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quarta-feira, 30 de maio de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 17 - SEDE PERFEITOS

OS SUPERIORES E OS INFERIORES

9. A autoridade, tanto quanto a riqueza, é uma delegação de que terá de prestar contas aquele que se ache dela investido. Não julgueis que lhe seja ela conferida para lhe proporcionar o vão prazer de mandar; nem, conforme o supõe a maioria dos potentados da Terra, como um direito, uma propriedade. Deus, aliás, lhes prova constantemente que não é nem uma nem outra coisa, pois que deles a retira quando lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente às suas personalidades, seria inalienável. A ninguém cabe dizer que uma coisa lhe pertence, quando lhe pode ser tirada sem seu consentimento. Deus confere a autoridade a título de missão, ou de prova, quando o entende, e a retira quando julga conveniente.

Quem quer que seja depositário de autoridade, seja qual for a sua extensão, desde a do senhor sobre o seu servo, até a do soberano sobre o seu povo, não deve olvidar que tem almas a seu cargo; que responderá pela boa ou má diretriz que dê aos seus subordinados e que sobre ele recairão as faltas que estes cometam, os vícios a que sejam arrastados em conseqüência dessa diretriz ou dos maus exemplos, do mesmo modo que colherá os frutos da solicitude que empregar para os conduzir ao bem.

Todo homem tem na Terra uma missão, grande ou pequena; qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem; falseá-la em seu princípio é, pois, falir ao seu desempenho.

Assim como pergunta ao rico: "Que fizeste da riqueza que nas tuas mãos devera ser um manancial a espalhar a fecundidade ao teu derredor", também Deus inquirirá daquele que disponha de alguma autoridade: "Que uso fizeste dessa autoridade? Que males evitaste? Que progresso facultaste? Se te dei subordinados, não foi para que os fizesses escravos da tua vontade, nem instrumentos dóceis aos teus caprichos ou à tua cupidez; fiz-te forte e confiei-te os que eram fracos, para que os amparasses e ajudasses a subir ao meu seio".

O superior, que se ache compenetrado das palavras do Cristo, a nenhum despreza dos que lhe estejam submetidos, porque sabe que as distinções sociais não prevalecem às vistas de Deus. Ensina-lhe o Espiritismo que, se eles hoje lhe obedecem, talvez já lhe tenham dado ordens, ou poderão dar-lhas mais tarde, e que ele então será tratado conforme os haja tratado, quando sobre eles exercia autoridade.

Mas, se o superior tem deveres a cumprir, o inferior, de seu lado, também os tem e não menos sagrados. Se for espírita, sua consciência ainda mais imperiosamente lhe dirá que não pode considerar-se dispensado de cumpri-los, nem mesmo quando o seu chefe deixe de dar cumprimento aos que lhe correm, porquanto sabe muito bem não ser lícito retribuir o mal com o mal e que as faltas de uns não justificam as de outrem.

Se a sua posição lhe acarreta sofrimentos, reconhecerá que sem dúvida os mereceu, porque, provavelmente, abusou outrora da autoridade que tinha, cabendo-lhe, portanto, experimentar a seu turno o que fizera sofressem os outros.

Se se vê forçado a suportar essa posição, por não encontrar outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se, como constituindo isso uma prova para a sua humildade, necessária ao seu adiantamento.

Sua crença lhe orienta a conduta e o induz a proceder como quereria que seus subordinados procedessem para com ele, caso fosse o chefe. Por isso mesmo, mais escrupuloso se mostra no cumprimento de suas obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe está determinado redunda em prejuízo para aquele que o remunera e a quem deve ele o seu tempo e os seus esforços. Numa palavra: solicita-o o sentimento do dever, oriundo da sua fé, e a certeza de que todo afastamento do caminho reto implica uma dívida que, cedo ou tarde, terá de pagar.

François-Nicolas-Madeleine, Cardeal Morlot. (Paris, 1863.)

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

EM ORAÇÃO

Na véspera da partida do Senhor, no rumo de Sídon, o culto do Evangelho, na residência de Pedro, revestiu-se de justificável melancolia. As atividades do estudo edificante prosseguiriam,
mas o trabalho da revelação, de algum modo, experimentaria interrupção natural.

A leitura de comoventes páginas de Isaías foi levada a efeito por Mateus, com visível emotividade; entretanto, nessa noite de despedidas ninguém formulou qualquer indagação.

Intraduzível expectativa pairava no semblante de todos.

O Mestre, por si, absteve-se de qualquer comentário, mas, ao término da reunião, levantou os olhos lúcidos para o Céu e suplicou fervorosamente:
— Pai, acende a Tua Divina Luz em torno de todos aqueles que Te olvidaram a bênção, nas sombras da caminhada terrestre.

Ampara os que se esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.

Ajuda aos que não se envergonham de ostentar felicidade, ao lado da miséria e do infortúnio.

Socorre os que se não lembram de agradecer aos benfeitores.

Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos do vício, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.

Levanta os que olvidaram a obrigação de serviço ao próximo.

Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.

Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência na carne é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da Eternidade.

Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.

Corrige os que espalharam a tristeza e o pessimismo entre os semelhantes.

Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.

Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver-te o juízo, condenando os próprios irmãos.

Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho dos outros com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.

Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença de morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.

