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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SEXO E RELIGIÃO


Pergunta - Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?


Resposta - Sofrendo a prova de uma nova existência.


Pergunta - Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?


Resposta - Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal. (Item n.166, de “O Livro dos Espíritos”).


Dar-se-á o fato de se isentar alguém dos impulsos e inquietações sexuais, simplesmente por haver assumido compromissos de natureza religiosa? Claro que a lógica responde no espírito de seqüência da natureza.


A criatura que abraça encargos dessa ordem está procurando ou aceitando para si mesma aguilhões regeneradores ou educativos, de vez que ordenações e providências de caráter externo não transfiguram milagrosamente o mundo íntimo.


As realizações da fé, por isso mesmo, se concretizam à base de porfiadas lutas da alma, de si para consigo.


Ninguém se burila de um dia para outro.


De que modo alienar condições inerentes à própria vida do Espírito, acalentadas, no curso das eras, tão-somente em função de afirmativas verbais? E entendendo-se que as leis do Universo não destroem o instinto, mas transformam-no em razão e angelitude, na passagem dos evos, pelos mecanismos da sublimação, de que forma exigir a extinção dos estímulos genésicos em alguém, tão-só porque esse alguém se consagre ao Serviço Divino da Fé, quando esses mesmos estímulos são ingredientes da vida e da evolução, criados pela mesma Providência Divina para a sustentação e a elevação de todos os seres? Compreendida a inalienabilidade dos problemas sexuais nas individualidades representativas das idéias religiosas no mundo, é mais que razoável considerar que essas individualidades, em grande maioria, solicitaram para si próprias os controles de feição moral a que transitoriamente se vinculam, no tentame de extraírem deles o proveito máximo, a favor de si próprias.


Efetivamente, Espíritos superiores e já erguidos a notáveis campos de elevação, unicamente por amor e sacrifício, tomam assento nas organizações religiosas da Terra, volvendo à reencarnação em atividades socorristas, nas quais impulsionam o progresso dos seus irmãos.


Esses missionários do devotamento vibram em faixas de amor sublime, quase sempre inacessível à compreensão dos seus contemporâneos.


Não ocorrem análogas circunstâncias entre aqueles outros que renascem sob regime disciplinar, requisitados por eles contra eles mesmos, de vez que grande número desses obreiros das idéias religiosas, reencarnados em condições de prova, demonstram dificuldades e inibições múltiplas, no corpo e na mente, quando não sofrem exagerada tendência aos desvarios sexuais - tendência essa que habitualmente os mantém recolhidos ao medo de qualquer expansão afetiva.


Temendo as manifestações do amor e bastas vezes condenando indebitamente os companheiros da Humanidade, pelo fato de se acomodarem a uniões respeitáveis e dignas, na generalidade receiam a si próprios e censuram os semelhantes, no impulso inconsciente de lhes copiar a independência e a conduta.


Daí surgem os incidentes menos felizes quantas vezes! – em que vemos expositores ardentes e apaixonados, dessa ou daquela idéia religiosa, tombando em experiências emotivas, muito mais complicadas e deploráveis do que aquelas outras que eles próprios reprovavam no caminho e na vida dos companheiros!...


Aliás, registre-se que o fenômeno é mais que justo, porquanto, aceitando os distintivos de determinada seara religiosa, o Espírito impõe a si mesmo um fator de frenagem e autopoliciamento, sem que as marcas exteriores de fé signifiquem mais que um convite ou um desafio a que se aperfeiçoe, de acordo com os princípios de acrisolamento que abraça.


Instruções religiosas exteriores não alteram, de improviso, os impulsos do coração, conquanto se erijam em fortaleza de luz, amparando a criatura que a elas se acolhe para o serviço de auto-aprimoramento.


Qualquer professor na Terra há-de se identificar com os alunos, no campo das experiências naturais do cotidiano, a fim de que se estabeleça, entre eles, o fio da compreensão mútua, unindo vanguarda e retaguarda do esforço para a escalada do grupo ao conhecimento.


Um anjo e uma equipe de criaturas humanas não entrariam em relacionamento ideal para rendimento ideal do ensino.


À vista disso, somos nós mesmos, Espíritos endividados ante as Leis do Universo, que nos enlaçamos uns com os outros, encarnados e desencarnados, aperfeiçoando gradativamente as qualidades próprias e aprendendo, à custa de trabalho e tempo, como alcançar a sublimação que demandamos, em marcha laboriosa para a conquista dos Valores Eternos.


