acerto de contas para amanhã.


Livro: Ideal Espírita – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


OBEDECER


Muitos companheiros no mundo categorizam a obediência, à conta de servilismo, no entanto, quando nos referimos à obediência, reportamo-nos à disciplina, sem a qual a ordem não existiria.

A própria Natureza é um tratado dinâmico sobre o assunto.

O Sol garante a vida no Planeta, por não desertar da própria órbita.

A Terra não se destrambelha no Espaço Cósmico, em vista de atender aos encargos que lhe competem na lei de gravitação.

A massa dos oceanos submete-se a princípios de contenção, fora dos quais, em se derramando, sufocaria a residência dos homens.

As águas se subordinam à intervenção das próprias criaturas humanas, de modo a fecundarem o solo, nos mais diversos climas e regiões.

Mestra da obediência, a árvore permanece no lugar em que foi situada e serve incessantemente sem perguntar.

Pensa nisso e não fujas das obrigações que a vida te confia, a pretexto de seguir os costumes ilógicos e desconcertantes a que muitos setores da atualidade terrestre pretendem nomear como sendo renovação. A renovação legítima se nos verifica no âmago do espírito com vistas ao nosso próprio burilamento no mundo interior.

Obediência para o bem é dever a cumprir.

Compromisso com a desordem é subversão.

Faze de ti mesmo o melhor que possas.

Aceita os imperativos de serviço aos quais a vida te chama e o futuro te mostrará que construíste em ti mesmo a vitória da luz


Livro: Espera Servindo – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap.5 – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS


Justiça das Aflições


1 – Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os que padecem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. (Mateus, V: 5, 6 e 10).

2 – Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Bem-aventurados os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque rireis. (Lucas, VI: 20 e 21).

Mas ai de vós, ricos, porque tendes no fundo a vossa consolação. Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis. (Lucas, VI: 24 e 25).

3 – As compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra só podem realizar-se na vida futura. Sem a certeza do porvir, essas máximas seriam um contra-senso, ou mais ainda, seriam um engodo.

Mesmo com essa certeza, compreende-se dificilmente a utilidade de sofrer para ser feliz. Diz-se que é para haver mais mérito. Mas então se pergunta por que uns sofrem mais do que outros; por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição; por que para uns nada dá certo, enquanto para outros tudo parece sorrir? Mas o que ainda menos se compreende é ver os bens e os males tão desigualmente distribuídos entre o vício e a virtude; ver homens virtuosos sofrer ao lado de malvados que prosperam. A fé no futuro pode consolar e proporcionar paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus.

Entretanto, desde que se admite a existência de Deus, não é possível concebê-lo sem suas perfeições. Ele deve ser todo poderoso, todo justiça, todo bondade, pois sem isso não seria Deus. E se Deus é soberanamente justo e bom, não pode agir por capricho ou com parcialidade. As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e como Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que todos devem compenetrar-se. Deus encaminhou os homens na compreensão dessa causa pelos ensinos de Jesus, e hoje, considerando-os suficientemente maduros para compreendê-la, revela-a por completo através do Espiritismo, ou seja, pela voz dos Espíritos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Agradeço este mimo


Recebi este selo da minha amiga Gislene do blog:
em apoio ao aleitamento materno.

EGOÍSMO


Em todos os lances da evolução, seremos defrontados pelo egoísmo a entravar-nos o passo.

É sombra em nosso sentimento em forma de vaidade e tóxico em nosso raciocínio na feição de orgulho.

É veneno em nosso coração sob a máscara do crime e fogo em nossa alma, sob a capa agressiva da revolta.

É incêndio em nosso peito, sob a tempestade da cólera e gelo em nossas mãos, sob a inércia da preguiça.

Aparece em todas as fases do dia, ora sob a faixa do desculpismo de variados matizes, ora sob os mil modos com que apresentamos a nossa deserção da luta santificante.

Desvairado apego ao nosso "eu", o egoísmo, sem dúvida, é treva da ignorância ocultando-nos o caminho real de nossos deveres à frente da imortalidade sublime.

Se desejamos efetivamente alcançar a bendita claridade da ascensão, abandonemo-lo aos resíduos da estrada e, fugindo ao circulo estreito de nossa personalidade, através da ação constante no bem, consagremo-nos à Vontade do Senhor - única fórmula de libertação que nos conduzirá à felicidade verdadeira.

Cultivemos a boa vontade, a compreensão e a simpatia. E, aprendendo a servir sem descansar, seguiremos do vale escuro da ignorância para os cimos da vida, onde nos esperam as alegrias eternas da sabedoria e do amor.


Livro: Cartas do coração – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.

Fonte da imagem: Internet

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


CABE AO TEMPO


Não te queixes. Trabalha.

Não te irrites. Silencia.

Não pares. Segue adiante.

Não discutas. Demonstra.

Não condenes. Ampara.

Não critiques. Abençoa.

Fala auxiliando para o bem.

Serve sem reclamar.

Não te percas em palavras vazias.

Cabe ao tempo tudo esclarecer em nome de Deus.


Livro De Respostas – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.


Fonte da imagem: Internet.

domingo, 20 de fevereiro de 2011


O APRENDIZ DESAPONTADO


Um menino que desejava ardentemente residir no Céu, numa bonita manhã, quando se encontrava no campo, em companhia de um burro, recebeu a visita de um anjo.

Reconheceu, depressa, o emissário de Cima, pelo sorriso bondoso e pela veste resplandecente.