Esclarece os que se perderam nas trevas do ódio e da vingança, da ambição transviada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres, quando não passam de escravos, dignos de compaixão, diante de teus sublimes desígnios.

Eles todos, Pai, são delinqüentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por Tua Justiça Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento, perante o Infinito Bem...

A essa altura, interrompeu-se a rogativa singular.

Quase todos os presentes, inclusive o próprio Mestre, mostravam lágrimas nos olhos e, no alto, a Lua radiosa, em plenilúnio divino, fazendo incidir seus raios sobre a modesta vivenda de Simão, parecia clamar sem palavras que muitos homens poderiam viver esquecidos do Supremo Senhor; entretanto, o Pai de Infinita Bondade e de Perfeita Justiça, amoroso e reto, continuaria velando...

Livro: Jesus no Lar, lição 50 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 26 de maio de 2012

O Segredo da Felicidade

O evangelho de Jesus espalha
Algo que traz a grande solução.

Para encontrar a verdadeira felicidade
É preciso a autotransformação.

Não basta se dirigir à Igreja
E orar com muito fervor.

Não basta ir ao centro espírita
E estudar a vida com muito ardor.

É preciso destruir o homem velho
Que vive ainda conosco.

É Preciso fazer nascer o homem novo
Ensinado por JESUS “o salvador”.

É preciso distribuir gentilezas
E amar de verdade o seu irmão.

É preciso viver não de aparências
Essa é a grande solução!

Para seguir Jesus existe uma fórmula
Que é simples mais exige perseverança.

Amar a Deus sobre todas as coisas
E ao próximo com temperança.

Não basta dizer: “senhor, senhor”
Para entrar no reino dos céus.

É preciso se esforçar com muito amor
Para que o mestre em nós exerça o seu papel.

Reynollds Augusto

sexta-feira, 25 de maio de 2012

ALMAS ENAMORADAS

Geralmente, é na juventude do corpo que temos despertado o interesse em buscar o sexo oposto para compartilhar dos nossos sonhos.

Quando encontramos a alma eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem ação. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos rejeitados.

Então, tudo começa. O namoro é o doce encantamento.
Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.

Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.

Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.

A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria, são os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.

Mas como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.

Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.

Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.

Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as primeiras tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais, mas ele já está muito distante...

O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem.

E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se. E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.

Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.

Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção.

Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se a si mesmos, na busca de algo que não encontram.

Se a pessoa com quem nos casamos não era bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a escolha foi feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa que precisamos conviver para aparar arestas.

Lembremo-nos de que na Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.

E se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.

Você sabia?

Você sabia que os casamentos são programados antes do berço?

Nós planejamos, antes de nascer, se vamos ou não casar, com quem poderemos nos casar e quem serão nossos filhos.

Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.

Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois é só assim que conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.

Fonte do texto desconhecido. Texto e imagem encontrados via Internet Google.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 16 - SERVIR A DEUS E A MAMON

Salvação dos Ricos

1 – Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer um e amar ao outro, ou há de entregar-se a um e não fazer caso do outro; vós não podeis servir a Deus e às riquezas. (Lucas, XVI: 13).

2 – E eis que, chegando-se a ele um, lhe disse: Bom Mestre, que obras boas devo eu fazer, para alcançar a vida eterna? Jesus lhe respondeu: Por que me chamas bom? Bom só Deus o é. Porém, se tu queres entrar na vida, guarda os mandamentos. Ele lhe perguntou: Quais? E Jesus lhe disse: Não cometerás homicídio; não adulterarás; não cometerás furto; não dirás falso testemunho; Honra a teu pai e a tua mãe, e ama o teu próximo como a ti mesmo.

O mancebo lhe disse: Eu tenho guardado tudo isso desde a minha mocidade; que é que me falta ainda? Jesus lhe respondeu: Quer-se ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me. O mancebo, porém, como ouviu esta palavra, retirou-se triste; porque tinha muitos bens. E Jesus disse aos seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificultosamente entrará no Reino dos Céus. Ainda vos digo mais: que mais fácil é passar um camelo(1) pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no Reino dos Céus. (Mateus, XIX: 16-24 – Lucas, XVII: 18-25 – Marcos, X: 17-25).

(1) Esta figura audaciosa pode parecer um pouco forçada, porque lhe deram esta última acepção. É provável que no pensamento de Jesus estivesse a primeira, pois não se percebe a relação entre um camelo e uma agulha. É que, em hebreu, a mesma palavra se emprega para designar “cabo” e “camelo”. A tradução com a primeira acepção seria pelo menos mais natural.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

ENDIREITAI OS CAMINHOS

“Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaias.”
– João Batista. (JOÃO, 1:23.)

A exortação do Precursor permanece no ar, convocando os homens de boa-vontade à regeneração das estradas comuns.

Em todos os tempos, observamos

Criaturas que se candidatam à fé, que anseiam pelos benefícios do Cristo. Clamam pela sua paz, pela presença divina e, por vezes, após transformarem os melhores sentimentos em inquietação injusta, acabam desanimadas e vencidas.

Onde está Jesus que não lhes veio ao encontro dos rogos sucessivos?

Em que esfera longínqua permanecerá o Senhor, distante de suas amarguras?

Não compreendem que, através de mensageiros generosos do seu amor, o Cristo se encontra, em cada dia, ao lado de todos os discípulos sinceros. Falta-lhes dedicação ao bem de si mesmos.