Livro: Vida e Sexo – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

LIBERDADE


"Não useis, porém, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade". - Paulo. (GÁLATAS, 5:13).


Em todos os tempos, a liberdade foi utilizada pelos dominadores da Terra.


Em variados setores da evolução humana, os mordomos do mundo aproveitam-na para o exercício da tirania, usam-na os servos em explosões de revolta e descontentamento.


Quase todos os habitantes do Planeta pretendem a exoneração de toda e qualquer responsabilidade, para se mergulharem na escravidão aos delitos de toda sorte.


Ninguém, contudo, deveria recorrer ao Evangelho para aviltar o sublime princípio.


A palavra do apóstolo aos gentios é bastante expressiva.


O maior valor da independência relativa de que desfrutamos reside na possibilidade de nos servirmos uns aos outros, glorificando o bem.


O homem gozará sempre da liberdade condicional e, dentro dela, pode alterar o curso da própria existência, pelo bom ou mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns.


É forçoso reconhecer, porém, que são muito raros os que se decidem à aplicação dignificante dessa virtude superior.


Em quase todas as ocasiões, o perseguido, com oportunidade de desculpar, mentaliza represálias violentas; o caluniado, com ensejo de perdão divino, recorre à vingança; o incompreendido, no instante azado de revelar fraternidade e benevolência, reclama reparações.


Onde se acham aqueles que se valem do sofrimento, para intensificar o aprendizado com Jesus Cristo? Onde os que se sentem suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos? No entanto, o Pai concede relativa liberdade a todos os filhos, observando-lhes a conduta.


Raríssimas são as criaturas que sabem elevar o sentido da independência a expressões de vôo espiritual para o Infinito.


A maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu, transformando, às vezes, elos de veludo em algemas de bronze.


Livro: Vinha de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 13 – Que a Mão Esquerda Não Saiba o Que Faz a Direita


Fazer O Bem Sem Ostentação


1 – Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis a recompensa da mão de vosso Pai, que está nos Céus. Quando, pois, dás a esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como praticam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados dos homens; em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas quando dás a esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola fique escondida, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. (Mateus, VI: 1-4).


2 – E depois que Jesus desceu do monte, foi muita a gente do povo que o seguiu. E eis que, vindo um leproso, o adorava dizendo: Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Pois eu quero; fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra. Então lhe disse Jesus: Vê, não o digas a alguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote, e faze a oferta que ordenou Moisés, para lhes servir de testemunho a eles. (Mateus, VIII: 1-4).


3 – Fazer o bem sem ostentação tem grande mérito. Esconder a mão que dá é ainda mais meritório, é o sinal incontestável de uma grande superioridade moral. Porque, para ver as coisas de mais alto que o vulgo, é necessário fazer abstração da vida presente e identificar-se com a vida futura. É necessário, numa palavra, colocar-se acima da humanidade, para renunciar à satisfação do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que preza mais a aprovação dos homens que a de Deus, prova que tem mais fé nos homens que em Deus, e que a vida presente é para ele mais do que a vida futura, ou até mesmo que não crê na vida futura. Se ele diz o contrário, age, entretanto, como se não acreditasse no que diz.


Quantos há que só fazem um benefício com a esperança de que o beneficiado o proclame sobre os telhados; que darão uma grande soma à luz do dia, mas escondido não dariam sequer uma moeda! Foi por isso que Jesus disse: “Os que fazem o bem com ostentação já receberam a sua recompensa”. Com efeito, aquele que busca a sua glorificação na Terra, pelo bem que faz, já se pagou a si mesmo. Deus não lhe deve nada; só lhe resta a receber a punição do seu orgulho.


Quem a mão esquerda não saiba o que faz a direita é uma figura que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se existe a modéstia real, também existe a falsa modéstia, o simulacro da modéstia, pois há pessoas que escondem a mão, tendo o cuidado de deixar perceber que o fazem. Indigna paródia das máximas do Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados pelos homens, que não lhes acontecerá perante Deus? Eles também já receberam as suas recompensas na Terra. Foram vistos; estão satisfeitos de terem sido vistos; é tudo quanto terão.


Qual será então a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre o beneficiado, que lhe exige de qualquer maneira testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição ao exaltar o preço dos sacrifícios que suportou por ele? Oh!, para esse, não há nem mesmo a recompensa terrena, porque está privado da doce satisfação de ouvir bendizerem o seu nome, o que é um primeiro castigo para o seu orgulho. As lágrimas que estanca, em proveito da sua vaidade, em lugar de subirem ao céu, recaem sobre o coração do aflito para ulcerá-lo. O bem que faz não lhe aproveita, desde que o censura, porque todo benefício exprobrado é moeda alterada que perdeu o valor.


