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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

SUPORTEMOS

"Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita..." (Tiago 1:4)

Detém-te um minuto no torvelinho das preocupações costumeiras e repara que deves o próprio equilíbrio à Paciência divina, a sustentar-nos em cada instante da vida, através de mil modos.

Muita gente, talvez, em te fitando na ternura do recém-nato, duvidasse da tua capacidade de sobreviver para a existência terrestre, mas Deus teve paciência contigo e conferiu-te o devotamento materno que te ajudou a ativar as energias do próprio corpo.

Entendidos em psicologia, em te anotando a intempestividade infantil, provavelmente desconfiaram da tua possibilidade de alfabetização, mas Deus teve paciência contigo e concedeu-te a heroica ternura de professores abnegados que te abriram novos horizontes no campo da educação.

E a paciência do Senhor, cada dia, permite generosa, que tales plantas inermes, que te assenhoreis do suor e do sangue dos animais, que te apropries das forças da Natureza e que te valhas, indiscriminadamente, do concurso dos semelhantes para que te alimentes e mediques, restaures e instruas.

Lembra-te dessa Paciência Perfeita que te beneficia, e cultiva paciência para com os outros.

O companheiro cuja aspereza te ofende e o aprendiz cuja insipiência te irrita são irmãos que te rogam cooperação, e entendimento, e quantos te caluniem ou apedrejem são doentes que te pedem simpatia e consolo...

Mas para que colabores e compreendas, harmonizes e reconfortes é necessário que a tolerância construtiva te alente os passos.

À frente dos óbices de todo gênero, guarda a paciência que ajuda, e, diante dos ataques de toda ordem, cultiva a paciência que esquece.

Escuda-te, pois, na paciência para com todos, sem jamais te esqueceres de que a alegria dos homens é a Paciência de Deus.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 55 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

ENTENDIMENTO

“Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento.” – Paulo. (Romanos, 12:2).

Quando nos reportamos ao problema da transformação espiritual, a comunidade dos discípulos do Evangelho concorda conosco, quanto a semelhante necessidade, mas nem todos demonstram perfeita compreensão do assunto.

No fundo, todos anelam a modificação, no entanto, a maioria não aspira senão à mudança de classificação convencional.

Os menos favorecidos pelo dinheiro buscam escalar o domínio das possibilidades materiais, os detentores de tarefas humildes pleiteiam as grandes posições e, num crescendo desconcertante, quase todos pretendem a transformação indébita das oportunidades a que se ajustam, mergulhando na desordem inquietante.

A renovação indispensável não é de plano exterior flutuante.

Transformar-se-á o cristão devotado, não pelos sinais externos, e sim pelo entendimento, dotando a própria mente de nova luz, em novas concepções.

Assim como qualquer trabalho terrestre pede a sincera aplicação dos aprendizes que a ele se dedicam, o serviço de aprimoramento mental exige constância de esforço no bem e o conhecimento.

Ainda aqui, é forçoso reconhecer que a disciplina entrará com fatores decisivos.

Não te cristalizes, pois, em falsas noções que já te prejudicaram o dia de ontem.

Repara a estrutura dos teus raciocínios de agora, ante as circunstâncias que te rodeiam.

Pergunta a ti próprio quanto ganhaste no Evangelho para analisar retamente esse ou aquele acontecimento de teu caminho.

Faze isto e a Bondade do Senhor te auxiliará na esclarecedora resposta a ti mesmo.

Livro: Pão Nosso, lição 167 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

NO SOLO DO ESPÍRITO

"E outra caiu em boa terra e deu fruto; um a cem, outro a sessenta e outro a trinta" - Jesus (Mateus, 13:8)

Referindo-nos à parábola do semeador, narrada pelo Divino Mestre, lembremo-nos de que o campo da vida é assim como a terra comum.

Nele encontramos criaturas que expressam glebas espirituais de todos os tipos.

Homens-calhaus...

Homens-espinheiros...

Homens-milhafres...

Homens-parasitas...

Homens-charcos...

Homens-furnas...

Homens-superfícies...

Homens-obstáculos...

Homens-venenos...

Homens-palhas...