Correm ao encalço do Mestre Divino, desatentos ao conselho de João: “endireitai os caminhos”

Para que alguém sinta a influência santificadora do Cristo, é preciso retificar a estrada em que tem vivido. Muitos choram em veredas do crime, lamentam-se nos resvaladouros do erro sistemático, invocam o céu sem o desapego às paixões avassaladoras do campo material.

Em tais condições, não é justo dirigir-se a alma ao Salvador, que aceitou a humilhação e a cruz sem queixas de qualquer natureza.

Se queres que Jesus venha santificar tuas atividades, endireita os caminhos da existência, regenera os teus impulsos. Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua bênção.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 16 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 22 de maio de 2012

ABORTO

Pergunta - Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestação? Resposta - Há crime sempre que transgredis a lei de Deus.

Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

Pergunta n° 358, de "O Livro dos Espíritos".

Falamos naturalmente acerca de relações internacionais, sociais, públicas, comerciais, clareando as obrigações que elas envolvem; no entanto, muito freqüentemente marginalizamos as relações sexuais - aquelas em que se fundamentam quase todas as estruturas da ação comunitária.

Esquece-se, habitualmente, de que o homem e a mulher, via de regra, experimentam instintivo horror à solidão e que, à vista disso, a comunhão sexual reclama segurança e duração para que se mostre assente nas garantias necessárias.

Impraticável, sem dúvida, impor a continuidade da ligação entre duas criaturas, a preço de violência; no entanto, à face das contingências e contratempos pelos quais o carro da união esponsalícia deve passar pelas estradas do mundo, as leis da vida, muito sabiamente, estabelecem nos filhos os elos da comunhão entre os cônjuges, atribuindo-lhes a função de fixadores da organização familiar; com a colaboração deles, os deveres do companheiro e da companheira, no campo da assistência recíproca, se revelam mais claramente perceptíveis e o lar se alteia por escola de aperfeiçoamento e de evolução, em marcha para a aquisição de mais amplos valores do espírito, no Mundo Maior.

De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.

É pela conjunção sexual entre o homem e a mulher que a Humanidade se perpetua no Planeta; em virtude disso, entre pais e filhos residem os mecanismos da sobrevivência humana, quanto à forma física, na face do orbe.

Fácil entender que é assim justamente que nós, os espíritos eternos, atendendo aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos, aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do amor - do amor que nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.

Com semelhantes notas, objetivamos tão-só destacar a expressão calamitosa do aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever.

Habitualmente - nunca sempre – somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo, com o apoio de arquitetos e técnicos distintos.

Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria.

Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência.

Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e de auxílio, fazem-se hoje - e isso ocorre bastas vezes, em todas as comunidades da Terra - inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação.

Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões.

Livro: Vida e Sexo – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 20 de maio de 2012

O PROVEITO COMUM

Dentro da noite muito clara, os companheiros reunidos em casa de Pedro comentavam as dificuldades na divulgação das idéias redentoras.

Muita gente se valia do socorro de Jesus, buscando vantagens próprias.

Certo negociante provocava o ajuntamento popular em determinada região da praia, a fim de estimular a venda de vinhos; carroceiros vulgares intensificavam a propaganda do Reino Celeste, nas cercanias, não com o objetivo de se tornarem melhores, mas para alugarem veículos diversos a doentes de longe, interessados na assistência do Mestre.

O parecer de quase todos os apóstolos era inquietante e desalentador.

Foi quando o Divino Amigo, tomando a palavra, explanou:

— Certo filósofo, mergulhado nos estudos da Revelação Divina, possuía um discípulo que nunca se conformava com a incompreensão do povo quanto às verdades celestes.

Inflamava- se, de minuto a minuto, contra os maus, os ingratos ou os hipócritas, que abusavam dos elevados ensinamentos de que se via portador.

O mestre ouvia-o e guardava silêncio, até que numa linda manhã, vindo um aguaceiro rápido de estio, convidou-o para um breve passeio até o campo próximo, depois de refeita a paisagem.

Não haviam andado meia-milha, quando avistaram vasta faixa de pântano; e o orientador, observando que o charco recebia a água da chuva, explicou: — Eis que o lodaçal recolhe o líquido celeste e com ele faz imundo caldo, mas existem batráquios que se beneficiarão com segurança e eficiência, porquanto, se não chovesse, provavelmente estas águas escuras se transformariam em veneno mortal.

Depois de alguns passos, encontraram poças de enxurrada nos recôncavos de terra dura, e o mentor, analisando-as, acrescentou: — Aqui, a fonte jorrada do firmamento é agora lama desagradável; entretanto, que seria deste chão estéril se a água divina o não visitasse? Amanhã, talvez veremos neste solo perfumada floração de lírios rústicos.

Marcharam adiante e detiveram-se na contemplação de algumas árvores nuas.

A água, nos galhos ressequidos, parecia cinzenta e fétida, mas o instrutor esclareceu: — Nestas árvores abandonadas, a bênção da chuva cristalina se fez pesada e sombria; no entanto, que lhes aconteceria se as dádivas do Alto as não beneficiassem? Possivelmente, morreriam, em breve, até as raízes.

Em poucas semanas, porém, cobrir-se-ão de ramagens fartas, servindo aos lares abençoados dos passarinhos.

