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sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Língua

Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada — favorece o juízo.

Leviana — descortina a imprudência.

Alegre — espalha o otimismo.

Triste — semeia desânimo.

Generosa — abre caminho à elevação.

Maledicente — cava despenhadeiros.

Gentil — provoca o reconhecimento.

Atrevida — atrai o ressentimento.

Serena — produz calma.

Fervorosa — impõe confiança.

Descrente — invoca a frieza.

Bondosa — auxilia sempre.

Descaridosa — fere sem perceber.

Sábia — ensina.

Ignorante — complica.

Nobre — cria o respeito.

Sarcástica — improvisa o desprezo.

Educada — auxilia a todos.

Inconsciente — gera desequilíbrio.

Por isso mesmo, exortava Jesus:

— “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus.”

A língua é a bússola de nossa alma enquanto nos demoramos na Terra.

Conduzamo-la, na romagem do mundo, para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.

Livro: Apostilas da Vida – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Olhos

Nos apontamentos do evangelista Mateus, encontramos as seguintes palavras proferidas pelo Mestre de Nazaré: Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.

A frase nos levou a meditar acerca desse patrimônio de todos, que são os olhos.

No mundo encontramos olhos muito diferentes, não somente em formatos e cores, mas em qualidades íntimas.

Encontramos os olhos que vêem os quadros da vida pelo prisma da malícia, deturpando tudo que alcançam.

Existem os olhos de ciúme, que despejam chispas de ódio, ante a possibilidade mínima de perderem o que consideram objeto de sua posse.

Há os olhos que ferem, capazes de intimidar subalternos e criaturas de condição social inferior. Olhos de agressão que censuram sem palavras e agridem sem pestanejar.

Olhos de frieza que observam a dor, a desesperança, a miséria sem se comoverem. Despejam tal gelo que impedem o necessitado de estender a mão em súplica ou a expressar o próprio infortúnio em palavras.

Olhos que perturbam quando encaram a outrem e chegam a desencorajar os que estejam tentando realizar algo de bom, e se mostram ainda tímidos.

Olhos de desespero que olham o panorama que os circunda e somente conseguem enxergar aflição e abandono. Levantam o olhar no sentido do firmamento e não percebem as estrelas que iluminam a noite escura, com seus raios brilhantes.

Olhos capazes de registrar os males alheios, desconsiderando as virtudes que se ocultam em todo ser humano.

Olhos de irritação que expressam seu desagrado ante a balbúrdia infantil que extravasa sua alegria de viver, as vozes dos animais que dizem da sua vitalidade, o pequeno esbarrão involuntário na rua, no mercado, na condução urbana.

Olhos de crueldade que ferem a quem atingem, que fazem o animal se encolher a um canto, a criança calar em constrangimento e a própria natureza estabelecer uma pausa no seu concerto constante.

Como serão os nossos olhos?

Se desejamos enobrecer os recursos da visão que nos enriquecem a vida, amemos e ajudemos, aprendamos a perdoar sempre, cultivemos o bem em nós, pois a expressão do nosso olhar fala do que nos vai na intimidade e nos alimenta a alma.

Cada um vê a paisagem que observa conforme a cor das lentes que tem sobre os olhos. Isto equivale a dizer que os tristes vêem panoramas desoladores, enquanto os otimistas descobrem cores vibrantes e alegria em toda parte.

Somos responsáveis pela forma como utilizamos os nossos olhos, desde que eles são um dos talentos que Deus nos concede para instrumento de progresso.

Médium: Chico Xavier - Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 22 de abril de 2012

O VENENOSO ANTAGONISTA

Diante da noite, refrescada de brisas cariciantes, Filipe, de mãos calejadas, falou das angústias que lhe povoavam a alma, com tanta emotividade e amargura que aflitivas notas de dor empolgaram a assembléia.

E interpelado pelo respeitoso carinho de Pedro, que voltou a tanger o problema das tentações, o Mestre contou, pausadamente:

— O Senhor, Nosso Pai, precisou de pequeno grupo de servidores numa cidade revoltada e dissoluta e, para isso, localizou no centro dela uma família de cinco pessoas, pai, mãe e três filhos que o amavam e lhe honravam as leis sábias e justas.

Aí situados, os felizes colaboradores começaram por servi-lo, brilhantemente.

Fundaram ativo núcleo de caridade e fé transformadora que valia por avançada sementeira de vida celeste; e tanto se salientaram na devoção e na prática da bondade que o Espírito das Trevas passou a mover-lhes guerra tenaz.

A princípio, flagelou-os com os morcegos da maledicência; todavia, os servos sinceros se uniram na tolerância e venceram.