Alucinado de júbilo, o rapazelho gritou:

- Mensageiro de Jesus, quero o paraíso! Que fazer para chegar até lá?!

O anjo respondeu com gentileza:

- O primeiro caminho para o Céu é a obediência e, o segundo, é o trabalho.

O pequeno, que não parecia muito diligente, ficou pensativo.

O enviado de Deus então disse:

- Venho a este campo, a fim de auxiliar a Natureza que tanto nos dá.

Fixou o olhar mais docemente na criança e rogou:

- Queres ajudar-me a limpar o chão, carregando estas pedras para o fosso vizinho?

O menino respondeu:

- Não posso.

Todavia, quando o emissário celeste se dirigiu ao burro, o animal prontificou-se a transportar os calhaus, pacientemente, deixando a terra livre e agradável.

Em seguida, o anjo passou a dar ordens de serviço em voz alta, mas o menino recusava-se a contribuir, enquanto o burro ia obedecendo.

No instante de mover o arado, o rapazinho desfez-se em palavras feias, fugindo à colaboração. O muar disciplinado, contudo, ajudou quanto pôde, em silêncio.

No momento de preparar a sementeira, verificou-se o mesmo quadro: o menino repousava e o burro trabalhava.

Em todas as medidas iniciais da lavoura, o pesado animal agia cuidadoso, colaborando eficientemente com o lavrador celeste; entretanto, o jovem, cheio de saúde e leveza, permaneceu amuado, a um canto, choramingando sem saber por que e acusando não se sabe a quem.

No fim do dia, o campo estava lindo.

Canteiros bem desenhados surgiam ao centro, ladeados por fios de água benfeitora.

As árvores, em derredor, pareciam orgulhosas de protegê-los. O vento deslizava tão manso que mais se assemelhava a um sopro divino cantando nas campânulas do matagal.

A Lua apareceu espalhando intensa claridade.

O anjo abraçou o obediente animal, agradecendo-lhe a contribuição. Vendo o menino que o mensageiro se punha de volta, gritou, ansioso:

- Anjo querido, quero seguir contigo, quero ir para o Céu!...

O emissário divino respondeu, porém:

- O paraíso não foi feito para gente preguiçosa. Se desejas encontra-lo, aprende primeiramente a obedecer com o burro que soube receber a bênção da disciplina e o valor da educação.

E assim esclarecendo subiu para as estrelas, deixando o rapazinho desapontado, mas disposto a mudar de vida.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.

sábado, 19 de fevereiro de 2011


A Diferença Entre o Amor e Ódio


O ódio nos atordoa,
Porque gera violência.
Mas o amor sempre perdoa,
É o pai da paciência.

O ódio é como um veneno,
Que a humanidade abate.
O amor é antídoto sereno,
Que tudo de ruim combate.

O ódio é filho do mal,
E por isso causa traumas.
Mas o amor é filho do bem,
Que o teu coração acalma.

O ódio é que causa mortes,
Muitas vezes prematuras.
O amor é bem mais forte,
Pois gera a paz na vida futura.


Um amigo poeta

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Vencerás as Lágrimas


“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. - Jesus (Mateus, 11:28)


Ninguém como Cristo espalhou na Terra tanta alegria e fortaleza de ânimo. Reconhecendo isso, muitos discípulos amontoam argumentos contra a lágrima e abominam as expressões de sofrimento.

O Paraíso já estaria na Terra se ninguém tivesse razões para chorar.

Considerando assim, Jesus, que era o Mestre da confiança e do otimismo, chamava ao seu coração todos os que estivessem cansados e oprimidos sob o peso dos desenganos terrestres.

Não amaldiçoou os tristes: convocou-os à consolação.

Muita gente acredita na lágrima sintoma de fraqueza espiritual. No entanto, Maria soluçou no Calvário; Pedro lastimou-se, depois da negação; Paulo mergulhou-se em pranto às Portas de Damasco; os primeiros cristãos choraram nos circos de martírio... Mas, nenhum deles derramou lágrimas sem esperança. Prantearam e seguiram o caminho do Senhor, sofreram e anunciaram a Boa Nova da Redenção; padeceram e morreram leais na confiança suprema.

O cansaço experimentado por amor ao Cristo converte-se em fortaleza, as cadeias levadas ao seu olhar magnânimo transformam-se em laços divinos de salvação.

Caracterizam-se as lágrimas através de origens específicas. Quando nascem da dor sincera e construtiva, são filtros de redenção e vida; no entanto, se procedem do desespero, são venenos mortais.


Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 172 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.


Fonte da imagem: Internet

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011


A Quem Obedeces?


“E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem.” – Paulo. (Hebreus, 5:9).


Toda criatura obedece a alguém ou a alguma coisa.

Ninguém permanece sem objetivo.

A própria rebeldia está submetida às forças corruptoras da vida.

O homem obedece a toda hora. Entretanto, se ainda não pode definir a própria submissão por virtude construtiva, é que, não raro, atende, antes de tudo, aos impulsos baixos da natureza, resistindo ao serviço de auto-elevação.

Quase sempre transforma a obediência que o salva em escravidão que o condena. O Senhor estabeleceu as gradações do caminho, instituiu a lei do próprio esforço, na aquisição dos supremos valores da vida, e determinou que o homem lhe aceitasse os desígnios para ser verdadeiramente livre, mas a criatura preferiu atender à sua condição de inferioridade e organizou o cativeiro. O discípulo necessita examinar atentamente o campo em que desenvolve a própria tarefa.

