Todo conteúdo deste blog é publico.

Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

sábado, 29 de março de 2014

JESUS! MARIA!

Meu coração guarda escritos
E canta em doce harmonia
Estes dois nomes benditos:
Jesus! Maria!


Se o dia nasce e, na altura,
O sol formoso irradia,
Minh’alma acorda e murmura:
Jesus! Maria!


Se a noite desce e, tão brando,
O Sonho azul me inebria,
Sempre adormeço cantando:
Jesus! Maria!


Da ilusão se o sopro lindo
Todo o meu ser extasia,
Alegre digo, sorrindo:
Jesus! Maria!


Meu coração, quando pulsa,
Louco de dor e agonia,
Ainda grito convulsa:
Jesus! Maria!


Jesus! Maria! Invocando
Em vós o sol que alumia,
Quero morrer soluçando:
Jesus! Maria!


Auta de Souza

quinta-feira, 27 de março de 2014

CONTA PARTICULAR

“Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence!” – Jesus. (Lucas, 19:42).

A exclamação de Jesus, junto de Jerusalém, aplica-se muito mais ao coração do homem – templo vivo do Senhor – que à cidade de ordem material, destinada à ruína e à desagregação nos setores da experiência.

Imaginemos o que seria o mundo, se cada criatura conhecesse o que lhe pertence à paz íntima.

Em virtude da quase geral desatenção a esse imperativo da vida, é que os homens se empenham em dolorosos atritos, assumindo escabrosos débitos.

Atentemos para a assertiva do Mestre – “ao menos neste teu dia”.

Estas palavras convidam-nos a pensar na oportunidade de serviço de que dispomos presentemente e a refletir nos séculos que perdemos; compelem-nos a meditar quanto aos ensejo de trabalho, sempre aberto aos espíritos diligentes.

O homem encarnado dispõe dum tempo glorioso que é provisoriamente dele, que lhe foi proporcionado pelo Altíssimo em favor de sua própria renovação.

Necessário é que cada um conheça o que lhe toca à tranquilidade individual. Guarde cada homem digna atitude de compreensão dos deveres próprios e os fantasmas da inquietude estarão afastados.

Cuide cada pessoa do que se lhe refira à conta particular e dois terços dos problemas sociais do mundo surgirão naturalmente resolvidos.

Repara as pequeninas exigências de teu círculo e atende-as, em favor de ti mesmo.

Não caminharás entre as estrelas, antes de trilhares as sendas humildes que te competem.

Livro: Pão Nosso, lição 38 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 25 de março de 2014

AFIRMAÇÃO ESCLARECEDORA

“E não quereis vir a mim para terdes vida”. JESUS, (João, 5:40).

Quantos procuram a sublimação da individualidade precisam entender o valor supremo da vontade no aprimoramento próprio.

Os templos e as escolas do Cristianismo permanecem repletos de aprendizes que vislumbram os poderes divinos de Jesus e lhe reconhecem a magnanimidade, caminhando, porém, ao sabor de vacilações cruéis.

Creem e descreem, ajudam e desajudam, organizam e permutam, iluminam-se na fé e ensombram-se na desconfiança...

É que esperam a proteção do Senhor para desfrutarem o contentamento imediato no corpo, mas não querem ir até ele para se apossarem da vida eterna.

Pedem o milagre das mãos do Cristo, mas não lhe aceitam as diretrizes.

Solicitam-lhe a presença consoladora, entretanto, não lhe acompanham os passos.

Pretendem ouvi-lo, à beira do lago sereno, em preleções de esperança e conforto, todavia, negam-se a partilhar com ele o serviço da estrada, através do sacrifício pela vitória do bem. 

Cortejam-no em Jerusalém, adornada de flores, mas fogem aos testemunhos de entendimento e bondade, à frente da multidão desvairada e enferma.

Suplicam-lhe as bênçãos da ressurreição, no entanto, odeiam a cruz de espinhos que regenera e santifica.

Podem ir na vanguarda edificante, mas não querem.

Clamam por luz, divina, entretanto, receiam abandonar as sombras.