Espalhou ao redor deles, logo após, as sombras da pobreza; contudo, os trabalhadores dedicados se congregaram no serviço incessante e superaram as dificuldades.

Em seguida, atormentou-os com as serpentes da calúnia; entretanto, os heróis desconhecidos fizeram construtivo silêncio e derrotaram o escuro perseguidor.

Depois de semelhantes ataques, o Gênio Satânico modificou as normas de ação e enviou-lhes os demônios da vaidade, que revestiram os servos fiéis do Senhor de vastas considerações sociais, como se houvessem galgado os pináculos do poder de um momento para outro; entretanto, os cooperadores previdentes se fizeram mais humildes e atribuíam toda a glória que os visitava ao Pai que está nos Céus.

Foi então que os seres escarninhos e perversos encheram-lhes a casa de preciosidades e dinheiro, de modo a entorpecer-lhes a capacidade de trabalhar; mas o conjunto amoroso, robustecido na confiança e na prece, recebia moedas e dádivas, passando-as para diante, a serviço dos desalentados e dos aflitos.

Exasperado, o Espírito das Trevas mandou-lhes, então, o Demônio da Tristeza que, muito de leve, alcançou a mente do chefe da heróica família e disse-lhe, solene:

— És um homem, não um anjo...

Não te envergonhas, pois, de falar tão insistentemente no Senhor, quando conheces, de perto, as próprias imperfeições? Busca, antes de tudo, sentir a extensão de tuas fraquezas na carne!...

Chora teus erros, faze penitência perante o Eterno! Clama tuas culpas, tuas culpas!...

Registrando a advertência, o infeliz alarmou-se, esqueceu-se de que o homem só pode ser útil à grandeza do Pai, através do próprio trabalho na execução dos celestes desígnios e, entristecendo-se profundamente, acreditou-se culpado e criminoso para sempre, de maneira irremediável.

Desde o instante em que admitiu a incapacidade de reerguimento, recusou a alimentação do corpo, deitou-se e, decorridos alguns dias, morreu de pesar.

Vendo-o desaparecer, sob compacta onda de lamentações e lágrimas, a esposa seguiu-lhe os passos, oprimida de inominável angústia, e os filhos, dentro de algumas semanas, trilharam a mesma rota.

E assim o venenoso antagonista venceu os denodados colaboradores da crença e do amor, um a um, sem necessidade de outra arma que não fosse pequena sugestão de tristeza.

Interrompeu-se a palavra do Mestre, por longos instantes, mas nenhum dos presentes ousou intervir no assunto.

Sentindo, assim, que os companheiros preferiam guardar silêncio, o Divino Amigo concluiu expressivamente:

— Enquanto um homem possui recursos para trabalhar e servir com os pés, com as mãos, com o sentimento e com a inteligência, a tristeza destrutiva em torno dele não é mais que a visita ameaçadora do Gênio das Trevas em sua guerra desventurada e persistente contra a luz.

Livro: Jesus no Lar, lição 40 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 21 de abril de 2012

NASCE A ESPERANÇA

Novo dia nasce a esperança
E uma nova luz
Nada se compara
A essa força que conduz
Fé, amor e paz
Para nossa união
Sempre conquistando
O amor do nosso irmão

Novo dia nasce a esperança
Para nossa união
Nada se compara
Ao amor do nosso irmão
Fé, amor e paz
Uma nova luz
Tudo se resume
Na Doutrina de Jesus.

Essa é chave
Da nossa redenção
Fé no coração
E o amor de um Cristão.

Alex Miller e Kleber Augusto
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 20 de abril de 2012



SEXO TRANSVIADO

Ouvirás referências descaridosas, em torno do sexo transviado; no entanto, guardarás invariável respeito para com os acusados, sejam Eles quais forem.

Muito fácil traçar caminhos no mapa. Sempre difícil trilhá-los, debaixo da tempestade, às vezes sangrando as mãos para sanar dificuldades imprevistas.

É preciso saber penetrar fundo nas necessidades do Espírito, para enxergá-las com segurança.

Aplica a bondade e a compreensão, toda vez que Alguém se levante contra Alguém, porque, em matéria de Sexo, com raras exceções, todos trazemos heranças dolorosas de existências passadas, dívidas a resgatar e problemas a resolver.

Muitos daqueles que apontam, desdenhosamente, os irmãos caídos em desequilíbrio emotivo, imaginando-se hoje anichados na Virtude, são apenas devedores em moratória, que enfrentarão, amanhã, aflitivas tentações e provações, quando soar o momento de reencontrarem os seus credores de outras eras.

Não condenarás.