A quem obedeces? Acaso, atendes, em primeiro lugar, às vaidades humanas ou às opiniões alheias, antes de observares o conselho do Mestre Divino.

É justo refletir sempre, quanto a isso, porque somente quando atendemos, em tudo, aos ensinamentos vivos de Jesus, é que podemos quebrar a escravidão do mundo em favor da libertação eterna.


Livro: Pão Nosso – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap.5 – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS


Bem Sofrer E Mal Sofrer


LACORDAIRE
Havre, 1863

18 – Quando Cristo disse: “Bem-aventurados os aflitos, porque deles é o Reino dos Céus”, não se referia aos sofredores em geral, porque todos os que estão neste mundo sofrem, quer estejam num trono ou na miséria, mas ah!, poucos sofrem bem, poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzir ao Reino de Deus. O desânimo é uma falta; Deus vos nega consolações, se não tiverdes coragem. A prece é um sustentáculo da alma, mas não é suficiente por si só: é necessário que se apóie numa fé ardente na bondade de Deus. Tendes ouvido freqüentemente que Ele não põe um fardo pesado em ombros frágeis. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem. A recompensa será tanto mais esplendente, quanto mais penosa tiver sido a aflição. Mas essa recompensa deve ser merecida, e é por isso que a vida está cheia de tribulações.

O militar que não é enviado à frente de batalha não fica satisfeito, porque o repouso no acampamento não lhe proporciona nenhuma promoção. Sede como o militar, e não aspires a um repouso que enfraqueceria o vosso corpo e entorpeceria a vossa alma. Ficai satisfeitos, quando Deus vos envia à luta. Essa luta não é o fogo das batalhas, mas as amarguras da vida, onde muitas vezes necessitamos de mais coragem que um combate sangrento, pois aquele que enfrenta firmemente o inimigo poderá cair sob o impacto de um sofrimento moral. O homem não recebe nenhuma recompensa por essa espécie de coragem, mas Deus lhe reserva os seus louros e um lugar glorioso. Quando vos atingir um motivo de dor ou de contrariedade, tratai de elevar-vos acima das circunstâncias. E quando chegardes a dominar os impulsos da impaciência, da cólera ou do desespero, dizei, com justa satisfação: “Eu fui o mais forte”!

Bem-aventurados os aflitos, pode, portanto, ser assim traduzidos: Bem-aventurados os que têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a submissão à vontade de Deus, porque eles terão centuplicado as alegrias que lhes faltam na Terra, e após o trabalho virá o repouso.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


A NECESSIDADE DE EDUCAÇÃO


No tempo em que não existia a locomoção fácil na Terra, um grande rei simpatizou com fogoso cavalo de cores claras, da criação de sua casa; mas, ao desejá-lo para os serviços do palácio, foi assim informado pelo chefe das cavalariças:

– Majestade, este animal é vítima de muitas tentações. Basta que se movimente, de leve, para assustar-se e ocasionar desastres. Uma simples folha seca na estrada é razão para inúmeros coices.

O rei ouviu atencioso, e afirmou que remediaria a situação.

No dia seguinte, mandou atrelá-lo a enorme carroça de limpeza, onde o cavalo se viu tão preso que não pôde fazer outros movimentos, além dos necessários.

Depois de algumas semanas, o monarca determinou fizesse ele o duro serviço dos burros, transportando cargas pesadíssimas.

A princípio, o animal se rebelava, escoiceando o ar e relinchando fortemente; entretanto, foi tantas vezes visitado pelos gritos e pelos chicotes dos peões e tantos fardos suportou que, ao fim de algum tempo, era um modelo de mansidão e brandura, sendo colocado no serviço real, com grande contentamento para o soberano.

Assim acontece conosco, na vida.

Destinados ao trabalho da Vontade de Deus, se vivemos entregues às tentações do mal, desobedientes e egoístas, determina o Senhor que sejamos confiados à luta e à provação, à dificuldade e ao sofrimento, os quais, pouco a pouco, nos ensinam a humildade e o respeito, a diligência e a doçura.

Depois de passarmos pelos variados processos de educação indispensável ao nosso burilamento, seremos então aproveitados, com êxito e segurança, nos serviços gerais da Bondade de Deus, junto de nossos irmãos.


Livro: Pai Nosso – Médium: Chico Xavier – Espírito: Meimei.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


NO COMBATE AO EGOÍSMO


Ajuda a quem te calunia, oferecendo-lhe, em silêncio, novos recursos de apreciação a teu respeito, através dos bons exemplos.

Ampara aquele que te persegue sem razão, endereçando-lhe vibrações de amor, em tuas preces mais íntimas.

Auxilia aquele que te inclina a tipos de felicidade diferente da tua, derramando as bênçãos de tua amizade no nível de evolução em que se coloca.

Sê útil ao companheiro que te não compreende, mantendo-te invariavelmente disposto a socorrê-lo em suas necessidades.

Esquece-te para servir.

Renuncia a ti mesmo, a fim de que o ideal do bem supere o círculo de tua personalidade.

Ajusta-te aos desígnios da união fraterna para registrares, em teu caminho, os anseios e as esperanças de todos os que te cercam.

Considera como teu o sofrimento de teu irmão!...

Compadece-te das vítimas infelizes do ódio e da maldade e, sem o veneno da queixa no teu pensamento ou nos teus lábios, segue distribuindo os dons da bondade pura.