O benefício sem ostentação tem duplo mérito: além da caridade material, constitui caridade moral, pois contorna a suscetibilidade do beneficiado, fazendo-o aceitar o obséquio sem lhe ferir o amor próprio e salvaguardando a sua dignidade humana, pois há quem aceite um serviço, mas recuse a esmola. Converter um serviço em esmola, pela maneira por que é prestado, é humilhar o que o recebe, e há sempre orgulho e maldade em humilhar a alguém.


A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e habilidosa para dissimular o benefício e evitar até as menores possibilidades de melindre, porque todo choque moral aumenta o sofrimento provocado pela necessidade. Ela sabe encontrar palavras doces e afáveis, que põe o beneficiado à vontade diante do benfeitor, enquanto a caridade orgulhosa o humilha. O sublime da verdadeira generosidade está em saber o benfeitor inverter os papéis, encontrando um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta o serviço. Eis o que querem dizer estas palavras: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita.
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terça-feira, 27 de setembro de 2011

AMBIENTE CASEIRO


Ordem, trabalho, caridade, benevolência, compreensão começam dentro de casa.


A parentela é um campo de aproximação, jamais cativeiro.


Aprendamos a ouvir sem interromper os que falam à mesa doméstica, a fim de que possamos escutar com segurança as aulas da vida.


O lar é um ponto de repouso e refazimento, nunca mostruário de móveis e filigranas, conquanto possa e deva ser enfeitado com distinção e bom gosto, tanto quanto possível.


Quem pratica o desperdício, não reclame se chegar à penúria.


Benditos quantos se dedicam a viver sem incomodar os que lhe compartilhem a experiência.


Evite as brincadeiras de mau gosto que, não raro, conduzem a desastre ou morte prematura.


O trabalho digno é a cobertura de sua independência.


Aconselhe a criança e ajude a criança na formação espiritual, que isso é obrigação de quem orienta, mas respeite os adultos em suas escolhas, porque os adultos são responsáveis e devem ser livres nas próprias ações, tanto quanto você deseja ser livre em suas idéias e empreendimentos.


Se você não sabe tolerar, entender, abençoar ou ser útil a oito ou dez pessoas do ninho doméstico, de que modo cumprir os seus ideais e compromissos de elevação nas áreas da Humanidade? Muitos crimes e muitos suicídios são levados a efeito a pretexto de se homenagear carinho e dedicação no mundo familiar.


Livro: Sinal Verde – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

QUEM LÊ, ATENDA


"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)


Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.


Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.


Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.


O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos, vasto campo de observações pouco dignas.


Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.


A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.


É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.


O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.


Livro: Vinha de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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domingo, 25 de setembro de 2011

Os Mensageiros Distraídos


Os ouvintes do culto da Boa Nova discorriam sobre as polêmicas que se travavam incessantemente em torno da fé, nos círculos do farisaísmo de várias escolas, quando o Cristo, dentro da profunda simplicidade que lhe era característica, narrou, tolerante:


— Um grande senhor recebeu alarmantes notícias de vasto agrupamento de servos, em zona distante da sede do seu governo, que se viam fustigados por febre maligna, e, desejoso de socorrer os tutelados que sofriam na região remota de seus domínios, enviou-lhes mensageiros de confiança, conduzindo remédios adequados à situação e providências alusivas ao reajustamento geral.


Os emissários saíram do palácio com grandes promessas de trabalho, segurança e eficiência na missão; todavia, assim que se viram fora das portas do senhor, começaram a rixar pela escolha dos caminhos.


Uns reclamavam o atalho, outros a planície sem espinheiros e outros, ainda, pediam a passagem através dos montes.


Longos dias perderam na disputa, até que o grupo se desuniu, cada falange atendendo aos próprios caprichos, com absoluto esquecimento do objetivo fundamental.


As dificuldades, porém, não foram solucionadas com decisão.


Criados os roteiros diferentes, como que se dilataram os conflitos.


Reduzidas agora, numericamente, as expedições sofreram, com mais rigor, os golpes esterilizantes das opiniões pessoais.


Os viajantes não cuidavam senão de inventar novos motivos para o atrito inútil.


Entre os que marchavam pelo trilho mais curto, pela vargem e pela serra lavraram discussões improdutivas, contundentes e intermináveis.


Dias e noites preciosos eram despendidos em comentários ruidosos quanto à febre, quanto à condição dos enfermos ou quanto às paisagens em torno.