Enunciando tais conceitos, não aceitamos os desvarios afetivos como sendo ocorrências naturais. Propomo-nos definí-los por doenças da Alma, junto das quais a Piedade é trazida para silenciar apreciações rigorístas.

Nas quedas de sentimento, há que considerar não somente a fraqueza, necessitada de compaixão, mas também, e muito comumente, o processo obsessivo que reclama socorro ao invés de censura. Não podemos medir a nossa capacidade de resistência, no lugar do Companheiro (a) em crise, e, por isso, é aconselhável caminhar com a Misericórdia em quaisquer situações, para que a Misericórdia não nos abandone quando a Vida nos chame ao testemunho de segurança Moral.

Se Alguém caiu em desvalimento ou desceu à loucura, em assunto do Coração, Misericórdia para Ele (a)!

Em todas as questões do Sexo transviado, usa a Misericórdia por base de qualquer recuperação. E, quando a severidade nos intime a gritar menosprezo, acalentar maledicências, estender escárnio ou receitar punições, recordemos Jesus Cristo, Aquele de nós que jamais tenha errado, em nome do Amor, seja em pensamento ou palavra, atitude ou ação, atire a primeira pedra.

Livro: Encontro Marcado – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

PORTA ESTREITA

"Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão." - Jesus. (LUCAS, 13:24.)

Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na "porta estreita" a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.

Reconhece a necessidade do sofrimento purificador.

Anseia pelo sacrifício que redime.

Exalta o obstáculo que ensina.

Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida.

Obtém o vaso frágil de carne, em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.

Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as "portas largas" por onde transitam as multidões.

Fugindo à dificuldade, empenha-se pelo menor esforço.

Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal.

Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si.

E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos.

Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte.

"Ah! se fosse possível voltar...

"- pensam todos.

Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé...

Com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros...

Mas... É tarde.

Rogaram a "porta estreita" e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do serviço justo.

E porque se acomodaram muito bem nas "portas largas", volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.

Livro: Vinha de Luz, lição 20 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 18 - MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS

Muito Se Pedirá Àquele Que Muito Recebeu

10. O servo que souber da vontade do seu amo e que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele queira o amo, será rudemente castigado. - Mas, aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer coisas dignas de castigo menos punido será. Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado. (S. LUCAS, cap. XII, v. 47 e 48.)

11. Vim a este mundo para exercer um juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem se tornem cegos. - Alguns fariseus que estavam, com ele, ouvindo essas palavras, lhe perguntaram: Também nós, então, somos cegos? - Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecados; mas, agora, dizeis que vedes e é por isso que em vós permanece o vosso pecado. (S. JOÃO, cap. IX, v. 39 a 41.)

12. Estas máximas encontram, sobretudo, a sua aplicação no ensinamento dos espíritos. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo e não os pratique, é certamente culpado; contudo, além de o Evangelho, que os contém, achar-se espalhado somente no seio das seitas cristãs, mesmo dentro destas quantos há que não o lêem, e, entre os que o lêem, quantos os que o não compreendem! Resulta daí que as próprias palavras de Jesus são perdidas para a maioria dos homens.

O ensino dos Espíritos, reproduzindo essas máximas sob diferentes formas, desenvolvendo-as e comentando-as, para pô-las ao alcance de todos, tem isto de particular: não é circunscrito: todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos ou não, o podem receber, pois que os Espíritos se comunicam por toda parte.

Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância; não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico.

Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.

Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos. Mas, em vez de tomarem para si as lições que escrevem, ou que lêem escritas por outros, têm por única preocupação aplicá-las aos demais, confirmando assim estas palavras de Jesus: "Vedes um argueiro no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso." (Cap. X, nº 9).

Por esta sentença: "Se fôsseis cegos, não teríeis pecados", quis Jesus significar que a culpabilidade está na razão das luzes que a criatura possua. Ora, os fariseus, que tinham a pretensão de ser, e eram, com efeito, os mais esclarecidos da sua nação, mais culposos se mostravam aos olhos de Deus, do que o povo ignorante. O mesmo se dá hoje.

Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, também, aos que houverem aproveitado, muito será dado.

O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.

O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que faculta, multiplicará também o número dos escolhidos.
Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 17 de abril de 2012

VERDADES E FANTASIAS

"Mas, porque vos digo a verdade não me credes." - Jesus. (JOÃO, 8:45.)

O mundo sempre distingue ruidosamente os expositores de fantasias.

É comum observar-se, quase em toda a parte, a vitória dos homens palavrosos, que prometem milagres e maravilhas. Esses merecem das criaturas grande crédito. Basta encobrirem a enfermidade, a fraqueza, a ignorância ou o defeito dos homens, para receberem acatamento. Não acontece o mesmo aos cultivadores da verdade, por mais simples que esta seja. Através de todos os tempos, para esses últimos, a sociedade reservou a fogueira, o veneno, a cruz, a punição implacável.