Quando pudermos olvidar o centro escuro de nosso “eu”, envolvendo-o na claridade sublime da vontade de Deus, que deseja o bem e a paz, o progresso e a alegria para todas as criaturas, teremos vencido em nós o egoísmo – velho monstro de mil garras – que nos retém no inferno da crueldade, estabelecendo o céu em nosso próprio coração.


Livro: Escrínio de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

domingo, 13 de fevereiro de 2011


A DECISÃO SÁBIA


Em tempos recuados, existiu um rei poderoso e bom, que se fizera notado pela sabedoria.

Convidado a verificar, solenemente, a invenção de um súdito, cuja cabeça era um prodígio na matemática, compareceu em trajes de honra à festa em que o novo aparelho seria apresentado.

O calculista, orgulhoso, mostrou a obra que havia criado pacientemente. Tratava-se de largo tabuleiro forrado de veludo negro, cercado de pequenas cavidades, sustentando regular coleção de bolas de madeira colorida. Acionadas por longos tacos de marfim, essas bolas rolavam na direção das cavidades naturais, dando ensejo a um jogo de grande interesse pela expectação que provocava.

Revestiu-se a festa de brilho indisfarçável.

Contendores variados disputaram partidas de vulto.

Dia inteiro grande massa popular rodeou o invento, comendo e bebericando.

O próprio monarca seguiu a alegria geral, dando amostras de evidente satisfação. Serviu-se, ao almoço, junto às grandes bandejas de carne, pão e frutos, em companhia dos amigos, e aplaudia, contente, quando esse ou aquele participante do novo e inocente jogo conseguia posição invejável perante ao companheiros.

À tardinha, encerrada a curiosidade geral, o inventou aguardou o parecer do soberano, com inexcedível orgulho. Aglomerou-se o povo, igualmente a fim de ouvi-lo.

Não se cansava o público de admirar o jogo efetuado, através de cálculos divertidos.

Despedindo-se, o rei levantou-se, fez-se visto de todos e falou ao vassalo inteligente:

- Genial matemático: a autoridade de minha coroa determina que sua obra de raciocínio seja premiada com cem peças de ouro que os cofres reais levarão ao seu crédito, ainda hoje, em homenagem à sua paciência e habilidade. Essa remuneração, todavia, não lhe visa somente o valor pessoal, mas também certos benefícios que a sua máquina vem trazer a muitos homens e mulheres de meu reino, menos afeitos às virtudes construtivas que todos devemos respeitar neste mundo. Enquanto jogarem suas bolas de madeira, possivelmente muitos indivíduos, cujos instintos criminosos ainda se acham adormecidos, se desviarão do delito provável e muitos caçadores ociosos deixarão em paz os animais amigos de nossas florestas.

O monarca fez comprida pausa e a multidão prorrompeu em aplausos delirantes.

Via-se o inventor cercados de abraços, quando o soberano recomeçou:

- Devo acrescentar, porém, que a sabedoria de meu cetro ordena que o senhor seja punido com cinqüenta dias de prisão forçada, a fim de que aprenda a utilizar sua capacidade intelectual em benefício de todos. A inteligência humana é uma luz cuja claridade deve ser consagrada à cooperação com o Supremo Senhor, na Terra. Sua invenção não melhora o campo, nem cria trabalho sério; não ajuda as sementes, nem ampara os animais; não protege fontes, nem conserva estradas; não colabora com a educação, nem serve aos ideais do bem. Além disto, arrasta centenas de pessoas, qual se verificou neste dia, conosco, a perderem valioso tempo na expectativa inútil. Volte aos seus abençoados afazeres mentais, mesmo no cárcere, e dedique inteligência à criação de serviço e utilidades em proveito de todos, porque, se o meu poder o recompensa, a minha experiência o corrige.

Quando o rei concluiu e desceu da tribuna, o inventor se fizera muito pálido, o povo não bateu palmas; entretanto, toda gente aprendeu, na decisão sábia do grande soberano, que ninguém deve menosprezar os tesouros da inteligência e do tempo sobre a Terra.

Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.


Fonte da imagem: Internet.

sábado, 12 de fevereiro de 2011


A Mágoa


Com mágoas e ódios que sentes, vais o teu corpo matar.

Os primeiros a sofrer, são os teus órgãos vitais.

Vais perdendo a resistência, por não te alimentar.

Se não acabares com o ódio, vai contigo acabar.

As doenças que aparecem, não poderás dominar.

A fonte que gerou, é o teu próprio pensar.

Vai passando para o corpo, até não poder suportar.

Não produzirás anticorpos, para tua vida salvar.

Não combaterá as doenças, o remédio que tomar.

Quem não combater o ódio, doente sempre será.

Toda saúde do homem, está naquilo que pensa.

Não poderás ter saúde, se pensas só em doenças.

O remédio é a luz, quando positivamente pensas.

Desperte o amor no teu próximo, para que o mal desapareça.

Não pergunte quem é, nem a cor e a crença.

Dê com a tua mão direita, e que tua esquerda não veja.

Vencerás todas as batalhas, dentro e fora de ti.

Quando pensas positivo, ajudas todos aqui.

Com bom exemplo ensinas, o bom caminho seguir.

Ensinarás a se levantar, aquele que cair.

Usarás a luz divina: fé, humildade e amor.

Ensinarás a usar as grandezas, que dentro de ti ficou.

Aquelas que também, dentro de todos Deus deixou.

Só não conseguiu usar, quem nunca acreditou.

Manterás teu corpo são, quando positivamente pensar.

Quando definitivamente, os maus pensamentos afastar.