Demandaram além e descobriram alguns pessegueiros, cujas flores guardavam as gotas do céu, com tanta beleza, que mais se assemelhavam, dentro delas, a diamantino orvalho, levemente irisado pela claridade solar.

O mestre, indicando-as, disse: — Aqui, as pétalas puras conservaram o dom celeste com absoluta fidelidade e, muito em breve, serão perfume e beleza em excelentes frutos para o banquete da vida.

Logo após, espraiando o olhar pela paisagem enorme, falou ao discípulo espantado: — Jamais censures o manancial do socorro celeste.

Cada homem lhe recebe o valor no plano em que se encontra.

Guardando-lhe os princípios sublimes, o criminoso se faz menos cruel, o pior se mostra menos mau, o imperfeito melhora, o infortunado encontra alívio e os bons se engrandecem para maior amplitude no serviço ao Nosso Pai.

Se possuis raciocínio suficiente para discernir a realidade, não te percas em reprovações vazias.

Aprende com o Supremo Senhor que ajuda sempre, de acordo com a posição e a necessidade de cada um, e distribui com todos os que te cercam os bens do Céu que já podes reter com fidelidade e o Céu te abrirá o acesso a tesouros sem-fim...

Terminada que foi a narrativa, Jesus calou-se.

Os apóstolos, como se houvessem recebido sublime lição em tão poucas palavras, entreolharam- se, expressivamente, silenciosos e felizes.

O Senhor, então, abençoou-os e retirou-se para as margens do lago, fitando, pensativo, as constelações que tremeluziam distantes...

Livro: Jesus no Lar, lição 48 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 19 de maio de 2012

UM TRIBUNAL DIFERENTE

Não pense que as leis divinas
São iguais ás leis terrenas
Para alma sem disciplina
Nascer é a maior pena.

A falta de caridade
Pesa igual ao homicídio
E a falta de vontade
É igual ao suicídio.

Não é o que doa mais
Que ganha a libertação
Mas aquele que é capaz
De doar o coração.

Ás vezes, o autor de um crime
É por Deus absolvido
Se o perdão que redime
For na sua vida , sentido.

Às vezes, uma só palavra
Que se deixou de dizer
Torna uma alma escrava
E condena a nascer.

E no céu não há suborno
A própria culpa condena
Vir pra Terra de retorno
Constitui a maior pena.

Imagine um tribunal
Onde o juiz é sereno
E que trata por igual
O maior e o pequeno.

Médium: Lúcia - Espírito: Um amigo Poeta.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

NA LUZ DA VERDADE

"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." (JOÃO, 8:32.)

Nenhuma espécie de amor humano pode comparar-se ao Divino Amor.

Semelhante apontamento deve ser mencionado, toda vez que nos inclinemos a violentar o pensamento alheio.

A Bondade Suprema, que é sempre a bondade invariável, deixa livres as criaturas para a aquisição do conhecimento.

A vontade do Espírito é acatada pela Providência, em todas as manifestações, incluindo aquelas em que o homem se extravia na criminalidade, esposando obscuros compromissos.

A pessoa converte, pois, a vida naquilo que deseje, sob a égide da Justiça Perfeita que reina em todos os distritos do Universo, determinando seja concedido a cada um por suas obras.

Elegemos os tipos de experiência em que nos propomos estagiar, nessa ou naquela fase da evolução. Discórdia e tranqüilidade, ação e preguiça, erro e corrigenda, débito e resgate são frutos de nossa escolha.

Respeitemo-nos, assim, uns aos outros.

Não intentes constranger o próximo a ler a cartilha da realidade por teus olhos, nem a interpretar os ensinamentos do cotidiano com a cabeça que te pertence.

A emancipação intima surgirá para a consciência, à medida que a consciência se disponha a buscá-la.

Rememoremos as palavras do Cristo: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Note-se que o Mestre não designou lugar, não traçou condições, não estatuiu roteiros, nem especificou tempo. Prometeu simplesmente — "conhecereis a verdade", e, para o acesso à verdade, cada um tem o seu dia.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 130 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

FALATÓRIOS

"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade." - Paulo. (II TIMÓTEO, 2:16).

Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.

A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir-lhes os focos essenciais.

Quanto se há trabalhado, louvvelmente, no combate ao álcool e à sífilis?

Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.

Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.

Raros meditam nisto.

Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?

Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.

A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.

Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?

Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando-lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?

Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.

Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.

Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.

Falatório é desperdício. E quando assim não seja não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando espíritos valorosos e comunidades inteiras.

Livro: Vinhas de Luz, lição 73 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

PROVAS DE FOGO


“E o fogo provará qual seja a obra de cada um.” – Paulo. (I Coríntios, 3:13).

A indústria mecanizada dos tempos modernos muito se refere às provas de fogo para positivar a resistência de suas obras e, ponderando o feito, recordemos que o Evangelho, igualmente, se reporta a essas provas, há quase vinte séculos, com respeito às aquisições espirituais.

Escrevendo aos coríntios, Paulo imagina os obreiros humanos construindo sobre o único fundamento, que é Jesus - Cristo, organizando cada qual as próprias realizações, de conformidade com os recursos evolutivos.

Cada discípulo, entretanto, deve edificar o trabalho que lhe é peculiar, convicto de que os tempos de luta o descobrirão aos olhos de todos, para que se efetue reto juízo acerca de sua qualidade.