Tentando fugir à angustiosa situação espiritual que lhe é própria, inventou o homem a "buena-dicha", impondo, contudo, aos adivinhadores e disfarce dourado das realidades negras e duras. O charlatão mais hábil na fabricação de mentiras brilhantes será o senhor da clientela mais numerosa e luzida.

No intercâmbio com a esfera invisível, urge que os novos discípulos se precatem contra os perigos desse jaez.

A técnica do elogio, a disposição de parecer melhor, o prurido de caminhar à frente dos outros, a presunção de converter consciências alheias, são grandes fantasias. É necessário não crer nisso. Mais razoável é compreender que o serviço de iluminação é difícil, a principiar do esforço de regeneração de nós mesmos. Nem sempre os amigos da verdade são aceitos. Geralmente são considerados fanáticos ou mistificadores, mas... Apesar de tudo, para nossa felicidade, faz-se preciso atender à verdade enquanto é tempo.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 78 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 14 de abril de 2012

Coroa de Espinhos

Contam que, após o Dia do calvário
Ao retornar o monte em que Jesus
O Filho Amado, envolto em grande luz
Expirava tranqüilo e solitário.

Maria, na esperança que conduz
De amenizar a dor do seu fadário
Procurava no místico cenário
O que restara D’ELE, além da cruz.

No chão que percorria passo a passo
Eis que vislumbra, num pequeno espaço
Algumas rosas que ninguém colhera...
É que, arrancada à fronte do Senhor

E esquecida no solo abrasador
A coroa de espinho florescera!...

Aura Celeste – Médium: Carlos A Baccelli
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O PEQUENO ABORRECIMENTO

Um moço de boas maneiras, incapaz de ofender os que lhe buscavam o concurso amigo, sempre meditava na Vontade de Deus, disposto a cumpri-la.

Certa vez, muito preocupado com o horário, aproximou-se de um pequeno ônibus, com a intenção de aproveitá-lo para a travessia de extenso trecho da cidade em que morava, mas, no momento exato em que o ia fazer, surgiu-lhe à frente um vizinho, que lhe prendeu a atenção para longa conversa.

O rapaz consultava o relógio, de segundo a segundo, deixando perceber a pressa que o levava a movimentar-se rápido, mas o amigo, segurando-lhe o braço, parecia desvelar-se em transmitir-lhe todas as minudências de um caso absolutamente sem importância.

Contrafeito com a insistência da conversação aborrecida e inútil, o jovem ouvia o companheiro, por espírito de gentileza, quando o veículo largou sem ele.

Daí a alguns minutos, porém, correu inquietante a notícia.

A máquina estava sendo guiada por um condutor embriagado e precipitara-se num despenhadeiro, espatifando-se.

Ouvindo com paciência uma palestra incômoda, o moço fora salvo de triste desastre.

O jovem refletiu sobre a ocorrência e chegou à conclusão de que, muitas vezes, a Vontade Divina se manifesta, em nosso favor, nas pequenas contrariedades do caminho, ajudando-nos a cumprir nossos mais simples deveres, e passou a considerar, com mais respeito e atenção, as circunstâncias inesperadas que nos surgem à frente, na esfera dos nossos deveres de cada dia.

Livro: Pai Nosso – Médium: Chico Xavier – Espírito: Meimei.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

CUMPRIMENTO DA LEI

“Não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento”.

Companheiros inúmeros, em rememorando semelhantes palavras do Cristo, decerto, guardarão a idéia fixada simplesmente na confirmação doutrinal do Mestre Divino, ante o ensinamento de Moisés.

A lição, todavia, é mais profunda.

Sem dúvida, para consolidar a excelência da lei mosaica do ponto de vista da opinião, Jesus poderia invocar a ciência e a filosofia, a religião e a história, a política e a ética social, mobilizando a cultura de seu tempo para grafar novos tratados de revelação superior, empunhando o buril da razão ou o azorrague da crítica para chamar os contemporâneos ao cumprimento dos próprios deveres, mas, compreendendo que o amor rege a justiça na Criação Universal, preferiu testemunhar a Lei vigente, plasmando-lhe a grandeza e a exatidão do próprio ser, através da ação renovadora com que marcou a própria rota, na expansão da própria luz.