Quando estiveres suficientemente preparado, para as provações aceitar...

O peso da tua cruz, aos poucos diminuirá.

Imitarás Jesus Cristo, com o bom exemplo que dás.

Em todos os momentos da vida, faça só bons pensamentos.

Quem pensa no bem de todos, tem de Deus merecimento.

Não sente ódio nem mágoa, a todos vai compreendendo.

Afasta os maus fluídos, e só tem bons sentimentos.

Leva àqueles que sofrem, fé, amor e alento.


Espírito: Jôe Luiz – Médium: Rui Souza.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


SUOR E LÁGRIMAS


Suor é trabalho.

Lágrima é sofrimento.

Com o suor aprendemos.

Com a lágrima purificamos.

O trabalho esclarece.

O sofrimento redime.

Sem suor o mundo agonizaria na inércia.

Sem lágrimas a consciência perder-se-ia no erro.

Sem trabalho não teríamos a escola que habilita o homem ao progresso.

Sem o sofrimento não encontraríamos o santuário de nossa redenção para a imortalidade.

Com o suor engrandecemos a passagem pela Terra.

Com a lágrima rasgamos a senda para o Céu.

Suando, aperfeiçoamo-nos.

Sofrendo, santificamo-nos.

Homens, nossos irmãos do grande caminho, aceitemos no suor e nas lágrimas, nossos guias para a ascensão a Deus.

Rendamos culto aos silenciosos e sublimes instrutores que nos visitam em nome do Senhor. E, suando e sofrendo, guardemos a certeza de que construiremos as asas divinas que nos transportarão das sombras do mundo à glória da Vida Eterna.


Livro: Relicário de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Scheilla.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


JORNADA ACIMA


Não consideres secas e amargas as trilhas da romagem com Jesus, quando a viagem da fé, por alongar-se no tempo, alcança as regiões dos testemunhos incessantes do amor, sem alegrias imediatas.

É certo que te sentes, por vezes, na condição da criatura lesada nos mais íntimos sentimentos, qual sucedeu com ele próprio.

Quantos amigos ficaram para trás, imobilizados nos encantamentos da Galiléia!

Entretanto, se acompanhas o Divino Amigo, vencendo barreiras e suportando desafios, já conheces talvez, quando doem a injustiça e a incompreensão, nos conflitos e problemas, que te impõem duras veredas de suor e de lágrimas.

De quando a quando, interrompes os próprios passos, a fim de refletir nos sonhos desfeitos que as circunstâncias te compeliram a deixar na retaguarda.

A jornada parece agora pesada marcha sobre espinhos e pedras, que é preciso transpor, junto dele, o Eterno Amigo que te aceitou a companhia.

Inegavelmente, difícil é a estrada para a conquista do amor sem retribuição...

As intimidações da Terra afiguram-se cutiladas no coração e as dificuldades do caminho parecem nuvens petrificadas que se transformam em aguaceiros de pranto.

Ainda assim, segue com Jesus e abençoa os percalços da senda de elevação.

Silencia agravos recebidos; esquece mágoas ou possíveis ofensas; auxilia para o bem a quantos te abordem a experiência; lança as sementes do amor e da harmonia, além da órbita de tua própria influenciação e aceita a cruz que a vida te ofereça, porque, além do sacrifício supremo, se segues com Ele, o Companheiro da Humanidade, encontrar-lhe-ás a moradia da benção, onde o trabalho se te fará perfeita alegria, entretecida de paz e vida, ascensão e esplendor.


Livro: Deus Aguarda – Médium: Chico Xavier – Espírito: Meimei.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 6 – O Cristo consolador

Advento do Espírito da Verdade


Espírito de Verdade
Paris, 1860

5 – Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar os incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis”.

Mas os homens ingratos se desviaram da estrada larga e reta que conduz ao Reino de meu Pai, perdendo-se nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, ou seja, mortos segundo a carne, porque a morte não existe, sejais socorridos, e que não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que se foram, faça-se ouvir para vos gritar: Crede e orai! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e desenvolver-se como o cedro.

Homens fracos, que vos limitais às trevas de vossa inteligência, não afasteis a tocha que a clemência divina vos coloca nas mãos, para iluminar vossa rota e vos reconduzir, crianças perdidas, ao regaço de vosso Pai.

Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro.

Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades.

Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!

Espírito de Verdade
Paris, 1861

6 – Venho ensinar e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem sua resignação ao nível de suas provas; que chorem, porque a dor foi consagrada no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar as suas lágrimas.

Trabalhadores, traçai o vosso sulco. Recomeçai no dia seguinte a rude jornada da véspera. O trabalho de vossas mãos fornece o pão terreno aos vossos corpos, mas vossas almas não estão esquecidas: eu, o Divino Jardineiro, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso, quando a trama escapar de vossas mãos, e vossos olhos se fecharem para a luz, sentireis surgir e germinar em vós a minha preciosa semente. Nada se perde no Reino de nosso Pai. Vossos suores e vossas misérias formam um tesouro, que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas, e onde o mais desnudo entre vós será talvez o mais resplandecente.

Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são os meus bem-amados. Instrui-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos ensina o objetivo sublime da prova humana. Como o vento varre a poeira, que o sopro dos Espíritos dissipe a vossa inveja dos ricos do mundo, que são freqüentemente os mais miseráveis, porque suas provas são mais perigosas que as vossas. Estou convosco, e meu apóstolo vos ensina.

