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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ESMAGAMENTO DO MAL

“E o Deus de paz esmagará em breve o Satanás debaixo dos vossos pés.” – Paulo. (Romanos, 16:20).

Em toda parte do Planeta se poderá reconhecer a luta sem tréguas, entre o bem e o mal.

Manifesta-se o grande conflito, sob as mais diversas formas, e, no turbilhão de seus movimentos, muitas almas sensíveis, de modo invariável, conservam-se na atitude de invocação aos gênios tutelares para que estes venham à arena combater os inimigos que as atordoam, prostrando-os de vez.

Solicitar auxílio ou recorrer à lei da cooperação representam atos louváveis do Espírito que identifica a própria fraqueza, contudo, insistir para que outrem nos substitua no esforço, que somente a nós outros cabe despender, demonstra falsa posição, suscetível de acentuar-nos as necessidades.

Satanás, representando o poder do mal, na vida humana, será esmagado por Deus; todavia, Paulo de Tarso define, com bastante clareza, o local da vitória divina.

O triunfo supremo verificar-se-á sob os pés do homem.

Quando a criatura, pela própria dedicação ao trabalho iluminativo, se entregar ao Pai, sem reservas, efetuando-lhe a vontade sacrossanta, com esquecimento do velho egoísmo animal, apreendendo a grandeza de sua posição de espírito eterno, atingirá a vitória sublime.

O Senhor Todo-Paternal já se entregou aos filhos terrestres, mas raros filhos se entregaram a Ele.

Indispensável, pois, não esquecer que o mal não será eliminado, a esmo, e sim debaixo dos pés de cada um de nós.

Livro: Pão Nosso, lição 27 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

PECADO E PECADOR

“Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem, é de Deus; mas quem faz o mal, não tem visto a Deus” – III João, 11.

A sociedade humana não deveria operar a divisão de si própria, como sendo um campo em que se separam bons e maus, mas sim viver qual grande família em que se integram os espíritos que começam a compreender o Pai e os que ainda não conseguiram pressenti-lo.

Claro que as palavras “maldade” e “perversidade” ainda comparecerão, por vastíssimos anos, no dicionário terrestre; todavia, é forçoso convir que a questão do mal vai obtendo novas interpretações na inteligência humana.

O evangelista apresenta conceito justo. João não nos diz que o perverso está exilado de nosso Pai, nem que se conserva ausente da Criação. Apenas afirma que “não tem visto a Deus”.

Isto não significa que devamos cruzar os braços, ante as ervas venenosas e zonas pestilenciais do caminho; todavia, obriga-nos a recordar que um lavrador não retira espinheiros e detritos do solo, a fim de convertê-lo em precipícios.

Muita gente acredita que o “homem caído” é alguém de deve ser aniquilado. Jesus, no entanto, não adotou esta diretriz. Dirigindo-se, amorosamente, ao pecador, sabia-se, antes de tudo, defrontado por enfermo infeliz, a quem não se poderia subtrair as características de eternidade.

Lute-se contra o crime, mas ampare-se a criatura que se lhe enredou nas malhas tenebrosas.

O Mestre indicou o combate constante contra o mal, contudo, aguarda a fraternidade legítima entre os homens por marco sublime do Reino Celeste.

Livro: Pão Nosso, lição 122 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

9 Mundos Superiores e Inferiores

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 3 – HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI

8 - A classificação de mundos inferiores e mundos superiores é antes relativa do que absoluta, pois um mundo é inferior ou superior em relação aos que se acham abaixo ou acima dele, na escala progressiva.

Tomando a Terra como ponto de comparação, pode fazer-se uma ideia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes no grau evolutivo dos povos selvagens e das nações bárbaras que ainda se encontram em nosso planeta, como restos do seu estado primitivo. Nos mundos mais atrasados, os homens são de certo modo rudimentares. Possuem a forma humana, mas sem nenhuma beleza; seus instintos são temperados por nenhum sentimento de delicadeza ou benevolência, nem pelas noções do justo e do injusto; a força bruta é sua única lei. Sem indústrias, sem invenções, dedicam sua vida à conquista de alimentos. Não obstante, Deus não abandona nenhuma de suas criaturas. No fundo tenebroso dessas inteligências encontra-se, latente, a vaga intuição de um Ser Supremo, mais ou menos desenvolvida. Esse instinto é suficiente para que uns se tornem superiores aos outros, preparando-se para a eclosão de uma vida mais plena. Porque eles não são criaturas degradadas, mas crianças que crescem.