Suspiram pela melhoria das condições em que se agitam, todavia, detestam a própria renovação.

Vemos, pois, que é fácil comer o pão multiplicado pelo infinito amor do Mestre Divino ou regozijar-se alguém com a sua influência curativa, mas, para alcançar a Vida Abundante de que ele se fez o embaixador sublime, não basta a faculdade de poder e o ato de crer, mas também a vontade perseverante de quem aprendeu a trabalhar e servir, aperfeiçoar e querer.

Livro Fonte Viva, lição 36 – Médium: Chico Xavier - Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 22 de março de 2014

GUARDENOS O CUIDADO

...Mas nada é puro para os contaminados e infiéis. (Paulo. Tito, 1:15)

O homem enxerga sempre, através da visão interior.

Com as cores que usa por dentro, julga os aspectos de fora.

Pelo que sente, examina os sentimentos alheios.

Na conduta dos outros, supõe encontrar os meios e fins das ações que lhe são peculiares.

Daí, o imperativo de grande vigilância para que a nossa consciência não se contamine pelo mal.

Quando a sombra vagueia em nossa mente, não vislumbramos senão sombras em toda parte.

Junto das manifestações do amor mais puro, imaginamos alucinações carnais.

Se encontramos um companheiro trajado com louvável apuro, pensamos em vaidade.

Ante o amigo chamado á carreira pública, mentalizamos a tirania política.

Se o vizinho sabe economizar com perfeito aproveitamento da oportunidade, fixamo-lo com desconfiança e costumamos tecer longas reflexões em torno de apropriações indébitas.

Quando ouvimos um amigo na defesa justa, usando a energia que lhe compete, relegamo-lo, de imediato, à categoria dos intratáveis.

Quando a treva se estende, na intimidade de nossa vida, deploráveis alterações nos atingem os pensamentos.

Virtudes, nessas circunstâncias, jamais são vistas.

Os males, contudo, sobram sempre.

Os mais largos gestos de bênção recebem lastimáveis interpretações.

Guardemos cuidado toda vez que formos visitados pela inveja, pelo ciúme, pela suspeita ou pela maledicência.

Casos intrincados existem nos quais o silêncio é o remédio bendito e eficaz, porque, sem dúvida, cada espírito observa o caminho ou o caminheiro, segundo a visão clara ou escura de que dispõe.

Livro Fonte Viva, lição 34 – Médium: Chico Xavier - Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 20 de março de 2014

PARA OS MÉDIUNS

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS
  
8. Nos últimos tempos, diz o Senhor, difundirei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos, sonhos. Nesses dias, difundirei do meu Espírito sobre os meus servidores e servidoras, e eles profetizarão.
(Atos, cap. II, vv. 17 e 18.) (1)

(1) Confrontando o v. 18 de Atos, cap. II com o correspondente de Joel, II, 29, notamos que, na transcrição da profecia para o Novo Testamento, há uma diferença: Pela profecia, trata-se de servos e servas (escravos e escravas) dos homens e não de Deus, como se acha na transcrição. Eis o texto dos versículos, nas duas traduções mais modernas e fiéis: a Brasileira e a do Esperanto, as quais estão de acordo também com a Inglesa:

Joel, II, 29: "Também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito"- Atos, II, 18: "E, sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão."

Na tradução em Esperanto ainda está mais claro que se trata até dos escravos e escravas dos homens, e não de servos de Deus. Ei-la:

"Joel, II, 29: Ec sur la sklavojn kaj sur la sklavinoju Mi en tiutempo el versos Mian Spiriton!" - Atos, II, 18: "Kaj eê sur Miajn sklavojn kaj Miajn sklavinojn en tiutempo Mi elversos Mian spiriton, kaj ili profetos."

Até os escravos e escravas (dos homens) receberão o Espírito, não somente os servos e servas de Deus (sacerdotes e sacerdotisas). A profecia em sua forma original está-se cumprindo em nossos dias porque a mediunidade brota em todas as classes, até nas pessoas mais humildes e obscuras, e não somente, como faz supor o texto de Atos, entre os sacerdotes (servos de Deus). - Nota da Editora da FEB, em 1947.