Bebei na fonte viva do amor, e preparai-vos, cativos da vida, para vos lançardes um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfeitos, e deseja que modeleis vós mesmos a vossa dócil argila, para serdes os artífices da vossa imortalidade.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


ANTE A JUSTIÇA


Muitas vezes, enquanto na Terra, sentimo-nos vitimados pelo destino e clamamos pela justiça do Céu.

Se a aflição, porém, te constringe a garganta qual golilha de brasas, contempla, em torno, aqueles que conhecendo a Lei, abusam das faculdades e talentos que a vida lhes emprestou e estendem, ao redor do caminho, o pranto da desolação e o hálito da morte.

Observa os que acumulam dinheiro criando os tormentos da fome, os que se valem do poder temporário implantando a revolta e a penúria, os que aproveitam a inteligência para ferir e os que mobilizam a mocidade, instilando no próximo o desencanto e a loucura...

Repara como sorriem agora qual se o mundo lhes pertencesse, entretanto, amanhã, fanar-se-lhes-á repentinamente do domínio para encontrarem, de frente, a necessidade do reajuste nos institutos da Contabilidade Celeste.

Identifica-os hoje, quais se mostram, e lembra-te de que talvez foste também assim no pretérito – no pretérito que a Misericórdia de Deus te permite transitoriamente esquecer...

Recorda que também acionaste ouro e autoridade, raciocínio e beleza para flagelar e humilhar, chagar ou denegrir e aceita no presente o cálice de amargura, por remédio feliz, capaz de lavar-te o ser, para a alegria da luz.

Não rogues justiça nos dias de tua dor e sim aumento de compaixão nos tribunais da Divina Sabedoria, restaurando a ti mesmo, para seguir à frente, valoroso e sereno, na própria redenção ante a Bênção da Lei.


Livro: Construção do Amor – Médium: Chico Xavier - Espírito: Emmanuel

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011


AFLITOS NO REINO DOMÉSTICO


Se te encontras entre aqueles companheiros aflitos do reino doméstico, sob agitação quase constante, na expectativa de receber mais dilatadamente o carinho e a assistência dos entes queridos, considera que na atualidade do mundo físico, não é muito fácil manter essa modalidade de cobertura afetuosa por parte daqueles que te usufruem a convivência.

Neste último quartel de século, observemos, por itens, algumas das inovações que dificultam a doação de tempo, entre familiares e amigos íntimos, tais quais sejam:

a requisição cada vez mais intensa da mulher para o serviço profissional, fora de casa;

as desvinculações gradativas ou violentas no campo da vida familiar;

os percalços do trânsito;

a intensificação do estudo por necessidade de todas as classes, que aspiram a atingir mais alto nível de cultura para a demanda compreensível nas provas de habilitação;

os problemas de moradia;

o fascínio da televisão sobre a mente infanto juvenil;

as preocupações com o movimento que se convencionou chamar por mercado de consumo.

Todos esses fatores influenciam a vida nos modernos tempos de evolução.

Não te acredites sob a desconsideração das pessoas queridas.

Quase todas elas estão sujeitas ao mecanismo de circunstâncias de que não podem fugir.

Quanto possível, asserena-te e aprende a solucionar as próprias necessidades pessoais, sem o concurso de outros.

Isso não quer dizer que se vive no mundo de hoje, no regime egoístico do “cada qual para si”.

Acontece que o progresso avança, e mais imperiosa se faz a obrigação de atenuar, tanto quanto possível, esse ou aquele peso sobre os corações queridos.

E se alguém, provavelmente, vier a indagar que tem semelhantes acontecimentos com os amigos desencarnados, responderemos que a precipitação e o ressentimento, o azedume e o pessimismo, são agentes altamente corrosivos em nossas tarefas e esquemas de auxílio e equilíbrio, na Vida Espiritual, em favor dos próprios homens, nossos irmãos.

Quando todos nós nos dispusermos a cumprir as próprias obrigações, sem o conformismo da inércia e sem a rebeldia da insatisfação destrutiva, estaremos todos em harmonia com as leis da Vida e do Universo transformando o tempo em alegria e transfigurando a Terra em céu na plenitude dos Céus.


Livro: Paz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

domingo, 6 de fevereiro de 2011


A FALSA MENDIGA


Zezélia pedia esmolas, havia muitos anos.

Não era tão doente que não pudesse trabalhar, produzindo algo de útil, mas não se animava a enfrentar qualquer disciplina de serviço.

- Esmola pelo amor de Deus! – clamava o dia inteiro, dirigindo-se aos transeuntes, sentada à porta de imundo telheiro.

De quando em quando, pessoas amigas, depois de lhe darem um níquel, aconselhavam:

- Zezélia, você não poderia plantar algum milho?

- Não posso... - respondia logo.

- Zezélia, quem sabe poderia beneficiar alguns quilos de café?

- Quem sou eu, meu filho? Não tenho forças...

- Não desejaria lavar roupa e ganhar algum dinheiro? – indagavam damas bondosas.

- Nem pensar nisto. Não agüento...

- Zezélia, vamos vender flores! – convidavam algumas jovens que se compadeciam dela.

- Não posso andar, minhas filhas!... – exclamava, suspirando.

- E o bordado, Zezélia? – interrogava a vizinha, prestativa – você tem as mãos livres. A agulha é uma boa companheira. Quem sabe poderá ajudar-nos? Receberá compensadora remuneração.

- Não tenho os dedos seguros – informava, teimosa – e falta-me suficiente energia... Não posso minha senhora...

E, assim, Zezélia vivia prostrada, sem ânimo, sem alegria.