Homens-sorvedouros...

Homens-erosões...

Homens-abismos...

Mas surpreendemos também, com alegria, os homens-searas, aqueles que reunindo consigo o solo produtivo do caráter reto, a água pura dos sentimentos nobres, o adubo da abnegação, a charrua do esforço próprio e o suor do trabalho constante, sabem albergar as sementes divinas do conhecimento superior, produzindo as colheitas do bem para os semelhantes.

Reparemos a vasta paisagem que nos rodeia, através da meditação, e, com facilidade, por nossa atitude perante os outros, reconheceremos de pronto que espécie de terreno estamos sendo nós.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 51 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CONFIEMOS ALEGREMENTE

“Regozijai-vos sempre.” – Paulo. (I TESSALONICENSES, 5:16.)

Lembra-te das mercês que o Senhor te concede pelos braços do tempo e espalha gratidão e alegria onde estiveres...

Repara as forças da Natureza, a emergirem, serenas, de todos os cataclismos.

Corre a fonte cantando pelo crivo do charco.

Sussurra a brisa melodias de confiança após a ventania destruidora...

A árvore multiplica flores e frutos, além da poda...

Multidões de estrelas rutilam sobre as trevas da noite...

E cada manhã, ainda mesmo que os homens se tenham valido da sombra para enxovalhar a terra com o sangue do crime, volve o Sol, em luminoso silêncio, acalentando homens e vermes, montes e furnas.

Ainda mesmo que o mal te golpeie transitoriamente o corarão, recorda os bens que te compõem a riqueza da saúde e da esperança, do trabalho e do amor, e rejubila-te, buscando a frente...

Tédio é deserção.

Pessimismo é veneno.

Encara os obstáculos de ânimo firme e estampa o otimismo em tua alma para que não fujas aos teus próprios compromissos perante a vida.

Serenidade em nós é segurança nos outros.

O sorriso de paz é arco-íris no céu de teu semblante.

“Regozijai-vos sempre” – diz-nos o apóstolo Paulo.

E acrescentamos:

– Rejubilemo-nos em tudo com a Vontade de Deus, porque a Vontade de Deus significa Bondade Eterna.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 50 – Médium: Chico Xavier - Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 22 de outubro de 2016

Confidência

Se eu pudesse, Jesus,
Desejava esquecer
A minha imperfeição,
A fim de ser contigo,
Onde houvesse aflição,
O suave calor
Do braço terno e amigo
Que derrame esperança em todo o sofrimento
De modo que, na Terra,
Ninguém padeça em vão.

Queria ser
Uma chama de fé, ao longo do caminho,
Um pingo de bondade a descer persistente
Sobre a rocha do mal em que a treva se fez,
Queria ser migalha de conforto
A todo o coração que esta sozinho,
Proteção a orfandade,
Companhia a viuvez.

Queria ser a brisa
Que refrigera a mente em cansaço profundo,
Combalida na prova
Quando a tristeza vem,
Queria ser a escora pequenina,
Que sustentasse os náufragos do mundo,
Para regresso a vida nova,
Pelas vias do bem.

Queria ser a força do silencio
Que verte do sorriso de brandura
A suprimir o incêndio da revolta
De quem desespera ou se maldiz;
Queria ser o beijo da alma boa
Que seca o pranto de quem se tortura,
Ante os golpes de lama
Da calunia infeliz.

Queria ser a prece que afervora
E alivia o doente,
Socorro, de algum modo, a retratar-se,
Queria ser, enfim, ao teu lado, Senhor,
Alguém que se olvidasse, inteiramente,
Dia a dia, hora a hora,
A fim de ser contigo, em toda parte,
Uma benção de amor.


Autora: Maria Dolores

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

CURA DO ÓDIO

“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” – Paulo. (romanos, 12:20.)

O homem, geralmente, quando decidido ao serviço do bem, encontra fileiras de adversários gratuitos por onde passe, qual ocorre à claridade invariavelmente assediada pelo antagonismo das sombras.

As vezes, porém, seja por equívocos do passado ou por incompreensões do presente, é defrontado por inimigos mais fortes que se transformam em constante ameaça à sua tranqüilidade.