Entre esses graus inferiores e mais elevados, há inumeráveis degraus, e entre os Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, é difícil reconhecer os que animaram os seres primitivos, da mesma maneira que, no homem adulto, é difícil reconhecer o antigo embrião.

9 – Nos mundos que atingiram um grau superior de evolução, as condições da vida moral e material são muito diferentes das que encontramos na Terra. A forma dos corpos é sempre, como por toda parte, a humana, mas embelezada, aperfeiçoada, e sobretudo purificada. O corpo nada tem da materialidade terrena, e não está, por isso mesmo sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações decorrentes do predomínio da matéria. Os sentidos, mais sutis, têm percepções que a grosseria dos nossos órgãos sufoca.

A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil. Em vez de se arrastarem penosamente sobre o solo, eles deslizam, por assim dizer, pela superfície ou pelo ar, pelo esforço apenas da vontade, à maneira das representações de anjos ou dos manes dos antigos nos Campos Elíseos. Os homens conservam à vontade os traços de suas existências passadas, e aparecem aos amigos em suas formas conhecidas, mas iluminadas por uma luz divina, transfiguradas pelas impressões interiores, que são sempre elevadas.

Em vez de rostos pálidos, arruinados pelos sofrimentos e as paixões, a inteligência e a vida esplendem, com esse brilho que os pintores traduziram pela auréola dos santos.

A pouca resistência que a matéria oferece aos Espíritos já bastante adiantados, facilita o desenvolvimento dos corpos e abrevia ou quase anula o período de infância. A vida; isenta de cuidados e angústias, é proporcionalmente muito mais longa que a da Terra. Em princípio, a longevidade é proporcional ao grau de adiantamento dos mundos. A morte não tem nenhum dos horrores da decomposição, e longe de ser motivo de pavor, é considerada como uma transformação feliz, pois não existem dúvidas quanto ao futuro. Durante a vida, não estando à alma encerrada numa matéria compacta, irradia e goza de uma lucidez que a deixa num estado quase permanente de emancipação, permitindo a livre transmissão do pensamento.

10 - Nos mundos felizes, a relação de povo para povo, sempre amigáveis, jamais são perturbadas pelas ambições de dominação e pelas guerras que lhes são consequentes. Não existem senhores nem escravos, nem privilegiados de nascimentos. Só a superioridade moral e intelectual determina as diferentes condições e confere a supremacia. A autoridade é sempre respeitada, porque decorre unicamente do mérito e se exerce sempre com justiça. O homem não procura elevar-se sobre o seu semelhante, mas sobre si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é atingir a classe dos Espíritos puros, e esse desejo incessante não constitui um tormento, mas uma nobre ambição, que o faz estudar com ardor para os igualar. Todos os sentimentos ternos e elevados da natureza humana apresentam-se engrandecidos e purificados. Os ódios, as mesquinharias dos ciúmes, as baixas cobiças da inveja, são ali desconhecidos. Um sentimento de amor e fraternidade une a todos os homens e os mais fortes ajudam os mais fracos. Suas posses são correspondentes às possibilidades de aquisição de suas inteligências, mas ninguém sofre a falta do necessário, porque ninguém ali se encontra em expiação. Em uma palavra, o mal não existe.

11 – No vosso mundo, tendes necessidade do mal para sentir o bem, da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde. Lá, esses contrastes não são necessários. A eterna luz, a eterna bondade, a paz eterna da alma, proporcionam uma alegria eterna, que nem as angústias da vida material, nem os contatos dos maus, que ali não tem acesso, poderiam perturbar. Eis o que o Espírito humano só dificilmente compreende. Ele foi engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas jamais pôde representar as alegrias do céu. E isso por que? Porque, sendo inferior, só tem experimentado penas e misérias, e não pode entrever as claridades celestes. Ele não pode falar daquilo que não conhece. Mas, à medida que se eleva e se purifica, o seu horizonte se alarga e ele compreende o bem que está à sua frente, como compreendeu o mal que deixou para trás.

12 – Esses mundos afortunados, entretanto, não são mundos privilegiados. Porque Deus não usa de parcialidade para nenhum de seus filhos. Dá a todos os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem até lá. Fez que todos partissem do mesmo ponto, e não dota a uns mais do que os outros. Os primeiros lugares são acessíveis a todos: cabe-lhes conquistá-los pelo trabalho, atingi-los o mais cedo possível, ou abandonar-se durante séculos e séculos no meio da escória humana.


Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

PORQUÊ?

Enquanto o ônibus deslizava de Nova Iorque para Miami, Adolph Hunt, proprietário de extensos pomares na Flórida, dizia para o companheiro de poltrona.

– Imagine você, Fred, que andam veiculando por aí supostos recados do Espírito de meu pai, falando em virtude e regeneração…

Aperfeiçoamento é negócio de tempo. Hoje em dia, qualquer menino sabe o que vem a ser evolução… Ora, se ninguém pode trair a obra gradativa do progresso, para que essa máquina aparatosa de Espíritos e médiuns, fenômenos e mensagens que o Espiritismo pretende acionar, no mundo, em nome de Deus e de imaginários Mensageiros Divinos?

Pode você dizer-me o que Deus tem lá com isso? Ou, ainda, que têm conosco os chamados Amigos Espirituais?

O interlocutor, encorajado pela atenção de outros ouvintes, gargalhava irônico e chancelava:

– Eu também creio assim… Estamos com Deus ou com a evolução…

Mediunidade é balela. Nem Deus e nem Espíritos interferirão com as leis da vida…

A conversa alongou-se, nesse tom, quando Adolph, chegado ao ponto de destino, veio a saber por um amigo que a sua maior estância havia sido varrida por violento furacão…

De pronto, valeu-se do automóvel e tocou para o sítio indicado e oh desolação! Centenas de árvores frutíferas, notadamente as laranjeiras de classe, jaziam mutiladas ou retorcidas, exigindo cuidados imediatos.

Terrivelmente surpreendido, ele, que acima de tudo amava o enorme pomar, convocou os filhos ausentes e os empregados de sua organização a trabalho reparador e, durante quatro dias compridos, nos quais ele próprio não descansou, a enorme chácara recebeu socorro e restauração.

Na quinta noite, após o desastre, quando pôde enfim entregar-se ao repouso, sonhou com o pai, a dizer-lhe com benevolente sorriso:

– Meu filho, se você, meus netos e os nossos cooperadores de serviço, imperfeitos como ainda são, se empenharam, com tanto carinho, pela salvação de um laranjal, porque negar a Deus, nosso Pai de Infinito Amor e aos Bons Espíritos, nossos Irmãos Maiores, o direito de se interessarem pela melhoria da Humanidade?

Adolph Hunt, retomou o corpo físico e prosseguiu escutando a voz paterna a se lhe entranhar na acústica da alma:

– Porquê? Porquê, meu filho?

Livro: Entre Irmãos de Outras Terras – Médium: Waldo Vieira – Espírito: Hilário Silva.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A Enfermeira do Além

Ela, a querida irmã desencarnada,
Fizera-se enfermeira,
Aliviava a dor, de estrada à estrada,
Era uma espécie de bondade inteira,
Socorrendo aos irmãos que a morte
Espalhava nas trevas...

Há trinta anos servia,
Sem escolher lugar, trabalho ou dias.
Naquele imenso mar de sombra, o tempo parecia,
Uma chaga mental sem esperança
De melhorar ou desaparecer...

Certa feita, contudo, a grande obreira alcança,
Uma estranha mulher, deitada numa furna;
Embora não tivesse a morada carnal,
Estava cega e só, deformada e ferida,
Patenteando a dor que lhe marcara a vida.

Ao ouvi-la gemer,
A irmã dos infelizes,
Pões-se, em campo, a cumprir,
O que considerava por dever.

Impressionada, ao vê-la de mais perto,
A missionária, indaga, a peito aberto:
- irmã, ouço-te o choro, há muitas horas,
Por que tens tanto fel nas lágrimas que choras?

A pobre murmurou, pausadamente:
- Ai de mim! O que sou e de onde venho?
A memória não dá para lembrar...
Sei mostrar simplesmente as misérias que eu tenho...

Há muitos anos, quantos já nem sei,
Fui menina feliz num grande lar...
Recordo muito mais as dores que causei...
Minha mãe me queria
Para exaltar a natureza,
Num misto de elegância e de beleza,
E falava que eu era uma rosa entre as rosas,
Fosse para enfeitar as festas deleitosas
Ou estender no mundo o aroma da alegria...

Minhas aspirações caíram, uma a uma,
Minha mãe não me quis em profissão alguma,
Vestia-me, orgulhosa, o corpo esbelto e fino,
Dizia que brilhar traçava-me o destino...