É por isso que, da Manjedoura simples à Cruz da morte, vemo-Lo no serviço infatigável do bem, empregando a compaixão genuína por ingrediente inalienável da própria mensagem transformadora, fosse subtraindo a Madalena à fúria dos preconceitos de sua época para soerguê-la à dignidade feminina, ou desculpando Simão Pedro, o amigo timorato que abdicava da lealdade à última hora, fosse esquecendo o gesto impensado de Judas, o discípulo enganado, ou buscando Saulo de Tarso, o adversário confesso, para induzir-lhe a sinceridade a mais amplo e seguro aproveitamento da vida.

E é ainda aí, fundamentado nesse programa de ação-predicação, com o serviço ao próximo valorizando-lhe o verbo revelador que a Doutrina Espírita, sem molhar a palavra no fel do pessimismo ou da rebeldia, satisfará corretamente aos princípios estabelecidos, dando de si sem cogitar do próprio interesse, transformando a caridade em mera obrigação para que a justiça não se faça arrogância entre os homens, e elegendo no sacrifício individual pelo bem comum a norma de felicidade legítima para solucionar na melhoria de cada um de nós, o problema de regeneração da Humanidade inteira.

Livro: Abrigo – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quarta-feira, 11 de abril de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 16 - SERVIR A DEUS E A MAMON

Parábola do Mau Rico

5 – Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e de holanda, e que todos os dias se banqueteava esplendidamente. Havia também um pobre mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à sua porta, e que desejava fartar-se das migalhas que caíam da mesa do rico, mas ninguém lhas dava; e os cães vinham lamber-lhe as úlceras.

Ora, sucedeu morrer este mendigo, que foi levado pelos anjos ao seio de Abrão.

E morreu também o rico, e foi sepultado no inferno. E quando ele estava nos tormentos, levantando os olhos, viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E gritando ele, disse: Pai Abraão, compadece-te de mim, e manda cá Lázaro, para que molhe em água a ponta do seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou atormentado nesta chama. E Abraão lhe respondeu: Filho; lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e de que Lázaro não teve senão males; por isso está ele agora consolado, e tu em tormentos.

E demais, que entre vós está firmado um grande abismo, de maneira que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os de lá passar para cá. E disse o rico: Pois eu te rogo, Pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, e não suceda venham também eles parar a neste lugar de tormentos. E Abraão lhe disse: Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Disse pois o rico: Não, pai Abraão, mas se for a eles algum dos mortos, hão de fazer penitência. Abraão, porém, lhe respondeu: Se eles não dão ouvidos a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite algum dos mortos. (Lucas, XVI: 19-31).
Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 10 de abril de 2012

AO SALVAR-NOS

"Salva-te a ti mesmo, e desce da Cruz". - (Marcos, 15:30.)

Esse grito de ironia dos homens maliciosos continua vibrando através dos séculos.

A criatura humana não podia compreender o sacrifício do Salvador. A Terra apenas conhecia vencedores que chegavam brandindo armas, cobertos de glórias sanguinolentas, heróis da destruição e da morte, a caminho de altares e monumentos de pedra.

Aquele Messias, porém, distanciara-se do padrão habitual. Para conquistar, dava de si mesmo; a fim de possuir, nada pretendia dos homens para si próprio; no propósito de enriquecer a vida, entregava-se à morte.

Em vista disso, não faltaram os escarnecedores no momento extremo, interpelando o Divino Triunfador, com mordaz expressão.

Nesse testemunho, ensinou-nos o Mestre que ao nos salvarmos, no campo da maldade e da ignorância ouviremos o grito da malícia geral, nas mesmas circunstâncias.

Se nos demoramos colados à ilusão do destaque, se somos trabalhadores exclusivamente interessados em nosso engrandecimento temporário na esfera carnal, com esquecimento das necessidades alheias, há sempre muita gente que nos considera privilegiados e vitoriosos; se ponderamos, no entanto, as nossas responsabilidades graves do mundo, chama-nos loucos e, quando nos surpreende em experiências culminantes, revestidas da dor sagrada que nos arrebata a esferas sublimes, passa junto de nós exibindo gestos irônicos e, recordando os altos princípios esposados por nossa vida, exclama, desdenhosa: - "Salva-te a ti mesmo e desce da cruz".

Livro: Caminho, Verdade e Vida – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 8 de abril de 2012

O Vencedor

"E Eu, quando levantado da terra, atrairei todos a mim." (João:12-32)

Jesus veio para inaugurar na terra o reino do amor. Encontrou dificuldades de toda natureza, porque os homens daqueles dias em que ele viveu entre nós, estavam acostumados ao poder e à força.

As criaturas se encontravam divididas entre senhores e escravos, poderosos e os sem valor nenhum.

A vida não era respeitada, porque a guerra destruía as esperanças e submetia os que não podiam vencer, deles fazendo infelizes sem liberdade.