9. PREFÁCIO. Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos, a fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade. Com esse objetivo é que os Espíritos se manifestam hoje em todos os pontos da Terra e a mediunidade se revela em pessoas de todas as idades e de todas as condições, nos homens como nas mulheres, nas crianças como nos velhos. É um dos sinais de que chegaram os tempos preditos.

Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da Natureza material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais. Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a mediunidade.

Os médiuns são os intérpretes incumbidos de transmitir aos homens os ensinos dos Espíritos; ou, melhor, são os órgãos materiais de que se servem os Espíritos para se expressarem aos homens por maneira inteligível. Santa é a missão que desempenham, visto ter por fim rasgar os horizontes da vida eterna.

Os Espíritos vêm instruir o homem sobre seus destinos, a fim de o reconduzirem à senda do bem, e não para o pouparem ao trabalho material que lhe cumpre executar neste mundo, tendo por meta o seu adiantamento, nem para lhe favorecerem a ambição e a cupidez.

Aí têm os médiuns o de que devem compenetrar-se bem, para não fazerem mau uso de suas faculdades. Aquele que, médium, compreende a gravidade do mandato de que se acha investido, religiosamente o desempenha. Sua consciência lhe profligaria, como ato sacrílego, utilizar por divertimento e distração, para si ou para os outros, faculdades que lhe são concedidas para fins sobremaneira sérios e que o põem em comunicação com os seres de além-túmulo.

Como intérpretes do ensino dos Espíritos, têm os médiuns de desempenhar importante papel na transformação moral que se opera.

Os serviços que podem prestar guardam proporção com a boa diretriz que imprimam às suas faculdades, porquanto os que enveredam por mau caminho são mais nocivos do que úteis à causa do Espiritismo.

Pela má impressão que produzem, mais de uma conversão retardam.

Terão, por isso mesmo, de dar contas do uso que hajam feito de um dom que lhes foi concedido para o bem de seus semelhantes.

O médium que queira gozar sempre da assistência dos bons Espíritos tem de trabalhar por melhorar-se. O que deseja que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça tem de se engrandecer moralmente e de se abster de tudo o que possa concorrer para desviá-la do seu fim providencial.

Se, às vezes, os Espíritos bons se servem de médiuns imperfeitos, é para dar bons conselhos, com os quais procuram fazê-los retomar a estrada do bem. Se, porém, topam com corações endurecidos e se suas advertências não são escutadas, afastam-se, ficando livre o campo aos maus. (Cap. XXIV, n° 11 e 12.)

Prova a experiência que, da parte dos que não aproveitam os conselhos que recebem dos bons Espíritos, as comunicações, depois de terem revelado certo brilho durante algum tempo, degeneram pouco a pouco e acabam caindo no erro, na vertigem, ou no ridículo, sinal incontestável do afastamento dos bons Espíritos.

Conseguir a assistência destes, afastar os Espíritos levianos e mentirosos tal deve ser a meta para onde convirjam os esforços constantes de todos os médiuns sérios. Sem isso, a mediunidade se torna uma faculdade estéril, capaz mesmo de redundar em prejuízo daquele que a possua, pois pode degenerar em perigosa obsessão.

O médium que compreende o seu dever, longe de se orgulhar de uma faculdade que não lhe pertence, visto que lhe pode ser retirada, atribui a Deus as boas coisas que obtém. Se as suas comunicações receberem elogios, não se envaidecerá com isso, porque as sabe independentes do seu mérito pessoal; agradece a Deus o haver consentido que por seu intermédio bons Espíritos se manifestassem.

Se dão lugar à crítica, não se ofende, porque não obra do seu próprio Espírito. Ao contrário, reconhece no seu íntimo que não foi um instrumento bom e que não dispõe de todas as qualidades necessárias a obstar a imiscuência dos Espíritos maus. Cuida, então, de adquirir essas qualidades e suplica, por meio da prece, as forças que lhe faltam.