Contar com inimigo desse jaez é padecer dolorosa enfermidade no íntimo, quando a criatura ainda não se afeiçoou a experiências vivas no Evangelho.

Quase sempre, o aprendiz de boa-vontade desenvolve o máximo das próprias forças a favor da reconciliação; no entanto, o mais amplo esforço parece baldado. A impenetrabilidade caracteriza o coração do outro e os melhores gestos de Amor passam por ele despercebidos.

Contra essa situação, todavia, o Livro Divino oferece receita salutar.

Não convém agravar atritos, desenvolver discussões e muito menos desfazer-se a criatura bem-intencionada em gestos bajulatórios.

Espere-se pela oportunidade de manifestar o bem.

Desde o minuto em que o ofendido esquece a dissensão e volta ao Amor, o serviço de Jesus é reatado; entretanto, a visão do ofensor é mais tardia e, em muitas ocasiões, somente compreende a nova luz, quando essa se lhe converte em vantagem ao círculo pessoal.

Um discípulo sincero do Cristo liberta-se facilmente dos laços inferiores, mas o antagonista de ontem pode persistir muito tempo, no endurecimento do coração. Eis o motivo pelo qual dar-lhe todo o bem, no momento oportuno, é amontoar o fogo renovador sobre a sua cabeça, curando-lhe o ódio cheio de expressões infernais.

Livro: Pão Nosso, lição 166 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

30 Pecado por Pensamento e Adultério

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 8 – Bem Aventurados os Puros de Coração

5 – Ouvistes que foi dito aos antigos: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela. (Mateus, V: 27-28).

6 – A palavra adultério não deve ser aqui entendida no sentido exclusivo de sua acepção própria, mas com sentido mais amplo. Jesus a empregou frequentemente por extensão, para designar o mal, o pecado, e todos os maus pensamentos, como, por exemplo, nesta passagem: “Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vierem na glória de seu Pai, acompanhado dos santos anjos”. (Marcos, VIII: 38).

A verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, pois aquele que tem o coração puro nem sequer pensa no mal. Foi isso que Jesus quis dizer, condenando o pecado, mesmo em pensamento, porque ele é um sinal de impureza.

7 – Este princípio leva-nos naturalmente a esta questão: Sofrem-se as consequências de um mau pensamento que não se efetivou?

Temos de fazer aqui uma importante distinção. À medida que a alma, comprometida no mau caminho, avança na vida espiritual, vai-se esclarecendo, e pouco a pouco se liberta de suas imperfeições, segundo a maior ou menor boa-vontade que emprega, em virtude do seu livre arbítrio. Todo mau pensamento é, portanto o resultado da imperfeição da alma. Mas, de acordo com o desejo que tiver de se purificar, até mesmo esse mau pensamento se torna para ela um motivo de progresso, porque o repele com energia. É o sinal de uma mancha que ela se esforça por apagar. Assim, não cederá à tentação de satisfazer um mau desejo, e após haver resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.

Aquela que, pelo contrário, não tomou boas resoluções, ainda busca a ocasião de praticar o mau ato, e se não o fizer, não será por não querer, mas apenas por falta de circunstâncias favoráveis. Ela é, portanto, tão culpada, como se o houvesse praticado.

Em resumo: a pessoa que nem sequer concebe o mau pensamento, já realizou o progresso; aquela que ainda tem esse pensamento, mas o repele, está em vias de realizá-lo; e por fim, aquela que tem esse pensamento e nele se compraz, ainda está sob toda a força do mal.

Numa, o trabalho está feito; nas outras, está por fazer. Deus, que é justo, leva em conta todas essas diferenças, na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem.


Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A Festança

História baseada na passagem da bíblia: "Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva, porque todos os outros deram de sua abundância, mas esta deu da sua indigência". (Lucas 21:3 e 4).

Certa vez, num reino distante, o povo resolveu fazer uma festa. Mas tinha que ser uma festa de arromba, daquelas de ninguém botar defeito!

Então, o habitante mais velho do lugar, que era sábio, teve uma ideia:

- Para a festança ser um sucesso era só cada um dar uma coisa para ajudar!