Afirmava sentir dores por toda parte do corpo. Dava notícias da tosse, da tonteira e do resfriado com longas palavras que raras pessoas dispunham de tempo para ouvir. Além das lamentações contínuas, clamava que não bebia café por falta de açúcar, que não almoçara por não dispor de alimentação.

Tanto pediu, chorou e queixou Zezélia que, em certa manhã, foi encontrada morta e a caridade pública enterrou-lhe o corpo com muita piedade.

Todos os vizinhos e conhecidos julgaram que a alma de Zezélia fora diretamente para o Céu; entretanto, não foi assim.

Ela acordou em meio dum campo muito escuro e muito frio.

Achava-se sem ninguém e gritou, aflita pelo socorro de Deus.

Depois de muito tempo, um anjo apareceu e disse-lhe, bondoso:

- Zezélia, que deseja você?

- Ah! – observou, muito vaidosa – já sou conhecida na Casa Celestial?

- Há muito tempo – informou o emissário, compadecido.

A velha começou a chorar e rogou em pranto:

- Tenho sofrido muito!... quero o amparo do Alto!...

- Mas, ouça! – esclareceu o mensageiro – o auxílio divino é para quem trabalha. Quem não planta, nada tem a colher. Você não cavou a terra, não cuidou das plantas, não ajudou os animais, não fiou o algodão, não teceu fios, não fez pão, não lavou roupa, não varreu a casa, não cuidou das flores, não tratou nem mesmo de sua saúde e de seu corpo... Como pretende receber as bênçãos de Cima?

A infeliz observou, então:

- Não podia fazer... eu era mendiga...

O anjo, contundo, replicou:

- Não, Zezélia! – você não era mendiga. Você foi simplesmente preguiçosa. Quando aprender a trabalhar, chame por nós e receberá o socorro celeste.

Cerrou-se-lhe aos olhos o horizonte de luz e, às escuras, Zezélia voltou para a Terra, a fim de renovar-se.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.


Fonte da imagem: Internet

sábado, 5 de fevereiro de 2011


A Busca


Fita a subida áspera e empedrada que se
alteia, maciça, à nossa frente.

Carrega a própria cruz na alma cansada
e guarda o coração feliz e crente.

Nas paisagens da senda não há flores.

Apenas o cascalho se amontoa, mas em torno de ti,
os irmãos sofredores lembram a paz da fé que os renova e abençoa.

Segue de passos lentos...
Pois a turba te acompanha...

Companheiros pararam na montanha recusando o trabalho, a dor e a cruz; mas sentindo-te os dons no coração amigo, erguerão se do pó e seguirão contigo, procurando Jesus.


Maria Dolores

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011


ACORDA E SEGUE


Desde o primeiro instante da Boa Nova, Jesus vem estimulando a mente das criaturas, anestesiadas nos convencionalismos da Terra, para a luminosa aquisição da glória divina.

Na Manjedoura, desperta o espírito popular induzindo-o à simplicidade edificante.

No Templo, desentorpece o ânimo dos doutores.

Nas bodas de Caná, transforma a água em vinho, inspirando indagações novas àqueles que o observam.

No Monte, multiplica pães e peixes, para que a multidão medite nos celeiros da eternidade.

No Poço de Jacob, pede água à mulher samaritana, instilando-lhe a sede das águas vivas.

Nas estradas comuns, reergue paralíticos e loucos, cegos e leprosos, imprimindo-lhes novo rumo à jornada terrestre.

Na desolada casa de Betânia, ressuscita um amigo morto, para que a idéia de imortalidade vibre no santuário familiar.

No Horto, acorda os discípulos adormecidos.

Na cruz, entrega o coração ao Pai Supremo, em dolorosa vigília, a fim de que os seguidores do Evangelho aprendam a morrer no trabalho e no testemunho.

Na Ressurreição, exorta Maria de Magdala a reavivar o bom ânimo, nos companheiros abatidos.

No caminho de Emaús, refaz a coragem e a confiança de dois apóstolos conturbados.

E ainda, nas repetidas reuniões em Jerusalém, ressurge materializado entre os aprendizes, revelando-lhes, nas chagas que Tomé examina, a continuidade do seu ministério de trabalho e renúncia até à perfeição final do mundo.

Meu amigo, se procuras o Cristo, acorda e segue para diante, trabalhando e amando, construindo para o bem e perdoando sempre.

Em verdade, todos os seres da Terra, desde o verme ao sábio, vivem e sentem, alimentam-se e se reproduzem, mas não te esqueças de que somente Jesus é o Doador da Vida Abundante.


Livro: Nosso Livro – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


AUTO ACEITAÇÃO


No capítulo da insatisfação, urge considerar que dispomos atualmente, na Terra, de avançadas ciências psicológicas, ensinando-nos a conhecer as deficiências e inibições dos outros, entretanto, muito dificilmente reconhecemos com elas o impositivo de estudarmos, não apenas a fim de entendê-las, mas igualmente com o objetivo de aceitar-nos tais quais somos.

Admitimos os desajustes e desequilíbrios alheios, todavia, em se tratando dos nossos, muito freqüentemente caímos em aflição e rebeldia, aniquilando, tantas vezes, valiosas possibilidades de serviço em nossas mãos.

Cada um de nós se coloca em determinado degrau de trabalho e de elevação para atender aos Desígnios da Vida Superior, traçados em auxílio a nós mesmos.