10. Prece. - Deus onipotente, permite que os bons Espíritos me assistam na comunicação que solicito. Preserva-me da presunção de me julgar resguardado dos Espíritos maus; do orgulho que me induza em erro sobre o valor do que obtenha; de todo sentimento oposto à caridade para com outros médiuns. Se cair em erro, inspira a alguém a ideia de me advertir disso e a mim a humildade que me faça aceitar reconhecido a crítica e tomar como endereçados a mim mesmo, e não aos outros, os conselhos que os bons Espíritos me queiram ditar.

Se for tentado a cometer abuso, no que quer que seja, ou a me envaidecer da faculdade que te aprouve conceder-me, peço que ma retires, de preferência a consentires seja ela desviada do seu objetivo providencial, que é o bem de todos e o meu próprio avanço moral. Assim seja!


Fonte da imagem: Internet Google. 

terça-feira, 18 de março de 2014

A PANELA

A velha empregada de minha família era uma negra.

Chico, o neto dela – como é costume acontecer quando não temos irmãos, era o meu companheiro constante de brincadeiras e folguedos.

Em tudo quanto fazíamos, à parte de Chico era sempre a mais pesada, secundária e passiva.

Ele tinha sempre que dar e, nunca, que receber.

Um dia corri para casa, à saída da escola porque Chico e eu tínhamos projetado construir uma vala que fosse do poço à lavanderia.

Sem darmos por isso, cada um de nós assumiu logo o seu papel, como de costume.

Chico era o “condenado” a trabalhos forçados, suando e repetindo esforços. E eu o implacável guarda, com uma vara na mão!

A maneira como eu estava maltratando aquele menino negro, era quase digna de um adulto imbuído de preconceitos raciais.

Foi quando a nossa preta velha chamou-nos:

- Crianças, venham pôr a minha panela no fogão!

Corremos para a cozinha. A panela estava no chão e nós a agarramos com ambas as mãos. Mas com um grito a largamos, perplexos de que ela nos tivesse mandado pegar uma coisa que, era evidente que sabia, estava extremamente quente.

Em seguida, em graves brandas palavras, tão nítidas e simples que até hoje as posso escutar, partindo do fundo do tempo, disse-nos assim:

- Ora! Vocês dois se queimaram. Que coisa mais engraçada! A cor da pele de vocês é tão diferente, mas a dor que estão sentindo é igual para ambos, não é verdade?

Concordamos que sim.

E nunca mais pude me esquecer desse episódio que sem dúvida alguma, fez de mim uma pessoa diferente.

Da Obra: Para o resto da Vida de Wallace Leal V. Rodrigues.

Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 15 de março de 2014

Círculo Vicioso

Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:

- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela!

Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!

Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

- Misera! Tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume!

Mas o sol, inclinando a rutila capela:

 - Pesa-me esta brilhante aureola de lume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?


Machado de Assis

quinta-feira, 13 de março de 2014

BOA VONTADE

"Vede prudentemente como andais." Paulo – (Efésios, 5:15)

Boa vontade descobre trabalho.

Trabalho opera a renovação

Renovação encontra o bem.

O bem revela o espírito de serviço.

O espírito de serviço alcança a compreensão.

A compreensão ganha humildade.

A humildade conquista o amor.

O amor gera a renúncia.

A renúncia atinge a luz.

A luz realiza o aprimoramento próprio.

O aprimoramento próprio santifica o homem.

O homem santificado converte o mundo para Deus.

Caminhando prudentemente, pela simples boa vontade a criatura alcançará o Divino Reino da Luz.

Livro: Pão Nosso, lição 66 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 11 de março de 2014

MÁ VONTADE

"Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas."
– Paulo. (Efésios, 5:11)

Má vontade gera sombra.

A sombra favorece a estagnação.

A estagnação conserva o mal.

O mal entroniza a ociosidade.

A ociosidade cria a discórdia.

A discórdia desperta o orgulho.

O orgulho acorda a vaidade.

A vaidade atiça a paixão inferior.

A paixão inferior provoca a indisciplina.

A indisciplina mantém a dureza de coração.

A dureza de coração impõe a cegueira espiritual.

A cegueira espiritual conduz ao abismo.

Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas.

Livro: Pão Nosso, lição 67 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.