O Rei, que era muito poderoso, tinha dezenas de castelos de mármore, com ouro e pedras preciosas. Resolveu então dar o menor deles (que tinha apenas 100 quartos) para servir de salão de festa.

Todo o povo comentou:

- Oh! Como o rei é generoso!

O duque tinha uma fazenda tão grande que para atravessá-la a cavalo se demorava 1 mês. Lá viviam milhares de cabeças de gado.

O duque mandou avisar que tinha 80 bois para fazer churrasco.

Todo mundo dizia:

- Oh! Como o duque é generoso!

O barão também tinha muitas terras onde praticava lavoura. Todos os anos centenas e centenas de caminhões deixavam a fazenda carregados de arroz para vender nas cidades.

O barão mandou entregar 50 kg de arroz para cozinhar para a festa.

Só se ouvia o povo comentar:

- Oh! Como o barão é generoso!

Um sitiante que não era nobre, mas era muito rico, mandou colher 40 pés de alface para que houvesse salada na festa.

- Oh! Como o sitiante é generoso! Exclamavam as pessoas.

O dono da confeitaria tinha uma boa renda. Não lhe faltava nada. Morava numa bela casa e seus filhos tinham muitos brinquedos. Seu presente para a festa foi um lindo bolo confeitado. E todos diziam:

- Oh! Como o confeiteiro é generoso!

Assim também o dono do bar, que vivia confortavelmente, mandou entregar a festa 2 barris de Chopp, enquanto ouvia o povo:

- Oh! Como o bodegueiro é generoso!

E assim todos foram dando alguma coisa.

Ora, neste reino vivia também uma pobre viúva que só tinha de seu um coelhinho que lhe fazia companhia. Lavava roupa para fora em troca de comida e vivia em um casebre.

- Eu queria tanto ir nesta festa! Nunca fui a nenhuma, mas o que eu poderia dar para ajudar?

Foi então na hortinha no fundo do quintal, mas só achou 4 cenouras.

Pegou 2 e deu ao coelhinho e ficando sem comer, levou as outras duas para entregar a festa.

Quando a viúva entregou as cenouras, a zombaria foi enorme:

- Que ridículo! Essa viúva não se enxerga!

- A senhora pensa que vamos deixar entrar dando só 2 cenouras?

Está louca!

Mas então, o velho sábio foi para o meio da multidão e disse:

- Meus filhos! Vocês estão enganados! O rei tem muitos palácios e nem conhece todos eles. Vive reclamando que tem que pagar muitos criados para limpa-los. Ele nos deu o menor e o mais sujo. Vocês acham que o rei deu muito?

- O duque tem tantos bois que o pasto não dá bem para todos. Alguns acabam morrendo de fraqueza. Ele pegou os 80 mais magros e deu para a festa. Vocês acham que o duque deu muito?

- A produção de arroz do barão é tão grande que ele não tem celeiros suficientes para guardar. Uma grande quantidade sempre acaba mofando. Ele pegou uma parte do arroz que ia estragar e nos deu.

Vocês acham que o barão deu muito?

- Assim também o sitiante nos mandou o alface que ele não teve tempo de tratar e os insetos acabariam comendo.

Vocês acham que o sitiante deu muito?

- O confeiteiro todos os dias faz bolos para colocar na vitrine e fazer propaganda de sua loja. Mas nunca vende todos e alguns acabam indo fora. Então ele pegou um bolo amanhecido e o trouxe aqui.

Vocês acham que o confeiteiro deu muito?

- O Chopp também não pode ser guardado por muito tempo e o dono do bar bebe tanto que os barris que ele deu, mal chegarão para ele mesmo.

Vocês acham que ele deu muito?

- Olhem agora a pobre viúva. Não tem nada, a não ser o coelhinho que trata com todo carinho. Qualquer outro já o teria comido assado. O que ela fez? Alimentou o bichinho e ficando sem comer trouxe a única coisa que ela tinha para doar a festa.

- Ora, todos os outros deram daquilo que não lhes fazia falta, que estava sobrando, que iam jogar fora.

Respondam então: quem foi que deu mais?