Horas difíceis de amargura e desarmonia, de momento a momento, interrompiam a viagem, sendo a muito custo evitadas as cenas de pugilato e homicídio.


Surgiam as contendas, a propósito de mínimas questões, com pleno desperdício da oportunidade, e, em razão disso, tanto se atrasaram os viajores do atalho, quanto os da planície e do monte, de vez que se encontraram no vale da peste a um só tempo, com enorme e irremediável desapontamento para todos, porquanto, à míngua do prometido recurso, não sobrara nenhum doente vivo na carne.


A morte devorara-os, um a um, enquanto os mensageiros discutidores matavam o tempo, através da viagem.


O Mestre fixou nos aprendizes o olhar muito lúcido e aduziu:


— Neste símbolo, temos o mundo atacado pela peste da maldade e da descrença e vemos o retrato dos portadores da medicação celeste, que são os religiosos de todos os matizes, que falam na Terra, em nome do Pai.


Os homens iluminados pela sabedoria da fé, entretanto, apesar de haverem recebido valiosos recursos do Céu para os que sofrem e choram, em conseqüência da ignorância e da aflição dominantes no mundo, olvidam as obrigações que lhes assinalam a vida e, sobrepondo os próprios caprichos aos propósitos do Supremo Senhor, se desmandam em desvarios verbais de toda espécie.


Enquanto alimentam o distúrbio, levianos e distraídos, os necessitados de luz e socorro desfalecem à falta de assistência e dedicação.


E afagando uma das crianças presentes, qual se concentrasse todas as esperanças no sublime futuro, finalizou sorridente e calmo:


— A discussão, por mais proveitosa, nunca deve distrair-nos do serviço que o Senhor nos deu a fazer.


Livro: Jesus no Lar - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
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sábado, 24 de setembro de 2011

Conselhos


Não culpe nunca a serpente
Pois não morde por prazer.
Dá o bote simplesmente
Para assim se defender.


Quando estiveres ascendendo
Será por caminhos ásperos.
Não há vitória sem sacrifício
E a ilusão é sempre fácil.


Procure semear o bem
Amanhã colherás o fruto.
Ame sem olhar a quem
E serás um irmão justo.


Desapegue da matéria
Que só impureza encobre.
Jesus preferiu a miséria
Mas podia ter sido nobre.


Toda mentira é maligna
Não é ouro, tudo que brilha.
Procure ao menos ser digno
E encontrarás a saída.


Se esta pesada a cruz
E o teu corpo muito cansado.
Lembre-se porém do mestre Jesus
Que a carregou sem nenhum pecado.


Médium: Aurelucia – Espírito: Um Amigo Poeta.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

POLIGAMIA E MONOGAMIA


"A monogamia é o clima espontâneo do ser humano, de vez que dentro dela realiza, naturalmente, com a alma eleita de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do sentimento."


O instinto sexual, então, a desvairar-se na poligamia, traça para si mesmo largo roteiro de aprendizagem a que não escapará pela matemática do destino que nós mesmos criamos.


Entretanto, quanto mais se integra a alma no plano da responsabilidade moral para com a vida, mais aprende o impositivo da disciplina própria, a fim de estabelecer, com o dom de amar que lhe é intrínseco, novos programas de trabalho que lhe facultem acesso aos planos superiores.


O instinto sexual nessa fase da evolução não encontra alegria completa senão em contato com outro ser que demonstre plena afinidade, porquanto a liberação da energia, que lhe é peculiar, do ponto de vista do governo emotivo, solicita compensação de força igual, na escala das vibrações magnéticas.


Em semelhante eminência, a monogamia é o clima espontâneo do ser humano, de vez que dentro dela realiza, naturalmente, com a alma eleita de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do sentimento, com a perfeita associação dos recursos ativos e passivos, na constituição do binário de forças, capaz de criar não apenas formas físicas, para a encarnação de outras almas na Terra, mas também as grandes obras do coração e da inteligência, suscitando a extensão da beleza e do amor, da sabedoria e da glória espiritual que vertem, constantes, da Criação Divina.


Livro: Evolução em Dois Mundos, cap.XII – Médium: Chico Xavier Espírito: André Luiz.
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ASSUNTO DE LIBERDADE


“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firme e não vos submetais de novo a jugo de servidão”. - PAULO. (Gálatas, 5:1).


Importante pensar como terá Jesus promovido a nossa libertação.


O Divino Mestre não nos conclamou a qualquer reação contra os padrões administrativos na movimentação da comunidade, nem desfraldou qualquer bandeira de reivindicações exteriores.