Esse é doente ainda; outro convalesce de longa enfermidade espiritual; aquele carrega as conseqüências de antigos desequilíbrios; aquele outro dispõe de reduzida instrução; e aquele outro ainda transporta consigo próprio os resultados graves de inquietantes débitos contraídos.

Todos somos, no entanto, filhos imortais de Deus e, pelos mecanismos da Divina Providência, cada qual de nós está situado por si mesmo nas condições justas, nas quais venhamos a receber novas oportunidades de trabalho e aprendizagem, reajustamento e melhoria, reequilíbrio e renovação.

Ainda assim, se teimamos em não reconhecer a realidade que nos é própria, não somente perderemos tempo precioso, mas também correremos o risco de comprar à inveja e ao ciúme, ao ódio e ao desespero, sofrimentos e problemas de que não temos a menor necessidade.

Ante as provas e tribulações que nos cerquem, aceitemo-nos como somos, a fim de extrairmos de nós com sinceridade o máximo de bem de que sejamos capazes na ampliação do bem geral, porque a vida é um parque de promoções permanente para quem trabalha e serve e todo espírito que se aceita qual é, de modo a fazer de si o melhor que pode, para logo se desvencilhar de qualquer sombra, a fim de engajar-se na jornada bendita do próprio burilamento, partilhando a conquista incessante de luz e mais luz.


Livro: Mãos Unidas – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 7 – Bem Aventurados os Pobres de Espírito

Quem Se Elevar Será Rebaixado


3 – Naquela hora, chegaram-se a Jesus os seus discípulos, dizendo: Quem é o maior no Reino dos Céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles e disse: Na verdade vos digo que, se não fizerdes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus. Todo aquele, pois, que se humilhar e se fizer pequeno como este menino, esse será o maior no Reino dos Céus. E o que receber em meu nome um menino como este, a mim é que recebe. (Mateus, XVIII: 1-5).

4 – Então se chegou a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o e pedindo-lhe alguma coisa. Ele lhe disse: Que queres? Respondeu ela: Dize a estes meus dois filhos que se assentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda. E respondendo Jesus, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber? Disseram-lhe eles: Podemos. Ele lhes disse: É verdade que haveis de beber o meu cálice; mas, pelo que toca a terdes assento à minha direita ou à minha esquerda, não me pertence conceder-vos, mas isso é para aqueles a quem meu Pai o tem preparado. E quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos. Mas Jesus os chamou a si e lhes disse: Sabeis que os príncipes das nações dominam os seus vassalos, e que os maiores exercitam sobre eles o seu poder. Não será assim entre vós; mas aquele que quiser ser o maior, esse seja o vosso servidor, e o que entre vós quiser ser o primeiro, seja o vosso escravo; assim como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em redenção de muitos. (Mateus, XX: 20-28).

5 – E aconteceu que, entrando Jesus num sábado em casa de um dos principais fariseus, a tomar a sua refeição, ainda eles o estavam observando. E notando como os convidados escolhiam os primeiros assentos à mesa, propôs-lhes esta parábola: Quando fores convidado a alguma boda, não te assentes no primeiro lugar, porque pode ser que esteja ali outra pessoa, mais autorizada que tu, convidada pelo dono da casa, e que, vindo este, que te convidou a ti e a ele, te diga: dá o teu lugar a este; e tu, envergonhado, irás buscar o último lugar. Mas quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: amigo, senta-te mais para cima, servir-te-á isto então de glória, na presença dos que estiverem juntamente sentados à mesa. Porque todo o que se exalta será humilhado; e todo o que se humilha será exaltado. (Lucas, XIV: 1, 7-11)

6 – Estas máximas são conseqüências do princípio de humildade, que Jesus põe incessantemente como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor, nas seguintes palavras: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. Ele toma um menino como exemplo da simplicidade de coração, e diz: “Todo aquele, pois, que se fizer pequeno como este menino, será o maior no Reino dos Céus”; ou seja, aquele que não tiver pretensões à superioridade ou à infalibilidade.

O mesmo pensamento fundamental se encontra nesta outra máxima: “Aquele que quiser ser o maior, seja o que vos sirva”, e ainda nesta: “Porque quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

O Espiritismo vem confirmar a teoria pelo exemplo, ao mostrar que os grandes no mundo dos Espíritos são os que foram pequenos na Terra, e que freqüentemente são bem pequenos os que foram grandes e poderosos. É que os primeiro levaram consigo, ao morrer, aquilo que unicamente constitui a verdadeira grandeza no céu, e que nunca se perde: as virtudes; enquanto os outros tiveram de deixar aquilo que os fazia grandes na Terra, e que não se pode levar: a fortuna, os títulos, a glória, a linhagem. Não tendo nada mais, chegam ao outro mundo desprovidos de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as roupas. Conservam apenas o orgulho, que torna ainda mais humilhante a sua nova posição, porque vêem acima deles, e resplandecentes de glória, aqueles que espezinharam na Terra.


O Espiritismo nos mostra outra aplicação desse princípio nas encarnações sucessivas, onde aqueles que mais se elevaram numa existência, são abaixados até o último lugar na existência seguinte, se se deixaram dominar pelo orgulho e a ambição. Não procureis, pois, o primeiro lugar na Terra, nem queirais sobrepor-vos aos outros, se não quiserdes ser obrigado a descer. Procurai, pelo contrário, o mais humilde e o mais modesto, porque Deus saberá vos dar um mais elevado no céu, se o merecerdes.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Hoje foi postada a biografia do mês de fevereiro de 2011 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a Lamennais.