Casei-me, tive um filho e, depois de dez anos,
Troquei meu lar feliz por prazeres mundanos,
Meu esposo rogava o meu regresso em vão.
Meu filho fez-se logo um belo rapagão,
Vendo-me as aventuras, certo dia,
Ele, menino e moço, veio visitar-me,
Condenou-me os costumes sem alarme,
Falou e lamentou-se em voz severa,
De conhecer por mãe a mulher má que eu era...

De cabeça alterada em cocaína,
Revoltei-me, ataquei-o... Atrás de uma cortina
Apanhei um revolver no meu quarto,
Voltei à sala e apertei o gatilho,
Num tiro certo, assassinei meu filho!...
Depois de vê-lo morto, junto a mim,
Voltei a arma contra o próprio peito
E matei-me por fim!...

Em seguida, a pausa demorada,
Contou a própria vida e deu o próprio nome...
Na pavorosa mágoa que a consome
A mulher prosseguia, consternada:
- Nunca mais vi ninguém das pessoas que amei
Para mim, tudo é noite e a noite me carrega
Porque vivo sozinha, triste e cega
Decerto obedecendo alguma lei
Que não sei compreender nem explicar...

A enfermeira caiu em pranto ardente
E indagou da mulher, amargamente:
- E se encontrasses neste mar de trevas
Nos furacões de dor a que te levas
A mãe que te entregou à rebeldia,
Teu coração que chora a perdoaria?

- Nada tenho a perdoar –
Disse a pobre atada ao sofrimento –
Minha mãe era um anjo em forma de mulher,
Jamais a esquecerei, um momento sequer,
Ela vivia, em tudo, a trabalhar por mim
Não teve qualquer culpa de meu fim...

Se só me fez o bem, fui eu quem fiz o mal...
Do amor que ela me deu
Fiz todo um lamaçal...
Ninguém pode encontrar motivos de censura
No carinho de alguma criatura
Que nos dê uma lâmpada sublime,
Se lhe usarmos a luz para fazer um crime...

A enfermeira abraçou-a a encharcar-se de pranto
E quando a jovem triste e atormentada
Perguntou-lhe entre aflita e altamente intrigada,
Por que razão ela chorava tanto,
A benfeitora apenas respondeu:
- Deus louvado!... Encontrei o que procuro,
Venceremos na Terra do futuro,
Filha do coração, a tua mãe sou eu!...

Maria Dolores

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

MURMURAÇÕES

“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” – Paulo. (Filipenses, 2:14).

Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores. É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia.

Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso autoexame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.

Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.

É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta.

É fácil identificá-los. Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.

Lutemos; quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais. Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.

Livro: Pão Nosso, lição 75 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MONTURO

“Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” – Jesus. (Lucas, 14:35).

Segundo deduzimos, Jesus emprestou significação ao monturo.

Terra e lixo, nesta passagem, revestem-se de valor essencial. Com a primeira, realizaremos a semeadura, com a segunda é possível fazer a adubação, onde se faça necessária.

Grande porção de aprendizes, imitando a atitude dos fariseus antigos, foge ao primeiro encontro com as “zonas estercorárias” do próximo; entretanto, tal se verifica, porque lhes desconhecem as expressões proveitosas.

O Evangelho está cheio de lições, nesse setor do conhecimento iluminativo.

Se José da Galileia ou Maria de Nazaré simbolizam terras de virtudes fartas, o mesmo não sucede aos apóstolos que, a cada passo, necessitam do monturo de remorsos e fraquezas, propriamente humanos, a fim de fertilizarem o terreno empobrecido de seus corações. De quanto adubo dessa natureza precisaram Madalena e Paulo, por exemplo, até alcançarem a gloriosa posição em que se destacaram?

Transformemos nossas misérias em lições.

Identifiquemos o monturo que a própria ignorância amontoou em torno de nós mesmos, convertamo-lo em adubo de nossa “terra íntima” e teremos dado razoável solução ao problema de nossos grandes males.

Livro: Pão Nosso, lição 121 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

8 Diversas Categorias de Mundos Habitados

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 3 – HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI

3 – Do ensinamento dado pelos Espíritos, resulta que os diversos mundos possuem condições muito diferentes uns dos outros, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes.

Dentre eles, há os que são ainda inferiores à Terra, física e moralmente. Outros estão no mesmo grau, e outros lhe são mais ou menos superiores, em todos os sentidos. Nos mundos inferiores a existência é toda material, as paixões reinam soberanas, a vida moral quase não existe. À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de maneira que, nos mundos mais avançados, a vida é por assim dizer toda espiritual.