Jesus unicamente obedeceu às Leis Divinas, fazendo o melhor da própria vida e do tempo de que dispunha, em benefício de todos.


Terá tido lutas e conflitos no âmbito pessoal das próprias atividades.


Afeições incompreensíveis, companheiros frágeis, adversários e perseguidores não lhe faltaram; nada disso, porém, fê-lo voltar-se contra a hierarquia ou contra a segurança da vida comunitária. Por fim, a aceitação da cruz lhe assinalou a obediência suprema às Leis de Deus.


Dever observado e cumprido mede o nosso direito de agir com independência.


Não existe liberdade e respeito sem obrigação e desempenho.


Meditemos na lição para não cairmos de novo sob o antigo e pesado jugo de nossas próprias paixões.


Livro: Ceifa de Luz – Médium: Chico Xavier - Espírito: Emmanuel.
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 13 – Que a Mão Esquerda Não Saiba o Que Faz a Direita


A Caridade Material e a Caridade Moral


Irmã Rosália - Paris, 1860


9 – “Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos que nos fosse feito”. Toda a religião, toda a moral, se encerram nestes dois preceitos. Se eles fossem seguidos no mundo, todos seriam perfeitos. Não haveria ódios, nem ressentimentos. Direi mais ainda: não haveria pobreza, porque, do supérfluo da mesa de cada rico, quantos pobres seriam alimentados! E assim não mais se veriam, nos bairros sombrios em que vivi na minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças necessitadas de tudo.


Ricos! Pensai um pouco em tudo isso. Ajudai o mais possível aos infelizes; daí, para que Deus vos retribua um dia o bem que houverdes feito: para encontrardes, ao sair de vosso invólucro terrestre, um cortejo de Espíritos reconhecidos, que vos receberão no limitar de um mundo mais feliz.


Se pudésseis saber a alegria que provei, ao encontrar no além aqueles a quem beneficiei, na minha última vida terrena!


Amai, pois, ao vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que o desgraçado que repelis talvez seja um irmão, um pai, um amigo que afastais para longe. E então, qual não será o vosso desespero, ao reconhecê-lo depois no Mundo dos Espíritos!


Quero que compreendais bem o que deve ser a caridade moral, que todos podem praticar, que materialmente nada custa, e que não obstante é a mais difícil de se por em prática.


A caridade moral consiste em vos suportardes uns aos outros, o que menos fazeis nesse mundo inferior, em que estais momentaneamente encarnados. Há um grande mérito, acreditai, em saber calar para que outro mais tolo possa falar: isso é também uma forma de caridade.


Saber fazer-se de surdo, quando uma palavra irônica escapa de uma boca habituada a caçoar; não ver o sorriso desdenhoso com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se julgam superiores a vós, quando na vida espírita, a única verdadeira, está às vezes muito abaixo: eis um merecimento que não é de humildade, mas de caridade, pois não se incomodar com as faltas alheias é caridade moral.


Essa caridade, entretanto, não deve impedir que se pratique a outra.


Pelo contrário: pensai, sobretudo, que não deveis desprezar o vosso semelhante; lembrai-vos de tudo o que vos tenho dito; é necessário lembrar, incessantemente, que o pobre repelido talvez seja um Espírito que vos foi caro, e que momentaneamente se encontra numa posição inferior à vossa. Reencontrei um dos pobres do vosso mundo a quem pude, por felicidade, beneficiar algumas vezes, e ao qual tenho agora de pedir, por minha vez.


Recordai-vos de que Jesus disse que somos todos irmãos, e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo.


Adeus! Pensai naqueles que sofrem, e orai.




UM ESPÍRITO PROTETOR - Lyon, 1860


10 – Meus amigos, tenho ouvido muitos de vós dizerem: Como posso fazer a caridade, se quase sempre não tenho sequer o necessário?


A caridade, meus amigos, se faz de muitas maneiras. Podeis fazê-la em pensamento, em palavras e em ações. Em pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem terem sequer vivido; uma prece de coração os alivia. Em palavras: dirigindo aos vossos companheiros alguns bons conselhos. Dizei aos homens amargurados pelo desespero e pelas privações, que blasfemam do nome do Altíssimo: “Eu era como vos; eu sofria, sentia-me infeliz, mas acreditei no Espiritismo e, vede agora sou feliz!” Aos anciãos que vos disseram: “É inútil; estou no fim da vida; morrerei como vivi”, respondei: “A justiça de Deus é igual para todos; lembrai-vos dos trabalhadores da última hora!” Às crianças que, já viciadas pelas más companhias, perdem-se nos caminhos do mundo, prestes a sucumbir às suas tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos!”, e não temais repetir freqüentemente essas doces palavras, que acabarão por germinar nas suas jovens inteligências, e em lugar de pequenos vagabundos, fareis delas verdadeiros homens. Essa é também uma forma de caridade.