Autoria Desconhecida. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

FALSOS DISCURSOS

“E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” – Tiago, 1:22

Nunca é demasiado comentar a importância e o caráter sagrado da palavra.

O próprio Evangelho assevera que no princípio era o Verbo, e quem examine atentamente a posição atual do mundo reconhecerá que todas as situações difíceis se originam no poder verbalista mal aplicado.

Falsos discursos enganaram indivíduos, famílias e nações.

Acreditaram alguns em promessas vãs, outros em teorias falaciosas, outros, ainda, em perspectivas de liberdade sem obrigações. E raças, agrupamentos e criaturas, identificando a ilusão, atritam-se, mutuamente, procurando a paternidade das culpas.

Muito sangue e muita lágrima têm custado a criação do verbo humano. Impossível, por agora, computar esse preço doloroso ou determinar quanto tempo se fará necessário ao resgate preciso.

No turbilhão das lutas, todavia, o amigo do Cristo pode valer-se do tesouro evangélico, em proveito de sua esfera individual.

Cumprir a palavra do Mestre em nós é o programa divino.

Sem a execução desse plano de salvação, os demais serviços sob nossa responsabilidade constituirão sublimada teologia; raciocínios brilhantes; magnífica literatura, muita admiração e respeito do campo inferior do mundo, mas nunca a realização necessária.

Eis o motivo pelo qual é sempre perigoso estacionar, no caminho, a ouvir quem foge à realidade de nossos deveres.

Livro: Pão Nosso, lição 165 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

NA TAREFA DA PAZ

..."A minha paz vos dou"... (Jesus)

Todos ambicionam a paz. Raros ajudam-na.

Que fazes por sustentá-la?

Recorda que a segurança dos aparelhos mais delicados depende, quase sempre, de parafusos pequeninos ou de junturas inexcedivelmente singelas.

Não haverá tranquilidade no mundo, sem que as nações pratiquem a tolerância e a fraternidade.

E se a nação é conjunto de cidades, a cidade é um agrupamento de lares, tanto quanto o lar é um ninho de corações.

A harmonia da vida começará desse modo, no íntimo de nossas próprias almas ou toda harmonia aparente na paisagem humana será sempre simples jogo de inércia.

Comecemos, pois, a sublime edificação no âmago de nós mesmos.

Não transmitas o alarme da crítica, nem estendas o fogo da crueldade.

Inicia o teu apostolado de paz, calando a inquietação no campo do próprio ser.

Onde surjam razões de queixa, sê a cooperação que restaura o equilíbrio; onde medrem espinhos de sofrimento, sê a consolação que refaz a esperança.

Detém-te na Tolerância Divina, e renova para todas as criaturas de teu círculo as oportunidades do bem.

Reafirma o compromisso de servir, silenciando sempre onde não possas agir em socorro do próximo.

Ao preço da própria renunciação, disse-nos o Senhor:

- "A minha paz vos dou"...

E para que a paz se faça, na senda em que marchamos, é preciso que à custa de nosso próprio esforço se faça a paz em nós, a fim de que possamos irradiá-la, em tudo, no amparo vivo aos outros.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 46 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

ESTEJAMOS EM PAZ

“Paz seja convosco”. – Jesus. (JOAO, 20:19.)

Rujam tempestades em torno de teu caminho, tranquiliza o coração e segue em paz na direção do bem.

Não carregues no pensamento o peso morto da aflição inútil.

Refugia-te na cidadela interior do dever retamente cumprido e entrega à Sabedoria Divina a ansiedade que te procura, à feição de labareda invisível.

Se alguém te recusa, aquieta-te e ora em favor dos irmãos desorientados e infelizes.

Se alguma circunstância te contraria, asserena tua alma e espera que os acontecimentos te favoreçam.

Lembra-te de que és chamado a viver um só dia de cada vez, sempre que o Sol se levante.

E por mais amplas se te façam as possibilidades, tornarás uma só refeição e vestirás um só traje de cada vez nas tarefas de cada dia.

Embora te atormentes pela claridade diurna, a alvorada não brilhará antes da hora prevista, e embora te interesses pelo fruto de determinada árvore, não chegarás a colhê-la, antes do justo momento.