Quando Jesus ensinou que todos os homens são iguais e que as diferenças se fazem somente através das conquistas morais, houve aborrecimentos por parte dos que governavam e queriam manter o estado de coisas no ritmo em que se encontrava.

Ele, porém, continuou a ensinar o amor a todos os seres, o perdão a todas as ofensas e a humildade como formas de crescimento para Deus. Vivia cercado pelos pobres, pelos sofredores, pelos que eram desprezados e não mereciam nenhuma consideração.

Em qualquer lugar em que ele aparecia, as multidões se aproximavam para ouvi-lo e receber das suas mãos o alimento da paz, a esperança de felicidade e a saúde. Nada conseguia perturbar Jesus. Ele convidou doze homens para que se tornassem seus discípulos, porque era o mais sábio do mundo, assim fazendo-se mestre de todos.

Esses amigos o amavam, mas não compreendiam a missão dele, o reino que fundava. Porque sofriam, e eram pobres, esperavam que ele se tornasse rei do país onde todos eles haviam nascido, e que se chamava Israel.

Ele demonstrava não ter interesse pelas coisas do mundo, nem pelas posições de destaque social na terra. Renunciava a tudo: aos aplausos, às gratidões, aos jogos humanos.

Mas, os companheiros não entendiam a sua atitude e ficavam inquietos. Eles amavam a Deus, mas queriam a felicidade no mundo. Jesus, no entanto, ensinou-lhes, dizendo:

- Eu sou o caminho para Deus, a verdade e a vida, e ninguém consegue compreender essa realidade, senão por meu intermédio.

Cada vez que ele apresentava lições tão profundas, que contrariavam os religiosos da época, aumentavam os ódios contra a sua vida.

Foi durante a sua visita a Jerusalém, que era a capital de Israel, como ainda hoje, durante umas festas chamadas de Páscoa, que Ele foi preso e levado a um julgamento injusto.

Judas, que era também seu discípulo, o vendeu aos sacerdotes, traindo o seu amor. E Pedro, que igualmente o amava muito, quando foi apontado como sendo seu amigo, respondeu com medo, por três vezes:

- Eu nunca vi esse homem!

Os dois se arrependeram, quando o viram, depois de condenado, ser crucificado no alto de um monte que era conhecido pelo nome de Calvário. Judas, atormentado, suicidou-se, envergonhado do que fizera, cometendo, com esse ato, um crime muito grave diante de Deus.

Pedro procurou recuperar-se, também arrependido, vivendo totalmente dedicado a pregar e a viver a doutrina que ele havia ensinado. E, de fato, foi na cruz, erguida da terra, que todos compreenderam que Jesus era o verdadeiro vencedor do mundo.

Embora houvesse morrido, ele ressuscitou, três dias depois, e voltou a conviver com os amigos, aparecendo até aos estranhos, num lugar onde estavam quase quinhentas pessoas, num monte, escutando João, que era o seu discípulo amado, falando a respeito dele.

O verdadeiro vencedor não é aquele que domina os outros, mas quem consegue dominar os seus ímpetos, amando sem qualquer rancor de ninguém, nem mesmo daqueles que o persigam e maltratem.

Médium: Divaldo Pereira Franco – Espírito: Amélia Rodrigues.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Perfil de Jesus

Toda especial foi a Sua vida.

Anunciado por profecias, sonhos e anjos, Ele esteve aguardado pela ansiedade do povo, pelo orgulho nacional de raça e o despotismo dos dominadores políticos que O desejavam guerreiro arbitrário e apaixonado.

Quando o silêncio espiritual pairava em Israel, Ele nasceu no anonimato de uma noite gentil, numa manjedoura, cercado por animais domésticos e assistido pelo amor dos pais humildes, sem outras testemunhas.

Seus primeiros visitadores eram amantes da natureza, pastores simples, logo seguidos por magos poderosos, num contraste característico, que sempre assinalaria a Sua jornada entre os homens.

Nas paisagens de Nazaré Ele cresceria desconhecido, movimentando-se entre a carpintaria do pai e as meditações nas campinas verdejantes, confundido com outros jovens sem qualquer destaque portador de conflitos antes da hora.

Amadureceu no lar como o trigo bom no solo generoso, e, quando chegou a hora, agigantou-Se na sinagoga, desvelando-Se e anunciando-Se.

Incompreendido, como era de esperar-se, saiu na busca daqueles que iriam segui-Lo e ficariam como pilotis da Nova Era que Ele iniciava.

No bucolismo da Galiléia, pobre e sonhadora, fértil e rica de beleza, Ele começou o ministério que um dia se alargaria por quase toda a Terra, apresentando o programa de felicidade que faltava às criaturas.

