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segunda-feira, 28 de julho de 2014

SE EU NÃO FOSSE

Pedro foi à praia passear na casa de sua tia Sebastiana e logo saiu para conhecer as redondezas.

Voltou desanimado: como iria passar quinze dias sem amigos, sem vizinhos, sem brinquedos?!

Tia Sebastiana, notando a tristeza do sobrinho, sugeriu:

- Pedrinho, amanhã vá até o final da praia e ande por lá... Quem sabe encontrará um amigo para brincar.

No dia seguinte, Pedrinho, no final da praia, encontrou um barraco, ao lado de um velho barco.

Aproximando-se, vê Joãozinho, que voltava do serviço de engraxate, e com ele puxa conversa:

- Você mora aí?

- Moro. E você? É dessas bandas?

- Não, sou de São Paulo, da Capital. Estou passeando na casa de minha tia. Vamos brincar um pouco?

- Num dá!

- E amanhã!

- Só depois das quatro, pois estudo e trabalho.

- Então fica combinado, amanhã à tarde.

Seu Ferreira, velho pescador, cansado pela idade e pelo trabalho, ouvia a conversa de dentro do barco que lhe servia de morada, e falou consigo mesmo:

- Parece que o meu pequeno vizinho arrumou um novo amigo.

Na tarde seguinte, à hora combinada, chega Pedrinho.

- Joãozinho, de que vamos brincar?

- Você que sabe!

- Vamos catar conchinhas?

- Não quero não! Andei o dia inteiro por aí engraxando e carregando a caixa. Estou cansado.

- Então não sei.

- Vamos brincar de escolher o que queremos ser?

- Bom – disse Pedrinho -, em vez de criança, quero ser toda a areia da praia.

- Que bobo! Ser grãozinho de areia! Ninguém liga para areia, trazem até toalha para sentar em cima.

- Então quero ser o sol.

- Mais bobo ainda! O sol só aparece de dia e as pessoas se escondem dele embaixo do guarda sol.

Então quero ser a lua.

- Mas a lua é como o sol! É chato. Quando o sol vem ninguém se lembra da lua, e quando é noite ninguém lembra do sol.

- Ei, está difícil! Ah! Já sei. Quero ser Jesus!

Levando as mãos à cabeça, Joãozinho se espantou:

- Jesus! Mas tem que ser bom.

Quando bater numa face, tem que dar a outra também e, depois, ainda vem uns homens ruins e batem e te pregam numa cruz!

- Você tem razão! Pensando melhor... Quero ser... Deus!

- Deus!!!... – exclamou Joãozinho, não fala nada? Acho que te peguei!

Nesse instante, sai do barco o velho Ferreira.

- Quem quer ser Deus aí?

- Eu. Meu nome é Pedrinho.

- Olha, você ia trabalhar tanto.

Não ia ser fácil. Veja este mar, você deveria enchê-lo de peixes; olhe a natureza, os pássaros, as flores, quanto você teria que trabalhar.

- Quer dizer que Deus não tem descanso? Nem final de semana?

Nem feriado? Nem férias?

- Isso mesmo! Ele trabalha sem cessar, mantendo a vida e o universo.

Coçando a cabeça, Pedrinho concluiu:

- Pensando bem, acho que prefiro ser menino e criança.

E foram-se os dois pela praia dando gargalhadas.

Então, seu Ferreira, com os olhos em lágrimas, falou:

- Sabe, Deus? O Senhor é o único mesmo, sempre.

HISTORIAS DE TIAMARA.


Fonte do texto e imagem: Internet Google.

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