O aperfeiçoamento do mundo, na feição material, pode fornecer a imagem do que seja a importância dessas aferições de grande vulto.

A Terra permanece cheia de fortunas, posições, valores e inteligências que não suportam as provas de fogo; mal se aproximam os movimentos purificadores, descem, precipitadamente, os degraus da miséria, da ruína, da decadência.

No serviço do Cristo, também é justo que o aprendiz aguarde o momento da verificação das próprias possibilidades.

O caráter, o amor, a fé, a paciência, a esperança, representam conquistas para a vida eterna, realizadas pela criatura, com o auxílio santo do Mestre, mas todos os discípulos devem contar com as experiências necessárias que, no instante oportuno, lhe provarão as qualidades espirituais.

Livro: Pão Nosso, lição 18 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 15 de maio de 2012

SE SOUBÉSSEMOS

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...”. JESUS, (Lucas, 23:34).

Se o homicida conhecesse, de antemão, o tributo de dor que a vida lhe cobrará, no reajuste do seu destino, preferiria não ter braços para desferir qualquer golpe.

Se o caluniador pudesse eliminar a crosta de sombra que lhe enlouquece a visão, observando o sofrimento que o espera no acerto de contas com a verdade, paralisaria as cordas vocais ou imobilizaria a pena, a fim de não se confiar à acusação descabida.

Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento de viver, deter-se-ia feliz, sob a algemas santificantes dos mais pesados deveres.

Se o ingrato percebesse o fel de amargura que lhe invadirá, mais tarde, o coração, não perpetraria o delito da indiferença.

Se o egoísta contemplasse a solidão infernal que o aguarda, nunca se apartaria da prática infatigável da fraternidade e da cooperação.

Se o glutão enxergasse os desequilíbrios para os quais encaminha o próprio corpo, apressando a marcha para a morte, renderia culto invariável à frugalidade e à harmonia.

Se soubéssemos quão terrível é o resultado de nosso desrespeito às Leis Divinas, jamais nos afastaríamos do caminho reto.

Perdoa, pois, a quem te fere e calunia...

Em verdade, quantos se rendem às sugestões perturbadoras do mal, não sabem o que fazem.

Livro: Fonte Viva, lição 38 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 12 de maio de 2012

EM LOUVOR DAS MÃES

O lar é a célula ativa do organismo social e a mulher, dentro dele, é a força essencial que rege a própria vida.

Se a criança é o futuro, no coração das mães é que repousa a sementeira de todos os bens e de todos os males do porvir.

O homem é o pensamento.

A mulher é o ideal.

O homem é a oficina.

A mulher é o santuário.

O homem realiza.

A mulher inspira.

Compreender a gloriosa missão da alma feminina, no soerguimento na Terra, é apostolado fundamental do Cristianismo renascente em nossa Doutrina Consoladora.

Auxiliar, assim, o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime, constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos Centros Espíritas novos lares de idealismo superior e que buscamos na Boa Nova do Divino Mestre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos.

Nesse sentido, se nos cabe reconhecer no homem o condutor da civilização e o mordomo dos patrimônios materiais na gleba planetária, não podemos esquecer que na mulher devemos identificar o anjo da esperança, ternura e amor, a descer para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra, oferecendo-nos, no campo abençoado da luta regenerativa, novos tabernáculos de serviço e purificação.

Glorifiquemos, desse modo, o ministério santificante da maternidade na Terra, recordando que o Todo-Misericordioso, quando se designou enviar ao mundo o seu mais sublime legado para o aperfeiçoamento e a elevação dos homens, chamou um coração de mulher, em Maria Santíssima, e, através das suas mãos devotadas à humanidade e ao bem, à renunciação e ao sacrifício, materializou para nós o coração divino de Nosso Senhor Jesus Cristo, a luz de todos os séculos e o alvo de redenção da Humanidade inteira.

Livro: Cartas do Coração – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

NA FONTE DO BEM

“Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos...”
PAULO (GÁLATAS, 6:19.)

Muita gente só admite auxílio eficiente, quando o dinheiro aparece.

Entretanto, há serviços que o ouro não consegue remunerar.

Há vencimentos justos para os encargos do professor; todavia, ninguém pode estabelecer pagamento aos sacrifícios com que ele abraça os misteres da escola.

Existem honorários para as atividades do médico; no entanto, pessoa alguma logrará recompensar em valores amoedados o devotamento a que se entrega o missionário da cura, no socorro aos enfermos.

Não se compra estímulo ao trabalho. Não se vende esperança nos armazéns.

O sorriso fraternal não é matéria de negócio. Gentileza não é artigo de mercado.

Onde a vida te situe, aí recolherás, todo dia, múltiplas ocasiões de fazer o bem.

Nem sempre movimentarás bolsa farta para mitigar a penúria alheia, mas sempre disporás da frase confortadora, da oração providencial, da referência generosa, do gesto amigo.

O Apóstolo Paulo reconhece que, às vezes, atravessamos grandes ou pequenos períodos de inibições e provações, pelo que nos recomenda: “enquanto temos tempo, façamos o bem a todos”; contudo, mesmo nas circunstâncias difíceis, urge endereçar aos outros o melhor ao nosso alcance, porque segundo as leis da vida, aquilo que o homem semeia, isso mesmo colherá.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 129 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

DE ÂNIMO FORTE

"Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação." - Paulo. (II TIMÓTEO, 1:7.)