Muitos de vós dizeis ainda: “Oh! somos tão numerosos na terra, que Deus não pode ver-nos a todos!” Escutai bem isso, meus amigos: quando estais no alto de uma montanha, vosso olhar não abarca os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: Deus vos vê da mesma maneira; e Ele vos deixa o vosso livre arbítrio, como também deixais esses grãos de areia ao sabor do vento que os dispersa. Com a diferença que Deus, na sua infinita misericórdia, pôs no fundo do vosso coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência.


Ouvi-a, que ela vos dará bons conselhos. Por vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal, e então ela se cala. Mas ficai seguros de que a pobre relegada se fará ouvir, tão logo a deixardes perceber a sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a, e freqüentemente sereis consolados pelos seus conselhos.


Meus amigos, a cada novo regimento o general entrega uma bandeira. Eu vos dou esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros”. Praticai essa máxima: reuni-vos todos em torno dessa bandeira, e dela recebereis a felicidade e a consolação.
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

NO TEMPLO DOMÉSTICO


A escola simples alfabetizará teu cérebro, garantindo-te o ingresso no vestíbulo da cultura e à universidade, na ordem superior do ensino, descerrando-te o acesso à infinita sabedoria.


O santuário religioso preparar-te-á o sentimento para aquisição da virtude e as grandes experiências da fé habilitar-te-ão à vida interior nos mais largos vôos nos domínios do espírito.


Aprenderás com o mundo e com os homens os mais belos caminhos para que o teu entendimento e o teu coração se ergam da sombra terrestre à claridade dos cimos; entretanto, o lar é o ponto vivo de tua luta, a oficina de tua redenção e o templo em que conquistarás as próprias asas para a libertadora ascensão.


É aí, nesse abrigo limitado a quatro paredes, que serás desafiado a positivos testemunhos de sacrifício, diplomando-te no serviço justo à comunidade terrena que te espera a palavra brilhante e a linguagem do exemplo renovador...


Vive no asilo doméstico, à maneira de quem lhe penetrou os umbrais exclusivamente para aprender a amar, socorrer e servir.


Dentro dele encontrarás os laços mais puros, incentivando-te à sublimação do porvir, e as mais aflitivas algemas, a te jungirem ao passado obscuro e delituoso.


Em seus altares, serás defrontado pelas flores do carinho sem jaça e pelos espinhos agressivos do ódio e da aversão, requisitando-te a mensagem permanente da humildade e da tolerância.


Abraça no lar em que te situas o caminho de tua própria purificação, à frente da vida, e, convertendo-te no santuário familiar, em servo do amor que auxilia sempre, dele desferirás teu grande vôo em serviço da Humanidade inteira.


Livro: Semeador Em Tempos Novos – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ABENÇOEMOS SEMPRE


Nunca estimular o mal onde o mal apareça, mas reconhecer que não adianta condenar-lhe as vítimas a pretexto de corrigi-las.


Enumeremos algumas razões em apoio da afirmativa:


Somos espíritos eternos atuando na sustentação do Universo e respondendo invariavelmente pelos próprios atos, em função do próprio aperfeiçoamento;


A condenação não trará o mínimo proveito à pessoa em desequilíbrio cujos conflitos e necessidades da vida íntima claramente desconhecemos;


Se um companheiro surge vinculado à delinqüência, a pancada verbal logrará unicamente aprofundar-lhe as chagas mentais da culpa;


Desejam-se auxiliar alguém confessadamente em erro, apontar esse alguém ao escárnio ou à censura dos outros, será tão-somente agravar-lhe as dificuldades e humilhações;


Maldizer é afastar e destruir, ao invés de unir e melhorar, acabando semelhante atitude por transformar-se no método infeliz de gerar obstáculos e deteriorar relações.


Com estes enunciados, não aspiramos a dizer que se deve aprovar tudo ou tudo aceitar, quando observamos o engano tentando sobrepor-se à realidade. Importante, porém, considerar que, entre nós, os espíritos em evolução na coletividade terrestre, não encontramos ainda aqueles que se fizeram absolutos no bem, tanto quanto não surpreendemos aqueles outros que hajam descido ao absoluto no mal.