4 – Nos mundos intermediários, o bem e o mal se misturam, e um predomina sobre o outro, segundo o grau de adiantamento em que se encontrarem. Embora não possamos fazer uma classificação absoluta dos diversos mundos, podemos, pelo menos, considerando o seu estado e o seu destino, com base nos seus aspectos mais destacados, dividi-los assim, de um modo geral: mundos primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e de provas, em que o mal predomina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiações e de provas, e é por isso que nela está exposto a tantas misérias.

5 – Os Espíritos encarnados num mundo não estão ligados a ele indefinidamente, e não passam nesse mundo por todas as fases do progresso que devem realizar, para chegar à perfeição. Quando atingem o grau de adiantamento necessário, passam para outro mundo mais adiantado, e assim sucessivamente, até chegarem ao estado de Espíritos puros. Os mundos são as estações em que eles encontram os elementos de progresso proporcionais ao seu adiantamento. É para eles uma recompensa passarem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo prolongarem sua permanência num mundo infeliz, ou serem relegados a um mundo ainda mais infeliz, por se haverem obstinado no mal.


Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

VERDUGO E VÍTIMA



O rio transbordava.

Aqui e ali, na crista espumosa da corrente pesada, boiavam animais mortos ou deslizavam toras e ramarias.

Vazantes em torno davam expansão ao crescente lençol de massa barrenta.

Famílias inteiras abandonavam casebres, sob a chuva, carregando aves espantadiças, quando não estivessem puxando algum cavalo magro.

Quirino, o jovem barqueiro, que vinte e seis anos de sol no sertão haviam enrijado de todo, ruminava plano sinistro.

Não longe, em casinhola fortificada, vivia Licurgo, conhecido usurário das redondezas.

Todos o sabiam proprietário de pequena fortuna a que montava guarda vigilante.

Ninguém, no entanto, poderia avaliar-lhe a extensão, porque, sozinho envelhecera e sozinho atendia às próprias necessidades.

- “O velho – dizia Quirino de si para consigo – será atingido na certa. É a primeira vez que surge uma cheia como esta. Agarrado aos próprios haveres será levado de roldão… E se as águas devem acabar com tudo, porque não me beneficiar? O homem já passou dos setenta… Morrerá a qualquer hora. Se não for hoje, será amanhã, depois de amanhã… E o dinheiro guardado? Não poderia servir para mim, que estou moço e com pleno direito ao futuro?…”

O aguaceiro caía sempre, na tarde fria.

O rapaz, hesitante, bateu à porta da choupana molhada.

- “Seu” Licurgo! “Seu” Licurgo!…

E, ante o rosto assombrado do velhinho que assomara à janela, informou:

- Se o senhor não quer morrer, não demore. Mais um pouco de tempo e as águas chegarão.

Todos os vizinhos já se foram…

Não, não… – resmungou o proprietário -, moro aqui há muitos anos.

Tenho confiança em Deus e no rio… Não sairei.

- Venho fazer-lhe um favor…

- Agradeço, mas não sairei.

Tomado de criminoso impulso, o barqueiro empurrou a porta mal fechada e avançou sobre o velho, que procurou em vão reagir.

- Não me mate assassino!

A voz rouquenha, contudo, silenciou nos dedos robustos do jovem.

Quirino largou para um lado o corpo amolecido, como traste inútil, arrebatou pequeno molho de chaves do grande cinto e, em seguida, varejou todos os escaninhos…

Gavetas abertas mostravam cédulas mofadas, moedas antigas e diamantes, sobretudo diamantes.

Enceguecido de ambição, o moço recolhe quanto acha.

A noite chuvosa descerra completa…

Quirino toma os despojos da vítima num cobertor e, em minutos breves, o cadáver mergulha no rio.

Logo após, volta à casa despovoada, recompõe o ambiente e afasta-se, enfim, carregando a fortuna.

Passado algum tempo, o homicida não vê que uma sombra se lhe esgueira à retaguarda.

É o Espírito de Licurgo, que acompanha o tesouro.

Pressionado pelo remorso, o barqueiro abandona a região e instala-se em grande cidade, com pequena casa comercial, e casa-se, procurando esquecer o próprio arrependimento, mas recebe o velho Licurgo, reencarnado, por seu primeiro filho…

Livro: Contos Desta e Doutra Vida – Médium: Chico Xavier – Espírito Humberto de Campos.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 7 de novembro de 2015

A Lição da Cancela

Enquanto brincava Alberto
Junto aos bancos do portal,
O touro bravio e forte
Avançou para o quintal.