Jamais igualado, Sua voz possuía a mágica entonação do amor que penetra e dulcifica, ensinando como ninguém mais conseguiu fazê-lo.

A majestade do Seu porte confundia os hipócritas e desarmava os adversários gratuitos, pela serena inocência, profunda sabedoria e invulgar personalidade.

Nunca Se perturbou diante das conjunturas humanas, sobre as quais pairava, embora convivendo com gente de má vida, pecadores e perversos, pobres desesperados e ricos desalmados, vítimas morais de si mesmos no vício e perseguidores contumazes...

Ele compreendia a pequenez humana e impulsionava os indivíduos ao crescimento interior, às conquistas maiores.

Penetrando o futuro referiu-Se às hecatombes que a insânia humana provocaria, mas apresentou também a realidade do bem como coroamento dos esforços e sacrifícios gerais.

Poeta, fez-Se cantor.

Príncipe, tornou-Se vassalo.

Senhor, converteu-Se em servo.

Nobre de origem celeste, transformou-Se em escravo por amor.

Ninguém disse o que Ele disse, conforme O fez e O viveu.

Jesus é a síntese histórica da ascensão humana.

Demarcando as épocas, assinalou-as com o Estatuto da Montanha, em bem-aventuranças eternas.

Nem a morte O diminuiu. Pelo contrário, antecipou-Lhe a luminosa ressurreição, que permanece como vida de sabor eterno, varando as Eras.

Grandioso, hoje como ontem, é o amanhã dos que choram, sofrem, aguardam e amam.

Sua veneranda Presença paira dominadora sobre a humanidade, que n’Ele encontra o Alfa e o Ômega das suas aspirações.

Jesus é a Vida em representação máxima do Criador, como modelo para a humanidade de todos os tempos.

Unamo-nos a Ele e vivamo-Lo.

Redação do Momento Espírita
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 16 - SERVIR A DEUS E A MAMON

Jesus Em Casa De Zaqueu

4 – E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade.

E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica.

E procurava ver Jesus, para saber quem era, e não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura.

E correndo adiante, subiu a um sicômoro para o ver, porque por ali havia de passar.

E quando Jesus chegou aquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse: Zaqueu, desce depressa, porque importa que eu fique hoje em tua casa.

E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o gostoso.

E vendo isto todos murmuravam, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador.

Entretanto Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe: Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lho-ei quadruplicado.

Sobre o que Jesus lhe disse: Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão.

Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que tinha perecido. (Lucas, XIX: 1-10)

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 3 de abril de 2012

TENDE FÉ EM DEUS

"E Jesus, respondendo, disse-lhes: tende fé em Deus." - (Marcos, 11:12.)

Bastas vezes, as dificuldades na concretização de um projeto elevado se nos afiguram inamovíveis.

Começamos por reconhecer-lhes o peso inquietante e estimáveis companheiros acabam por destacar-nos a importância delas, como a dizer-nos que é preciso renunciar ao bem que pretendemos fazer.

Tudo, aparentemente, é obstáculo intransponível...

Mas Deus intervém e uma porta aparece.

Há circunstâncias, nas quais o problema com que somos defrontados, numa questão construtiva, é julgado insolúvel.

Passamos a inquietar-nos e, não raro, especialistas no assunto comparecem junto de nós, apontando-nos a impraticabilidade da solução.

As obscuridades crescem por sombras indevassáveis...

Mas Deus interfere e desponta uma luz.

Em certas ocasiões, uma pessoa querida, ao perturbar-se de chofre, fornece a impressão de doente irrecuperável.

Afligimo-nos ao vê-la assim em desequilíbrio e, quase sempre, observadores amigos comentam a inexequibilidade de qualquer melhoria, induzindo-nos a largá-la ao próprio infortúnio.

Avoluma-se a prova que lembra angústia inarredável...

Mas Deus determina e surge um remédio.

Ocorrem-te no mundo as mesmas perplexidades, em matéria de saúde, família, realizações.

Salientam-se fases de trabalho em que a luta é suposta invencível, com absoluto desânimo daqueles que te rodeiam, mas Deus providencia e segues, tranqüilo, à frente.

Por mais áspera a crise, por maior a consternação, não percas o otimismo e trabalha, confiante.

Ouçamos, nós todos, a indicação de Jesus: - "Tende fé em Deus".

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 162 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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domingo, 1 de abril de 2012

Hoje foi postada a biografia do mês de Abril de 2012 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a Charles Richet.