Não existem criaturas nas quais não consigamos identificar o lado nobre, o ângulo mais claro, o tópico da esperança ou a boa parte.


Em todas as formações do mal, valorizemos os germes do bem e prestigiemos os restos do bem onde estiverem, abençoando sempre todas as criaturas, a fim de que possamos ganhar a paz na guerra dos problemas de cada dia, de vez que condenar será sempre o melhor processo de perder.


Livro: Instrumentos do Tempo – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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domingo, 18 de setembro de 2011

OS SINAIS DE RENOVAÇÃO


Ante a assembléia familiar, o Mestre tomou a palavra e falou, persuasivo: — E quando o Reino Divino estiver às portas dos homens, a alma do mundo estará renovada.


O mais poderoso não será o mais desapiedado e, sim, o que mais ame.


O vencedor não será aquele que guerrear o inimigo exterior até à morte em rios de sangue, mas o que combater a iniqüidade e a ignorância, dentro de si mesmo, até à extinção do mal, nos círculos da própria natureza.


O mais eloqüente não será o dono do mais belo discurso, mas, sim, o que aliar as palavras santificantes aos próprios atos, elevando o padrão da vida, no lugar onde estiver.


O mais nobre não será o detentor do maior número de títulos que lhe conferem a transitória dominação em propriedades efêmeras da Terra, mas aquele que acumular, mais intensamente, os créditos do amor e da gratidão nos corações das mães e das crianças, dos velhos e dos enfermos, dos homens leais e honestos, operosos e dignos, humildes e generosos.


O mais respeitável não será o dispensador de ouro e poder armado e, sim, o de melhor coração.


O mais santo não será o que se isola em altares do supremo orgulho espiritual, evitando o contacto dos que padecem, por temer a degradação e a imundície, mas sim, aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.


O mais puro não será o que foge ao intercâmbio com os maus e criminosos confessos, mas aquele que se mergulha no lodo para salvar os irmãos decaídos, sem contaminar-se.


O mais sábio não será o possuidor de mais livros e teorias, mas justamente aquele que, embora saiba pouco, procura acender uma luz nas sombras que ainda envolvem o irmão mais próximo...


O Amigo Divino pousou os olhos lúcidos na noite clara que resplandecia, lá fora, em pleno coração da Natureza, fez longo intervalo e acentuou:


— Nessa época sublime, os homens não se ausentarão do lar em combate aos próprios irmãos, por exigências de conquista ou pelo ódio de raça, em tempestades de lágrimas e sangue, porquanto estarão guerreando as trevas da ignorância, as chagas da enfermidade, as angústias da fome e as torturas morais de todos os matizes...


Quando o arado substituir o carro suntuoso dos triunfadores, nas exibições públicas de grandeza coletiva; quando o livro edificante absorver o lugar da espada no espírito do povo; quando a bondade e a sabedoria presidirem às competições das criaturas para que os bons sejam venerados; quando o sacrifício pessoal em proveito de todos constituir a honra legítima da individualidade, a fim de que a paz e o amor não se percam, dentro da vida — então uma Nova Humanidade estará no berço luminoso do Divino Reino...


Nesse ponto, a palavra doce e soberana fez branda pausa e, lá fora, na tepidez da noite suave, as estrelas fulgentes, a cintilarem no alto, pareciam saudar essa era distante...


Livro: Jesus no Lar - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
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sábado, 17 de setembro de 2011

Lembrai a Chama


Vós que buscais além da sepultura


A resposta de luz da Eternidade,


Nunca olvideis a Excelsa Claridade,


Que reside convosco em noite escura.




Somos todos a Grande Humanidade,


Em direção à Fonte Eterna e Pura,


Somos em toda parte a criatura


Buscando os dons supremos da Verdade.




Tendes convosco a Chama Adormecida...


Rogamos acendais a Luz da Vida,


Já que buscais mais crença junto a nós!




Se quiserdes brilhar nos Outros Planos,


Ó torturados corações humanos,


Deixai que o Cristo nasça dentro em vós.


Livro: Parnaso de Além-Túmulo – Médium: Chico Xavier – Espírito: João de Deus.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NOS SERVIÇOS DE SALVAÇÃO


Não peça auxílio exclusivo para as suas necessidades. Trabalhe a benefício de todos.


Não busque compensação julgando-se favorito da divindade. Valorize o serviço de seus irmãos.


Não perca o seu tempo em lamentações infindáveis. Você pode despender as horas com grande utilidade para os outros e para você mesmo.