O pequeno quis correr
Tentando defesa incerta,
Mas o touro atravessara
A grande cancela aberta.

Canteiros e vasos lindos,
Floridos e bem cuidados,
No curso de alguns momentos
Jaziam espatifados.

Alberto não resistiu
Ver a sanha do animal.
E, em pranto de desespero,
Busca a saia maternal.

Dona Gertrudes, porém,
Que via, aflita, o jardim,
Num gesto de proteção
Toma o filho e diz-lhe assim:

Vês, Alberto, as nossas flores,
Tombando, desprotegidas?
Sob os olhos, temos hoje
O quadro de nossas vidas.

Recorda; filho, que o touro,
Em força desesperada,
Penetrou-nos o jardim
Pela porta descuidada.

Notaste, neste desastre,
A lição que é forte e bela?
O touro nunca entraria
Se guardasses a cancela.

E, ao passo que o pequenino,
Ouviu com atenção,
A mãezinha concluía
A doce observação.

Quem deseje conservar
As luzes do sentimento
Necessita resguardar
A porta do pensamento.

Em nossa estrada, meu filho...
Há monstros destruidores...
Defendamos a cancela
Que protege nossas flores.


Autor: João de Deus

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CONCILIAÇÃO

“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça, e te encerrem na prisão.” – Jesus. (Mateus, 5:25).

Muitas almas enobrecidas, após receberem a exortação desta passagem, sofrem intimamente por esbarrarem com a dureza do adversário de ontem, inacessível a qualquer conciliação.

A advertência do Mestre, no entanto, é fundamentalmente consoladora para a consciência individual.

Assevera a palavra do Senhor – “concilia-te”, o que equivale a dizer “faze a tua parte”.

Corrige quanto for possível, relativamente aos erros do passado, movimenta-te no sentido de revelar a boa vontade perseverante.

Insiste na bondade e na compreensão.

Se o adversário é ignorante, medita na época em que também desconhecias as obrigações primordiais e observa se não agiste com piores características; se é perverso, categoriza-o à conta de doente e dementado em vias de cura.

Faze o bem que puderes, enquanto palmilhas os mesmos caminhos, porque se for o inimigo tão implacável que te busque entregar ao juiz, de qualquer modo, terás então igualmente provas e testemunhos a apresentar. Um julgamento legítimo inclui todas as peças e somente os espíritos francamente impenetráveis ao bem, sofrerão o rigor da extrema justiça.

Trabalha, pois, quanto seja possível no capítulo da harmonização, mas se o adversário te desdenha os bons desejos, concilia-te com a própria consciência e espera confiante.

Livro: Pão Nosso, lição 120 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

CONFORME O AMOR

“Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem o Cristo morreu.” – Paulo. (Romanos, 14:15).

Preconceitos dogmáticos fazem vítimas, em todos os tempos, e os herdeiros do Cristianismo não faltaram nesse concerto de incompreensão.

Ainda hoje os processos sectários, embora menos rigorosos nas manifestações, continuam ferindo corações e menosprezando sentimentos.

Noutra época, os discípulos procedentes do Judaísmo provocavam violentos atritos, em face das tradições referentes à comida impura; agora, não temos o problema das carnes sacrificadas no Templo; entretanto, novos formalismos religiosos substituíram os velhos motivos de polêmica e discordância.

Há sacerdotes que só se sentem missionários em celebrando os ofícios que lhes competem e crentes que não entendem a meditação e o serviço espiritualizante senão nas horas domingueiras, com a prece em exclusiva atitude corporal.

O discípulo que já conseguiu sobrepor-se a semelhantes barreiras deve cooperar em silêncio para estender os benefícios de sua vitória.

Constituiria absurdo transpor o obstáculo e continuar, deliberadamente, nas demonstrações puramente convencionalistas, mas seria também ausência de caridade atirar impropérios aos pobres irmãos que ainda se encontram em angustiosos conflitos mentais por encontrarem a si mesmos, dentro da ideia augusta de Deus.

Quando reparares algum amigo, prisioneiro dessas ilusões; recorda que o Mestre foi igualmente à cruz por causa dele. Situa a bondade à frente da análise e a tua observação será construtiva e santificante.

Toda vez que houver compreensão no cântaro de tua alma, encontrarás infinitos recursos para auxiliar, amar e servir.

Livro: Pão Nosso, lição 83 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.