A pretexto, porém, de garantir a própria serenidade, não te demores na inércia.

Mentaliza o bem e prossegue na construção do melhor, como quem sabe que a colheita farta pede terra abençoada pela charrua.

Sejam quais forem as tuas dificuldades, lembra-te de que a paz é a segurança da vida.

Não nos esqueçamos de que, na hora da Manjedoura, as vozes celestiais, após o louvor aos Céus, expressaram votos de paz à Terra e, depois da ressurreição, voltando, gloriosamente, ao convívio das criaturas, antes de qualquer plano de trabalho disse Jesus aos discípulos espantados:

– “A paz seja convosco”.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 47 – Médium: Chico Xavier - Espírito Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 8 de outubro de 2016

Colheita

Se consegues guardar o coração
Sem queixumes em vão,
Além das nuvens densas,
Feitas em vibrações de sarcasmos e ofensas,
Sem que a força da fé se te degrade,
Quando rugem, lembrando tempestade...

Se olhas para o mal que te rodeia,
Respeitando, em silêncio, a luta alheia,
Se não te fere ouvir
A expressão que te espanca ou te censura,
No verbo avinagrado da amargura,
Sem alterar teu sonho de servir...

Se Logras conservar a luz no pensamento,
Ante os assaltos do tufão violento,
Que se forme da injúria que atraiçoa,
E trabalhas sem mágoa e ajudas sem tristeza,
Plantando o reconforto, a bondade e a beleza,
Sem perder a esperança na alma boa...

Se já podes, enfim,
Converter toda lama em trato de jardim
E criar alegria em tua própria dor,
Para auxílio a quem chora ou socorro de alguém,
Então terás chegado à compreensão do bem,
Para viver em paz, na vitória do amor!...


Autora: Maria Dolores

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O DIABO

“Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós, os doze? e um de vós é o diabo.” – João, 6:70.

Quando a teologia se reporta ao diabo, o crente imagina, de imediato, o senhor absoluto do mal, dominando num inferno sem fim.

Na concepção do aprendiz, a região amaldiçoada localiza-se em esfera distante, no seio de tormentosas trevas...

Sim, as zonas purgatoriais são inúmeras e sombrias, terríveis e dolorosas, entretanto, consoante a afirmativa do próprio Jesus, o diabo partilhava os serviços apostólicos, permanecia junto dos aprendizes e um deles se constituíra em representação do próprio gênio infernal. Basta isto para que nos informemos de que o termo “diabo” não indicava, no conceito do Mestre, um gigante de perversidade, poderoso e eterno, no espaço e no tempo. Designa o próprio homem, quando algemado às torpitudes do sentimento inferior.

Daí concluirmos que cada criatura humana apresenta certa percentagem de expressão diabólica na parte inferior da personalidade.

Satanás simbolizará então a força contrária ao bem.

Quando o homem o descobre, no vasto mundo de si mesmo, compreende o mal, dá-lhe combate, evita o inferno íntimo e desenvolve as qualidades divinas que o elevam à espiritualidade superior.

Grandes multidões mergulham em desesperos seculares, porque não conseguiram ainda identificar semelhante verdade.

E, comentando esta passagem de João, somos compelidos a ponderar: – “Se, entre os doze apóstolos, um havia que se convertera em diabo, não obstante a missão divina do círculo que se destinava à transformação do mundo, quantos existirão em cada grupo de homens comuns na Terra?”

Livro: Pão Nosso, lição 164 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

29 Bem Aventurados Os Que Têm Os Olhos Fechados

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 8 – Bem Aventurados os Puros de Coração

Vianney - Cura de Ars, Paris, 1863

20 – Meus bons amigos, porque me chamastes? Para que eu imponha as mãos sobre esta pobre sofredora que está aqui, e a cure? Ah, que sofrimento, bom Deus! Perdeu a vista, e as trevas se fizeram para ela. Pobre criança! Que ore e espere. Eu não sei fazer milagres, eu, sem à vontade do bom Deus. Todas as curas que obtive, e que conheceis, não se atribuais senão Aquele que é o Pai de todos nós.