A JORNADA REDENTORA

Aberta a doce conversação da noite, em torno da Boa Nova, a esposa de Zebedeu perguntou, reverente, dirigindo-se a Jesus: — Senhor, como se verificará nossa jornada para o Reino Divino? O Cristo pareceu meditar alguns momentos e explanou:

— Num vale de longínquo país, alguns judeus cegos de nascença habituaram-se à treva e à miséria em que viviam, e muitos anos permaneciam na furna em que jaziam mergulhados, quando iluminado irmão de raça por lá passou e falou-lhes da profunda beleza do Monte Sião, em Jerusalém, onde o povo escolhido adora o Supremo Pai.

Ao lhe ouvirem a narrativa, todos os cegos experimentaram grande comoção e lastimaram a impossibilidade em que se mantinham.

O vidente amigo, porém, esclareceu-lhes que a situação não era irremediável.

Se tivessem coragem de aplicar a si mesmos determinadas disciplinas, com abstinência de variados prazeres de natureza inferior a que se haviam acostumado nas trevas, poderiam recobrar o contacto com a luz, avançando na direção da cidade santa.

A maioria dos ouvintes recebeu as sugestões com manifesta ironia, assegurando que os progenitores e outros antepassados haviam sido igualmente cegos e que se lhes afigurava impossível a reabilitação dos órgãos visuais.

Um deles, porém, moço corajoso e sereno, acreditou no método aconselhado e aplicou-o.

Entregou-se primeiramente às disciplinas apontadas e, depois de quatro anos de meditações, trabalho intenso e observação pessoal da Lei, com jejuns e preces, obteve a visão.

Quase enlouqueceu de alegria.

Em êxtase, contou aos companheiros a sublimidade da experiência, comentando a largueza do céu e a beleza das árvores próximas; contudo, ninguém acreditou nele.

Não obstante ser tomado por demente, o rapaz não desanimou.

Agora, enxergava o caminho e conseguiria avançar.

Ausentou-se do vale fundo, mas, sem qualquer noção de rumo, vagueou dias e noites, em estado aflitivo.

Atacado por lobos e víboras em grande número, usava a maior cautela, reconhecendo a própria inexperiência, até que, em certa manhã, abeirando-se de um esconderijo cavado na rocha, para colher mel silvestre, foi aprisionado por um ladrão que lhe exigiu a bolsa; entretanto, como não possuísse dinheiro, deixou-se escravizar pelo malfeitor que durante cinco anos sucessivos o reteve em trabalho incessante.

O servo, porém, agiu com tamanha bondade, multiplicando os exemplos de abnegação, que o espírito do perseguidor se modificou, fazendo-se mais brando e reformando-se para o bem, restituindo-lhe a liberdade.

Emancipado de novo, o crente fiel recomeçou a jornada, porque a ânsia de alcançar o templo divino povoava-lhe a mente.

Pôs-se a caminho, distribuindo fraternidade e alegria com todos os viajores que lhe cruzassem a estrada, mas, atingindo um vilarejo onde a autoridade era exercida com demasiado rigor, foi encarcerado como sendo um criminoso desconhecido; no entanto, sabendo que seria traído pelas próprias forças insuficientes, caso buscasse reagir, deixou-se trancafiar até que o problema fosse resolvido, o que reclamou longo tempo.

Nunca, entretanto, se revelou inativo no exercício do bem.

Na própria cadeia que lhe feria a inocência, encontrou vastíssimas oportunidades para demonstrar boa-vontade, amor e tolerância, sensibilizando as autoridades, que o libertaram enfim.

O ideal de atingir o santuário sublime absorvia-lhe o pensamento e prosseguiu na marcha; todavia, somente depois de vinte anos de lutas e provas, das quais sempre saía vitorioso, é que conseguiu chegar ao Monte Sião para adorar o Supremo Senhor.

O Mestre interrompeu-se, vagueou o olhar pela sala silenciosa e rematou: — Assim é a caminhada do homem para o Reino Celestial.

Antes de tudo, é preciso reconhecer a sua condição de cego e aplicar a si mesmo os remédios indicados nos mandamentos divinos.

Alcançado o conhecimento, apesar da zombaria de quantos o rodeiam em posição de ignorância, é compelido a marchar por si mesmo, e sozinho quase sempre, do escuro vale terrestre para o monte da claridade divina, aproveitando todas as oportunidades de servir, indistintamente, ainda mesmo aos próprios inimigos e perseguidores.

Quando o seguidor do bem compreende o dever de mobilizar todos os recursos da jornada, em silêncio, sem perda de tempo com reclamações e censuras, que somente denunciam inferioridade, então estará em condições de alcançar o Reino, dentro do menor prazo, porque viverá plasmando as próprias asas para o vôo divino, usando para isso a disciplina de si mesmo e o trabalho incessante pela paz e alegria de todos.

Livro: Jesus no Lar, lição 49 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet Google.