Não se detenha na glorificação dos próprios atos. Há muita gente praticando o bem nos caminhos da vida, sem oportunidade de propaganda.


Não fixe as cicatrizes do próximo, destacando as bênçãos que lhe cercam a estrada. A experiência humana modifica-se de minuto a minuto.


Não se demore na excessiva indicação do caminho certo aos pés alheios. Lembre-se de que você será também obrigado a marchar para os testemunhos.


Não espere pela cooperação estranha no trabalho salvacionista. A expectativa inoperante no bem avizinha-se da preguiça.


Não intoxique o seu corpo com as aplicações indiscriminadas de substância medicamentosa. Equilibre seu espírito para que a causa iluminada produza efeito felizes.


Não revele os defeitos alheios para acobertar as próprias faltas. A Eterna Justiça conhece-nos a todos de perto.


Não gaste impensadamente os seus dias na pregação desesperada de princípios renovadores, que você mesmo tem dificuldade de abraçar.


Corrijamos em nós o que nos aborrece nos outros e Jesus fará o resto pela felicidade do mundo inteiro.


Livro: Cartas do Coração – Médium: Chico Xavier – Espírito: Bezerra de Menezes.
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

LEMBRAR E ESQUECER


Cultura é o processo de esquecer a ignorância e lembrar o conhecimento.


Burilamento espiritual, igualmente, exige que se apague o mal, a fim de que o bem se destaque.


Refletimos nisso e aprendamos a efetuar diariamente a triagem de nossas reações diante da vida.


Perdão é a vacina contra o ressentimento.


Descobrirás na Terra lições e lições de variada espécie.


Amigos dedicados doar-te-ão apoio e consolo, entretanto surpreenderás companheiros outros que, muitas vezes, se te fazem adversários até mesmo sem perceber.


Esse que te lança em rosto uma frase áspera estará sendo vergastado no íntimo por imanifesto desgosto; aquele que te perturba o lar talvez se veja sob a trama da obsessão perigosa, quando não se mostre inconscientemente nas teias da loucura; outro que te persegue, acreditando-se na posse de imaginária felicidade ignora quanta aflição e quanto sofrimento se te represam no círculo das responsabilidades pessoais e outro ainda que te haverá ferido com o estilete da crítica destrutiva te desconhece as lutas do coração.


Desculpa e esquece qualquer ofensa que te visite.


Grande é o caminho da evolução e todos permanecemos em marcha, no encalço do próprio aperfeiçoamento.


Deixa que o amor e a paz te possam incessantemente clarear a estrada para diante.


Recorda a lição que nos vem de Deus, através da própria natureza.


Depois de cada dia ativado por obrigações numerosas em que nos cabe dividir atenção e tempo, a Divina Providência nos concede a noite para descansar e esquecer, de modo a que nos reergamos aí no mundo a cada manhã, a fim de novamente recomeçar a trabalhar e a servir com mais segurança.


Livro: Algo Mais – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 11 – Amar o Próximo Como a Si Mesmo


O Egoísmo


EMMANUEL - Paris, 1861


11 – O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros.


Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens.


Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me importa! Disse mesmo aos judeus: Esse homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, no entanto, deixa que o levem ao suplício.


É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração.


PASCAL - Sens, 1862


12 – Se os homens se amassem reciprocamente, a caridade seria mais bem praticada. Mas, para isso, seria necessário que vos esforçásseis no sentido de livrar o vosso coração dessa couraça que o envolve, a fim de torná-lo mais sensível ao sofrimento do próximo.


O Cristo nunca se esquivava: aqueles que o procuravam, fossem quem fossem, não eram repelidos. A mulher adúltera, o criminoso, eram socorridos por ele, que jamais temeu prejudicar a sua própria reputação. Quando, pois o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se a caridade reinasse na Terra, o mal não dominaria, mas se apagaria envergonhado; ele se esconderia, porque em toda parte se sentiria deslocado. Seria então que o mal desapareceria; compenetrai-vos bem disso.


Começai por dar o exemplo vós mesmos. Sede caridosos para com todos, indistintamente. Esforçai-vos para não atentar nos que vos olham com desdém. Deixai a Deus cuidar de toda a justiça, pois cada dia, no seu Reino, Ele separa o joio do trigo.


O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem caridade não há tranqüilidade na vida social, e digo mais, não há segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, essa vida será sempre uma corrida favorável ao mais esperto, uma luta de interesses, em que as mais santas afeições são calcadas aos pés, em que nem mesmo os sagrados laços de família são respeitados.


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