Não faltam recursos de trabalho espiritual a todo irmão que deseje reerguer-se, aprimorar-se, elevar-se.

Lacunas e necessidades, problemas e obstáculos desafiam o espírito de serviço dos companheiros de fé, em toda parte.

A ignorância pede instrutores, a dor reclama enfermeiros, o desespero suplica orientadores.

Onde, porém, os que procuram abraçar o trabalho por amor de servir?

Com raras exceções, observamos, na maioria das vezes, a fuga, o pretexto, o retraimento.

Aqui, há temor de responsabilidade; ali, receios da crítica; acolá, pavor de iniciativa a benefício de todos. Como poderá o artista fazer ouvir a beleza da melodia se lhe foge o instrumento?

Nesse caso temos em Jesus o artista divino e em nós outros, encarnados e desencarnados, os instrumentos d’Ele para a eterna melodia do bem no mundo.

Se algemamos o coração ao medo de trabalhar em benefício coletivo, como encontrar serviço feito que tranqüilize e ajude a nós mesmos?

Como recolher felicidade que não semeamos ou amealhar dons de que nos afastamos suspeitosos?

Onde esteja a possibilidade de sermos úteis, avancemos, de ânimo forte, para a frente, construindo o bem, ainda que defrontados pela ironia, pela frieza ou pela ingratidão, porque, conforme a palavra iluminada do apóstolo aos gentios, "Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação".

Livro: Vinha de Luz, lição 31 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quarta-feira, 9 de maio de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 18 - MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS

Parábola do Festim de Bodas

1. Falando ainda por parábolas, disse-lhes Jesus: O reino dos céus se assemelha a um rei que, querendo festejar as bodas de seu filho, - despachou seus servos a chamar para as bodas os que tinham sido convidados; estes, porém, recusaram ir. - O rei despachou outros servos com ordem de dizer da sua parte aos convidados: Preparei o meu jantar; mandei matar os meus bois e todos os meus animais cevados; tudo está pronto; vinde às bodas. - Eles, porém, sem se incomodarem com isso, lá se foram, um para a sua casa de campo, outro para o seu negócio. - Outros pegaram os servos e os mataram, depois de lhes haverem feito muitos ultrajes. - Sabendo disso, o rei se tomou de cólera e, mandando contra eles seus exércitos, exterminou os assassinos e lhes queimou a cidade.

Então, disse a seus servos: O festim das bodas está inteiramente preparado; mas, os que para ele foram chamados não eram dignos dele. Ide, pois, às encruzilhadas e chamai para as bodas todos quantos encontrardes. - Os servos então saíram pelas ruas e trouxeram todos os que iam encontrando, bons e maus; a sala das bodas se encheu de pessoas que se puseram à mesa.

Entrou, em seguida, o rei para ver os que estavam à mesa, e, dando com um homem que não vestia a túnica nupcial, - disse-lhe: Meu amigo, como entraste aqui sem a túnica nupcial? O homem guardou silêncio. - Então, disse o rei à sua gente: Atai-lhe as mãos e os pés e lançai-o nas trevas exteriores: aí é que haverá prantos e ranger de dentes; - porquanto, muitos há chamados, mas poucos escolhidos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 1 a 14.)

2. O incrédulo sorri desta parábola, que lhe parece de pueril ingenuidade, por não compreender que se possa opor tanta dificuldade para assistir a um festim e, ainda menos, que convidados levem a resistência a ponto de massacrarem os enviados do dono da casa. "As parábolas", diz ele, o incrédulo, "são, sem dúvida, imagens; mas, ainda assim, mister se torna que não ultrapassem os limites do verossímil".

Outro tanto pode ser dito de todas as alegorias, das mais engenhosas fábulas, se não lhes forem tirados os respectivos envoltórios, para ser achado o sentido oculto. Jesus compunha as suas com os hábitos mais vulgares da vida e as adaptava aos costumes e ao caráter do povo a quem falava. A maioria delas tinha por objeto fazer penetrar nas massas populares a idéia da vida espiritual, parecendo muitas ininteligíveis, quanto ao sentido, apenas por não se colocarem neste ponto de vista os que as interpretam.

Nesta parábola, por exemplo, Jesus compara o reino dos Céus, onde tudo e alegria e ventura, a um festim. Falando dos primeiros convidados, alude aos hebreus, que foram os primeiros chamados por Deus ao conhecimento da sua Lei. Os enviados do rei são os profetas que os vinham exortar a seguir a trilha da verdadeira felicidade; suas palavras, porém, quase não eram escutadas; suas advertências eram desprezadas; muitos foram mesmo massacrados, como os servos da parábola. Os convidados que se escusam, pretextando terem de ir cuidar de seus campos e de seus negócios, simbolizam as pessoas mundanas que, absorvidas pelas coisas terrenas, se conservam indiferentes às coisas celestes.

Era crença comum aos judeus de então que a nação deles tinha de alcançar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, não prometera a Abraão que a sua posteridade cobriria toda a Terra? Mas, como sempre, atendo-se à forma, sem atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominação efetiva e material.

Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras e politeístas. Se alguns homens superiores ao vulgo conceberam a idéia da unidade de Deus, essa idéia permaneceu no estado de sistema pessoal, em parte nenhuma foi aceita como verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que ocultavam seus conhecimentos sob um véu de mistério, impenetrável para as massas populares.

Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus. Foi daquele pequenino foco que partiu a luz destinada a espargir-se pelo mundo inteiro, a triunfar do paganismo e a dar a Abraão uma posteridade espiritual tão numerosa quanto as estrelas do firmamento. Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto exterior.

O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada pelas facções e dividida pelas seitas; a incredulidade atingira mesmo o santuário. Foi então que apareceu Jesus, enviado para os chamar à observância da Lei e para lhes rasgar os horizontes novos da vida futura. Dos primeiros a ser convidados para o grande banquete da fé universal, eles repeliram a palavra do Messias celeste e o imolaram. Perderam assim o fruto que teriam colhido da iniciativa que lhes coubera.

Fora, contudo, injusto acusar-se o povo inteiro de tal estado de coisas. A responsabilidade tocava principalmente aos fariseus e saduceus, que sacrificaram a nação por efeito do orgulho e do fanatismo de uns e pela incredulidade dos outros. São, pois, eles, sobretudo, que Jesus identifica nos convidados que recusam comparecer ao festim das bodas. Depois, acrescenta: "Vendo isso o Senhor mandou convidar a todos os que fossem encontrados nas encruzilhadas, bons e maus". Queria dizer desse modo que a palavra ia ser pregada a todos os outros povos, pagãos e idólatras, e estes, acolhendo-a, seriam admitidos ao festim, em lugar dos primeiros convidados.

Mas não basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o espírito. Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não há salvação.

Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que a guardam e a aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam dignos de entrar no reino dos céus!

Eis por que disse Jesus: Muitos serão os chamados e poucos os escolhidos.
Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 8 de maio de 2012

EM TODOS NÓS

Tema: Renovação Natural Em Nós Mesmos

Não podes negar que tiveste o espírito ferido, nos dias que se foram, em situações desagradáveis, das quais te ficou na memória a figura de alguém por presença difícil. Daí não se infere que devas carregar no coração o retrato desse alguém conservado em vinagre.

Importa reconhecer que renovação e entendimento são cultiváveis no solo da alma, como acontece a qualquer vegetal nobre que não prescinde da cuidadosa atenção do agricultor.

Estabelecido esse princípio, podemos iniciar o trabalho da rearmonização, imaginando que depois das situações desagradáveis, a que nos reportamos, é provável tenhamos ficado na lembrança da criatura categorizada por nós, na condição de presença difícil ainda.

Desse reconhecimento, será justo partir para a supressão definitiva do mal, afinando as cordas do sentimento pelo diapasão da tolerância, a fim de que não venhamos a falhar na execução da parte que nos compete, na orquestra da fraternidade humana, de que Jesus é para nós o Dirigente Perfeito.

Nesse sentido, vale refletir na presença dela, o Senhor, em nosso campo íntimo.

De ensinamento a ensinamento e de bênção a bênção, sem percebemos o mecanismo de semelhante metamorfose, o coração se nos transforma, se lhe aceitamos, em verdade, a liderança e a tutela.

Sombras de mágoas, preconceitos, ressentimentos, pontos de vista e opiniões descabidas vão cedendo lugar, na floresta de nossos pensamentos obscuros, a clareiras de luz que acabam por mostrar-nos a infantilidade e a inconveniência das nossas atitudes menos felizes, à frente do próximo.

Convençamo-nos de que o Cristo de Deus, que opera benditas renovações no templo de nossa vida interior, realiza esse mesmo trabalho no âmago dos outros.

Diante, assim, de nossos adversários, sejam eles quais forem, indiscutivelmente não será razoável adotar irresponsabilidade ou bajulação para com desequilíbrio ou leviandade, sob o pretexto de se estabelecer a concórdia, mas conservemos respeito e simpatia, orando por eles e abençoando-lhes a existência, na certeza de que o Senhor está agindo no coração deles e operando em silêncio, nas entranhas de nossa alma, renovando-nos e aprimorando-nos, de modo a que hoje, aqui, amanhã, mais tarde ou mais além, venhamos a reunir-nos todos, na posição de filhos de Deus, sem tisna de separatividade ou melindre, para trabalharmos, integrados finalmente uns com os outros, na construção do Reino do Amor.

Livro: Encontro Marcado – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 6 de maio de 2012

O IMPERATIVO DA AÇÃO

Explanavam os aprendizes, acaloradamente, sobre as necessidades de preparação para o Reino Divino.

Filipe, circunspecto, salientava o impositivo da meditação.

Tiago, o mais velho, opinava pelo retiro espiritual; os discípulos do movimento renovador, a seu ver, deviam isolar-se em zona inacessível ao pecado.

João optava pela adoração constante, chegando ao extremo de sugerir o abandono das atividades profissionais, por parte de cada um, a fim de poderem entoar hosanas contínuos ao Pai Amantíssimo.

Bartolomeu destacava a necessidade do jejum incessante, com abstenção de todo contacto com as pessoas impuras.

Chamado à manifestação direta pela palavra indagadora de Simão, Jesus perguntou, nominalmente:

— Pedro, qual é a água que desprende miasmas pestilênciais?

— Sem dúvida — respondeu o apóstolo, intrigado —, é a água estagnada, sem proveito.