Nas vossas aflições, voltai sempre os vossos olhos para o céu, e dizei, do fundo do vosso coração: “Meu Pai, curai-me, mas fazei que a minha alma doente seja curada antes das enfermidades do corpo; que minha carne seja castigada, se necessário, para que a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes”. Após esta prece, meus bons amigos, que o bom Deus sempre ouvirá, a força e a coragem vos serão dadas, e talvez também a cura que temerosamente pedistes como recompensa da vossa abnegação.

Mas desde que aqui me encontro, numa assembleia em que se trata, sobretudo de estudar, eu vos direi que os que estão privados da vista deviam considerar-se como os bem-aventurados da expiação.

Lembrai-vos de que o Cristo disse que era necessário arrancar o vosso olho, se ele fosse mau, e que mais valia atirá-lo ao fogo que ser a causa da vossa perdição. Ah, quantos existem sobre a Terra que um dia maldirão, nas trevas, por terem visto a luz! Oh, sim, como são felizes os que, na expiação, foram punidos pelos olhos! Seu olho não será causa de escândalo e de queda, e eles podem viver completamente a vida das almas, podem ver mais do que vós que tendes boa visão.

Quando Deus me permite abrir as pálpebras de algum desses pobres sofredores e devolvê-los à luz, digo a mim mesmo: Alma querida, por que não conheces todas as delícias do Espírito, que vive de contemplação e de amor? Então não pediríeis para ver as imagens menos puras e menos suaves, que aquelas que podes entrever na tua cegueira.

Oh, sim, bem-aventurado o cego que quer viver com Deus! Mais feliz do que vós que estais aqui, ele sente a felicidade, pode tocá-la, vê as almas e pode lançar-se com elas nas esferas espirituais, que nem mesmo os predestinados da vossa Terra conseguem ver. O olho aberto está sempre pronto a fazer a alma cair; o olho fechado, pelo contrário, está sempre pronto a fazê-la subir até Deus. Crede-me, meus bons e queridos amigos, a cegueira dos olhos é quase sempre a verdadeira luz do coração, enquanto a vista é quase sempre o anjo tenebroso que conduz à morte.

E agora algumas palavras para ti, minha pobre sofredora: espera e tem coragem! Se eu te dissesse: Minha filha, teus olhos vão abrir-se, como ficarias alegre! E quem sabe se esta alegria não te perderia?

Tem confiança no bom Deus, que fez a felicidade e permite a tristeza! Farei tudo o que me for permitido em teu favor; mas, por tua vez, ora e, sobretudo, pensa em tudo o que venho de dizer-te.
Antes de me afastar, vós todos que estais aqui, recebei a minha benção.

21 – NOTA: Quando uma aflição não é a consequência dos atos da vida presente, é necessário procurar a sua causa numa vida anterior. Isso que chamamos caprichos da sorte nada mais são que os efeitos da justiça de Deus. Ele não aplica punições arbitrárias, pois quer sempre que entre a falta e a pena exista correlação. Se, na sua bondade, lança um véu sobre os nossos atos passados, entretanto nos aponta o caminho ao dizer: “Quem matou pela espada, pela espada perecerá”, palavras que podemos traduzir assim: “Somos sempre punidos naquilo em que pecamos”. Se, pois, alguém é afligido com a perda da visão, é que a vista foi para ele uma causa de queda.

Talvez também tenha sido causa da perda da vista para outro; pode alguém ter ficado cego pelo excesso de trabalho que lhe impôs, ou ainda em consequência de maus tratos, de falta de cuidados, etc., e então sofre agora a pena de talião. Ele mesmo, no seu arrependimento, pode ter escolhido esta expiação, aplicando a si próprio estas palavras de Jesus: “Se vosso olho for motivo de escândalo, arrancai-o”.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

EXISTÊNCIA DE DEUS

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:

- Grande senhor; conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais Dele.

- Como assim? - indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma joia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.

O empregado sorriu e acrescentou:

- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

- Pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava cercada por multidões de estrelas, exclamou; respeitoso:

- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

Livro: Pai Nosso – Médium: Chico Xavier – Espírito: Meimei.

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