Sorridente, dirigiu-se ao filho de Alfeu, indagando:

— Tiago, qual é o peixe que flutua inerte na onda? — É o peixe morto, Senhor — redargüiu o discípulo, desapontado.

— Bartolomeu, qual é a terra que se enche de matagais daninhos à plantação útil? O interpelado pensou, pensou e esclareceu:

— Indiscutivelmente, é a terra boa desprezada, porque o solo empedrado e áspero é quase sempre estéril.

O Mestre, evidenciando sincera satisfação, concentrou a atenção em Tadeu e inquiriu: Tadeu, qual é a túnica que se converte em ninho da traça destruidora?

— É a túnica não usada.

Endereçando expressivo gesto a Judas, interrogou: — Que acontece ao talento sepultado?

— Perde-se por inútil, Senhor.

Logo após, assinalou com o olhar um dos filhos de Zebedeu e falou, mais incisivo: — Tiago, onde se acoitam as serpentes e os lobos? — Nos lugares em ruína ou votados ao abandono.

— André — disse o Cristo, fixando o irmão de Pedro —, qual é, em verdade, a função do fermento?

— Mestre, a missão do fermento é dar vida ao pão.

Em seguida, pousando nos companheiros o olhar penetrante e doce, acrescentou, bem-humorado:

— O tempo está repleto de adoradores e a miséria rodeia Jerusalém.

Se a luz não serve para expulsar as trevas, se o pão deve fugir ao faminto e se o remédio precisa distanciar-se do enfermo, onde encontraremos proveito no trabalho a que nos propomos? O Reino Divino guarda o imperativo da ação por ordem fundamental.

Sigamos para diante e propaguemos a verdade salvadora, através dos pensamentos, das palavras, das obras e de nossas próprias vidas.

O Todo-Sábio criou a semente para produzir com o infinito.

Desce do alto a claridade do Sol cada dia para extinguir as sombras da Terra.

Não é outro o ministério da Boa Nova.

Amar, servindo, é venerar o Pai, acima de todas as coisas; e servir, amando, é amparar o próximo como a nós mesmos.

Pautar-se por estas normas, em nosso movimento de redenção, é praticar toda a Lei.

Livro: Jesus no Lar, lição 45 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
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sábado, 5 de maio de 2012

MÃE NATUREZA

CANTA, NATUREZA, CANTA !!!
CANTA COMO OS PASSARINHOS
ESTA CANÇÃO QUE NOS ENCANTA
E NOS TRANSMITE
DIVINOS CARINHOS.

MOSTRA A SUA BELEZA
E TODOS OS REQUINTES SEUS.
VENHA, ÓH MÃE NATUREZA
TRAZER-NOS AS BÊNÇÃOS DE DEUS

QUE AS FLORES DESTA POUSADA
DESABROCHEM EM CADA CORAÇÃO
E QUE AS CORES DESTA MORADA
ALEGREM A VIDA DOS
QUE AQUI ESTÃO.

QUE O NOSSO CRIADOR BENDITO
NOS SUPRA COM A SUA LUZ
E QUE O SEU AMOR INFINITO
NOS AUXILIE A ENCONTRAR JESUS.

CHORA, NATUREZA, CHORA!!
DE ALEGRIA E DE EMOÇÃO
POIS QUE ESTÁ CHEGANDO A HORA
DA HUMANIDADE ABRIR O CORAÇÃO.

VIBRA, NATUREZA, VIBRA!!
AO VER QUE OS HOMENS ESTÃO EVOLUINDO.
DEUS NOS ENVIA ESPÍRITOS
DE FIBRA QUE A AUXILIARÃO,
SEMPRE SORRINDO.

SAIBA, ÓH MÃE NATUREZA
QUE AS CRIANÇAS QUE ESTÃO
NASCENDO,VÊM PRA AMPARÁ-LA,
COM CERTEZA
E VÊ-LA FELIZ, SORRINDO E
CRESCENDO.

ÓH ! MÃE QUERIDA DESTE AMADO
LAR SUA BELEZA IRÁ PREVALECER.
A LUZ DO CRISTO NOS FARÁ MUDAR
E HAVEREMOS DE A FORTALECER.

SUAS FLORESTAS SERÃO BEM CUIDADAS.
AS SUAS ÁGUAS, MAIS CLARAS E PURAS,
AS MÃOS IGNÓBEIS SERÃO AFASTADAS
POR MÃOS FRATERNAS, FORTES E SEGURAS.

AS LEIS TERRENAS SE APROXIMARÃO
BEM MAIS DAS LEIS ETERNAS E DIVINAS.
OS POVOS NÃO MAIS DESTRUIRÃO
AS SUAS FONTES DE ÁGUAS CRISTALINAS.

O BOM SENSO E A EDUCAÇÃO
HÃO DE REINAR EM BREVE, NESTA TERRA.
NÃO MAIS VERÁ, ÓH MÃE, DESTRUIÇÃO !
OS HOMENS NÃO MAIS AMARÃO A GUERRA.

OS ANIMAIS TERÃO O NOSSO RESPEITO
E VIVERÃO EM NOSSA COMPANHIA
NÃO HAVERÁ MAIS NENHUM PRECONCEITO
SEREMOS “UNIÃO E HARMONIA”.

Médium: Roberto Ferreira
Fonte da imagem: Internet Google.